sábado, 23 de agosto de 2014

Americanos da Apollo interessados no Novo Banco. Tranquilidade vendida por 215 milhões.

Comentário de "OVOODOCORVO":
Esperemos que este novo panorama da gestão do grande Património Imobiliário da Tranquilidade e respectivos projectos Imobiliários/"Reabilitação Urbana", traga uma mudança e uma paragem na destruição dos Interiores Históricos ( Ver exemplos positivos no Principe Real ). Porque é que os jornalistas ainda não perguntaram ao Vereador Manuel Salgado quais são as consequências destas "mudanças" nos Investimentos e quais são as perspectivas Futuras para a Qualidade/Preservação dos Interiores de Valor Patrimonial, da assim chamada "Reabilitação Urbana" !?
António Sérgio Rosa de Carvalho

Americanos da Apollo interessados no Novo Banco
Por Margarida Bon de Sousa
publicado em 23 Ago 2014 (jornal) i online

Fundo norte-americano quer continuar a investir em Portugal e está a fechar a compra da Tranquilidade
Os norte-americanos da Apollo continuam interessados em investir em Portugal e seguem com atenção o processo de reorganização do Novo Banco.

O fundo, que está quase a comprar a Tranquilidade, equaciona avançar com uma proposta quando forem conhecidas as condições da alienação do Novo Banco. O banco liderado por Vítor Bento deverá também vender activos que eram do BES, no quadro do plano de reestruturação.

O fundo de private equity norte-americano Apollo perdeu para a chinesa Fosun a privatização da Caixa Seguros, com uma oferta de 1,250 mil milhões de euros. A empresa tem 8,175 mil milhões de dólares para investir.

Segundo fontes contactadas pelo i, a empresa mantém contudo o interesse em apoiar o desenvolvimento do país e quer apostar na aquisição de outros activos em Portugal, nomeadamente na parte não tóxica do antigo BES, embora considere prematuro avançar com qualquer posição porque ainda nem sequer há um caderno de encargos.

Só na quinta-feira é que o Banco de Portugal convidou o BNP Paribas Corporate Finance a apresentar uma proposta para prestação de serviços no processo que levará à criação de uma estrutura accionista estável e comprometida com o desenvolvimento do Novo Banco.



Tranquilidade
 A Apollo tem neste momento um contrato de exclusividade para continuar a negociar a compra da Tranquilidade, empresa que também pertencia ao Grupo Espírito Santo (GES), depois de ter ficado em primeiro lugar no concurso que foi aberto em Janeiro. O montante é de 215 milhões de euros.

O facto de o GES ter entrado em colapso atrasou o encerramento do processo. As mesmas fontes referiram que neste momento estão três grupos de advogados (os da própria Apollo, os do Novo Banco e os da seguradora) a tentar encontrar um valor final para a compra, depois de se ter detectado uma exposição de 150 milhões de euros da Tranquilidade à dívida de empresas do GES.

Apesar de tudo, a transacção deverá estar concluída “dentro das próximas semanas” e permitirá dar uma base financeira mais forte à seguradora.

Espírito Santo Viagens Segundo o “Diário Económico” avançou ontem, outra empresa do grupo, a Espírito Santo Viagens, – que detém a marca Top Atlântico – será a nova operação de venda de activos do GES.

De acordo com o diário, a Rioforte – holding em procedimento de gestão controlada que detém a ES Viagens – mandatou o BES Investimento e a sociedade de advogados PLMJ para avançarem com a operação de venda. Segundo fontes do mercado, este poderá ser de todos os activos um dos mais difíceis de alienar porque tem um património imobiliário reduzido.

Quanto à venda dos hotéis Tivoli, há pelo menos dois interessados que já avançaram com propostas, estando em contacto com os juízes no Luxemburgo, que terão a palavra final, uma vez que têm neste momento a gestão da Rioforte, da Espírito Santo Financial Group e da Espírito Santo Internacional.

O pedido desta intervenção junto do Tribunal do Luxemburgo partiu do próprio Grupo Espírito Santo, que deste modo procurou garantir a protecção contra os credores das três empresas.

Tranquilidade vendida por 215 milhões
Por Ana Suspiro
publicado em 23 Ago 2014

A seguradora estava contabilizada pelo custo de aquisição nas contas da accionista Partran, que foram ainda aprovadas em Maio

A seguradora Tranquilidade estava valorizada em 515,4 milhões de euros no final do ano passado, nas contas da Partran, sociedade que era a única accionista da companhia.

As contas aprovadas em Maio, pela administração liderada por Ricardo Salgado, registavam um valor de balanço pelo custo de aquisição de 515,354 milhões de euros. O valor patrimonial da participação detida na Tranquilidade, o único activo desta empresa, era de 358,193 milhões de euros. A Partran, detida pela Espírito Santo Financial Group (holding que está sob gestão controlada controlada no Luxemburgo), distribuiu dividendos de 9 milhões de euros este ano, numa deliberação aprovada a 23 de Maio de 2014.

Seja o valor de balanço, seja o valor patrimonial, os números contrastam com os montantes agora falados para a venda da Tranquilidade e estão ainda mais longe da avaliação de 700 milhões de euros que chegou a ser feita para a empresa. Este valor terá servido de base ao penhor constituído a favor do Banco Espírito Santo (BES), e que passou para o Novo Banco, como garantia de reembolso dos clientes de retalho que compraram dívidas das empresas do Grupo Espírito Santo (GES).

O preço proposto pelo fundo Apollo para a seguradora, 215 milhões de euros, será o valor mais alto no processo de venda iniciado há meses. Entretanto foram detectadas nos activos sob gestão aplicações de 150 milhões de euros em produtos de dívida das holdings do GES que estão em processo de protecção de credores.

Os termos do acordo ainda em negociação prevêem que o novo accionista injecte 140 a 150 milhões de euros na Tranquilidade para repor os rácios financeiros mínimos exigidos. O encaixe líquido para o Novo Banco seria assim de apenas 50 milhões de euros, segundo avançou ontem o "Jornal de Negócios". Contactada pelo i, fonte oficial do banco confirma que a receita ficará na instituição, mas não confirma os números ontem noti- ciados, acrescentando que o processo não está fechado nem tem prazo para ser fechado.


A seguradora está sob apertada vigilância do Institutos de Seguros de Portugal (ISP), que pressionou uma venda rápida a um accionista com capacidade financeira, de forma a resolver o quanto antes as insuficiências de capital detectadas.

Sem comentários: