CINEMA IDEAL
Sala de cinema mais antiga de
Lisboa abre as portas esta quinta-feira
28/8/2014, SARA
OTTO COELHO / OBSERVADOR / LUSA.
A recuperação do
cinema mais antigo da capital vai poder ser vista a partir desta quinta-feira,
com "E agora? Lembra-me", de Joaquim Pinto. Todos os dias haverá
quatro sessões dárias.
O Cinema Ideal,
em Lisboa, abre esta quinta-feira com a estreia em sala do premiado filme de
Joaquim Pinto “E agora? Lembra-me“. O realizador Joaquim Pinto estará presente
na sessão inaugural do cinema, às 21h15, anunciou a distribuidora Midas Filmes.
A bilheteira do cinema abre às 20h45.
A recuperação do
cinema mais antigo da capital, que já foi Salão Ideal, depois Cinema Ideal,
Cine Camões e já exibiu filmes pornográficos enquanto Cine Paraíso, foi
anunciada em dezembro do ano passado, pelos promotores do projeto, a
distribuidora Midas Filmes e a Casa da Imprensa, proprietária do edifício. O
projeto de recuperação, do arquiteto José Neves (Prémio Secil de Arquitetura
2012), custou cerca de 500 mil euros, incluindo o equipamento.
Para além do
filme de Joaquim Pinto, a partir de sexta-feira as sessões diárias regulares do
Cinema Ideal vão exibir também a versão digital restaurada de “A desaparecida“,
de John Ford, clássico do cinema norte-americano, com John Wayne, Jeffrey
Hunter e Natalie Wood, um dos dez melhores filmes de sempre, segundo a eleição
da revista Sight and Sound, do British Film Institute. A bilheteira vai abrir
diariamente às 13h00 e as sessões vão ser às 13h30, 15h45, 19h00 e 21h15,
alternando entre “A desaparecida” (13h30 e 19h00) e “E agora? Lembra-me” (15h45
e 21h15).
Está igualmente
prevista a estreia, a 11 de setembro – mês em que o Cinema Ideal cumpre 110
anos -, do filme “Os Maias“, de João Botelho, na versão longa de realizador
que, segundo disse o responsável da Midas Filmes à Lusa, Pedro Borges, será um
exclusivo do Cinema Ideal.
Numa parceria com
a Cinemateca, herdeira dos filmes de Paulo Rocha (1935-2012), o novo espaço
cultural irá também exibir a última longa-metragem deixada pelo realizador,
intitulada “Se eu fosse Ladrão, roubava“.
No âmbito desse
trabalho com a Cinemateca, serão igualmente exibidas cópias restauradas de dois
filmes de Paulo Rocha dos anos 1960 – “Os Verdes Anos” e “Mudar de Vida” –
obras fundadoras do chamado Novo Cinema Português, a par de produções de outros
cineastas, como Fernando Lopes, António da Cunha Telles ou José Fonseca e
Costa.
O Cinema Ideal,
localizado na rua do Loreto, à praça Camões, entre o Chiado e o Bairro Alto,
tem perto de 200 lugares, entre plateia (132) e balcão (60), uma cafetaria, uma
livraria e vai estar aberto cerca de 14 horas por dia. Ao fim de semana terá
sessões para famílias.
O preço dos
bilhetes vai oscilar entre os cinco euros (às quintas-feiras, “Dia Ideal”, e
nas primeiras sessões, até às 13h00) e os sete euros (sessões da noite). Para
as sessões da tarde (até às 18h30), para sessões especiais, a indicar pela
Midas Filmes, e para detentores dos cartões jovem e de estudante, o preço é de
seis euros.
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