Marinho e Pinto avança com candidatura às legislativas de 2015
João Pedro Pincha
/ 14-8-2014 / OBSERVADOR
"Sem
dúvida", avança. Marinho e Pinto diz que sempre quis concorrer às
legislativas e agora vai cumpri-lo, já com uma pasta ministerial em vista: a da
Saúde. O Parlamento Europeu? "Não tem utilidade".
A entrevista só
sai para a semana, mas a garantia já está dada. “Candidato-me ao lugar de
primeiro-ministro, sem dúvida”, afirma António Marinho e Pinto ao Diário
Económico. O agora deputado europeu – cargo que ocupa há cerca de um mês -,
eleito pelas listas do Movimento Partido da Terra (MPT), já tinha dito ao
Jornal de Notícias que ia trocar Estrasburgo e Bruxelas por São Bento em 2015,
“sem prejuízo das presidenciais”, às quais também pondera concorrer.
“Sempre disse que
ia candidatar-me às eleições legislativas. Candidatei-me às eleições europeias
por serem as primeiras depois do fim do meu mandato na Ordem dos Advogados”,
diz na entrevista ao Económico, adiantando que, “provavelmente”, volta a contar
com o apoio do MPT para esta corrida eleitoral. Ou isso ou cria um novo
partido, apesar de considerar que há demasiados partidos no espectro político
português.
Disponível para
se aliar tanto ao PS como ao PSD para formar Governo, Marinho e Pinto admite
que gostaria de ser ministro da Saúde e que o que o move a avançar para a
Assembleia da República é o facto de querer “outras responsabilidades” que não
as do Parlamento Europeu.
E faz uma
revelação: “Verifiquei uma coisa que não sabia antes: o Parlamento Europeu não
tem utilidade. É um faz-de-conta. Não manda nada, apesar de todas as ilusões,
todas as proclamações, que são mentiras”. Questionado pelo Económico, o
ex-bastonário da Ordem dos Advogados admite só ter chegado a esta conclusão
agora, apesar de saber de “algumas denúncias semi-clandestinas”. “Não há como
estar lá e experimentar”, remata.
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