Simplesmente
Recordando ...
A 4 de Julho António
Costa afirmava :
António Costa não vai aplicar
taxas turísticas em Lisboa
4 de Julho de
2013 às 13:04 por Carina Monteiro / http://www.publituris.pt/2013/07/04/antonio-costa-nao-vai-aplicar-taxas-turisticas-em-lisboa/
Esta foi a
garantia dada pelo autarca num encontro com empresários, na passada
quarta-feira, onde foram debatidas propostas para o desenvolvimento do Turismo
na cidade. O actual presidente e candidato à Câmara nas próximas eleições
autárquicas não vai aplicar taxas turísticas, perante a posição unânime dos
empresários contra a sua aplicação.
A Associação da
Hotelaria de Portugal (AHP) esteve, esta quinta-feira, em Aveiro, com os
empresários locais para entregar uma petição assinada por todos na sessão
pública da Câmara Muncipal.
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Especialistas duvidam da
constitucionalidade das taxas
Medina lembra que fiscalidade verde prevê taxas turísticas nas autarquias
Sofia Rodrigues e
Inês Boaventura / 12-11-2014 / PÚBLICO
A aplicação das
taxas turísticas anunciadas pela Câmara Municipal de Lisboa pode ser
inconstitucional, segundo especialistas ouvidos pelo PÚBLICO. O número dois de
António Costa contrapõe que os relatórios da fiscalidade verde previam a
criação de taxas turísticas pelas autarquias.
Tanto os
constitucionalistas como os especialistas em Direito Tributário parecem
convergir numa ideia: as taxas têm que ser cobradas mediante uma contrapartida,
senão são consideradas impostos. Esses só podem ser criados pela Assembleia da
República.
“Há uma lei das
taxas que diz que só podem ser cobradas por uma prestação concreta de uma
autoridade pública. Senão é uma taxa disfarçada de imposto”, afirmou ao PÚBLICO
o constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia. A mesma opinião é partilhada por
Joaquim Freitas Rocha, especialista em Direito Tributário da Universidade do
Minho. “Para que seja uma verdadeira taxa é preciso que haja uma
contrapartida”, sustenta. “Paga-se uma taxa de portagem e tem-se direito a
circular na autoestrada”, exemplifica. No caso de as taxas aos turistas, elas
“não têm uma contrapartida directa, o que pode ser configurado como um
verdadeiro imposto”, afirma Joaquim Freitas Rocha, lembrando que as autarquias
“não podem criar impostos”.
Fernando Medina,
vicepresidente da Câmara Municipal de Lisboa, informou que a autarquia tem
vários estudos segundo os quais a câmara tem competência para criar esta taxa. O
socialista apontou os relatórios da fiscalidade verde do Governo que previa a
criação de taxas pelas autarquias, desafiando os jornalistas a pedir ao Governo
o acesso aos estudos. “O argumento fundamental que permite a criação desta taxa
é simples: os serviços que a câmara presta aos turistas são os mesmos que
presta a todos os cidadãos”, argumentou.
A criação de uma
Taxa de Ocupação Turística era uma das 21 recomendações da Comissão para a
Reforma da Fiscalidade Verde. A comissão recomendava a criação daquela taxa
“aos municípios que a considerem necessária”, “configurada como contrapartida
pelo encargo assumido pelo município no que respeita à intensidade do desgaste
proporcionado pelo Turismo ao nível das infraestruturas (águas, saneamento e
outras infra-estruturas ‘verdes’)”.
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