25 de Abril. Descontentamento
sobrepôs-se à alegria, diz agência chinesa
Por Agência Lusa
publicado em 29
Abr 2014 in
(jornal) i online
"Os
portugueses estão a perder a esperança", disse a Xinhua citando o
sociólogo Elísio Estanque, referindo que "os portugueses são pessimistas
por natureza e o aumento da pobreza e do desemprego intensificou essa
tendência"
O
descontentamento sobrepôs-se à alegria nas comemorações do 40.º aniversário da
Revolução dos Cravos em Portugal devido à "pior recessão económica"
registada no país desde a década de 1970, relatou a agência noticiosa oficial
chinesa Xinhua.
Segundo o relato
difundido no fim de semana pela Xinhua, o desfile com milhares de pessoas
realizado no centro de Lisboa para assinalar a efeméride "transformou-se
largamente num protesto contra as medidas de austeridade do governo".
"Depois de uma revolução que acabou com a
mais longa ditadura da Europa, os portugueses descobriram que estão a ser
flagelados por uma ditadura financeira", comentou a Xinhua.
As referidas
medidas de austeridade foram introduzidas na sequência do resgate de 78 mil
milhões de euros acordado em maio de 2011 entre Governo português e a
"troika" constituída pelo Banco Central Europeu, Comissão Europeia e
Fundo Monetário Internacional.
Portugal
"ainda é um dos países mais pobres da Europa do Sul", com "o
desemprego numa perturbante taxa de 15,3%" e a emigração a atingir
"níveis semelhantes aos da década de 1960", refere a agência chinesa.
"Os portugueses
estão a perder a esperança", disse a Xinhua citando o sociólogo Elísio
Estanque, referindo que "os portugueses são pessimistas por natureza e o
aumento da pobreza e do desemprego intensificou essa tendência".
Portugal e a
República Popular da China só estabeleceram relações diplomáticas em fevereiro
de 1979, mas um ano antes, a Xinhua abriu uma delegação em Lisboa, assinalando
a aproximação entre os governos dos dois países.
O presidente
Cavaco Silva deverá visitar Pequim, Xangai e Macau em maio, na primeira viagem
oficial de um chefe de estado português à China em quase uma década.
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