Elétrico 28 tem
as condições "ideais" para os carteiristas, diz a polícia
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TRANSPORTES
Carris registou mais de 1.600
furtos por carteiristas em 2013
23/8/2014, 9:04 /
LUSA / OBSERVADOR
Autocarros e
elétricos da Carris são os transportes públicos de Lisboa em que há mais furtos
realizados por carteiristas, seguidos do Metropolitano e dos comboios da CP.
Os autocarros e
os elétricos da Carris registaram mais de 1.600 furtos por carteiristas em
2013, sendo os transportes públicos de Lisboa com mais ocorrências deste tipo,
seguidos do metro e dos comboios da CP, segundo um relatório policial.
Ao longo de 2013, a polícia recebeu
5.779 queixas por furtos de carteiristas, em Lisboa, o que representa um
prejuízo superior a dois milhões de euros, de acordo com um relatório da
Divisão de Investigação Criminal de Lisboa, e ao qual a agência Lusa teve
acesso.
Nesse ano,
registaram-se 1.672 furtos em autocarros e elétricos da Carris, sendo janeiro o
mês em que houve menos furtos (70), e agosto onde houve mais ocorrências (217).
Foram ainda apresentadas 107 queixas por furtos nos comboios da CP e 330 no
Metro de Lisboa. Dos 1.672 furtos participados, mais de 1.050 ocorreram no
interior dos elétricos 15 e 28.
No elétrico 28,
que faz a ligação Graça/Estrela e sentido inverso, há o registo de 764 furtos
por carteiristas. O relatório refere que é um transporte de pequena dimensão,
quase sempre lotado e que passa por vários pontos turísticos, “proporcionado
aos carteiristas as condições ideias para perpetuarem o crime”.
O elétrico 15,
que liga a Praça da Figueira a Belém e vice-versa, registou 299 furtos. Este
elétrico liga dois pontos muito cobiçados pelos turistas – Baixa Lisboeta/Belém
e vice-versa -, que, apesar de ser um transporte de grande dimensão, o tempo de
viagem “permite aos carteiristas esperar pela melhor oportunidade para
efetuarem os furtos”, refere o documento.
A polícia
reconhece que sinalizar com exatidão um local onde ocorreu um furto cometido
por carteirista é “como encontrar uma agulha num palheiro”. Sendo um crime que
ocorre maioritariamente por astúcia, a vítima só se apercebe do furto quando
“necessita” dos bens.
Apesar desta
realidade, das queixas apresentadas pelos ofendidos junto da polícia,
verifica-se que os furtos sucedem maioritariamente em transportes públicos, via
pública, estabelecimentos comerciais e estabelecimentos de restauração,
respetivamente.
Em 2013, foram
apresentadas 2.109 queixas por furtos de carteiristas em transportes públicos,
1961 levados a cabo na via pública, 479 em estabelecimentos comerciais, 301 em
estabelecimentos de restauração e os restantes noutros locais. O relatório sublinha
que 70 por cento das 5.779 queixas apresentadas e analisadas pela polícia se
situam na Baixa da capital.
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