Câmara de Lisboa quer ter mais
polícias nas ruas
MARISA SOARES e
LUSA 01/05/2014 – in PÚBLICO
Negociações entre a autarquia e o Governo sobre o fecho de esquadras na
cidade estão em curso e têm decorrido de forma "positiva", segundo o
vice-presidente da câmara.
O vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse nesta
quarta-feira que a autarquia está ainda a negociar com o ministério da
Administração Interna o fecho de esquadras da PSP, mas garantiu que vai lutar
por um “aumento do efectivo nas ruas”.
“Continua o
processo de diálogo com o Governo”, afirmou o vereador na reunião pública de
câmara esta tarde, em resposta a uma interpelação do vereador do PCP Carlos
Moura sobre o ponto de situação das conversações com o Governo. O comunista
mostrou-se preocupado com o futuro das esquadras dos bairros de Padre Cruz,
Horta Nova, Chelas, Zona J e Santa Apolónia.
“No âmbito desse
processo, que tem corrido de forma positiva entre a autarquia e o Governo,
houve uma reunião entre o Comando Metropolitano de Lisboa [da PSP] e as juntas
de freguesia, onde foi apresentada a proposta de alteração”, afirmou Medina,
adiantando que nalguns casos as alterações são “consensuais”, noutros não.
O vereador, que
estava a substituir o presidente António Costa, ausente da reunião, garantiu
que a câmara está a bater-se para que o processo resulte num “aumento de
efectivos na rua”, estando também atento ao “sentimento de insegurança”.
Nos termos do
projecto de reorganização do dispositivo policial em Lisboa, entregue pela
polícia à tutela em Fevereiro, a PSP pretendia fechar 11 esquadras na capital:
Santa Marta, Boavista, Mouraria, Rato, Zona J de Chelas, Campolide, Quinta da
Cabrinha, Arroios, Santa Apolónia e bairros Padre Cruz e Horta Nova, em Carnide.
Contudo, em
Março, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, referiu que não
iriam encerrar as 11 esquadras, tratando-se este de um projecto inicial, e que
a reestruturação iria decorrer de forma faseada, em diálogo com várias
entidades. Já no início de Abril, voltou a frisar: "Não se trata de
encerramentos, trata-se de redimensionar o dispositivo.”
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