EDITORIAL/ PÚBLICO/ 25-8-2014
Um Verão brando para a floresta
Aépoca de incêndios ainda vai
a meio e por isso um balanço seria coisa precipitada. Mas, tendo em conta os
dados já disponíveis, é possível concluir que um Verão mais brando protege as
nossas florestas e bombeiros, mais do que a prevenção ou os meios ao dispor.
Desde 2003, ano miserável, com 372 mil hectares ardidos até 15 de Agosto (40
vezes mais do que a cifra deste ano), triplicou-se o número de pessoas
envolvidas, mais do que duplicou o número de carros e reforçou-se os meios
aéreos. Porém, ouvindo quem está no terreno, percebe-se que, no que depende do
país, continua a haver falhas: equipamento que não foi entregue ou que é
inflamável; meios aéreos sem seguro; uma prevenção ainda insuficiente, já
habitual num país que há muito não cuida muito bem da floresta. Setembro é
ainda um mês de fogos, ao contrário do que diz a percepção geral. Por isso,
será melhor temperar qualquer tentação triunfalista.
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