segunda-feira, 31 de agosto de 2020

"A Festa do Avante! é uma provocação que equivale à atitude de Trump e de Bolsonaro" // "O Governo usou a Festa do Avante! para efeitos políticos"

 


"A Festa do Avante! é uma provocação que equivale à atitude de Trump e de Bolsonaro"

 

Em entrevista publicada a 8 de agosto, Miguel Sousa Tavares criticava abertamente a edição em 2020 da Festa do Avante!. A poucos dias da realização do evento, o DN republica as suas afirmações, bem como o que fala abertamente do caso Ricardo Salgado e do tráfico de influências nos escritórios de advocacia.

 

João Céu e Silva

31 Agosto 2020 — 15:19

https://www.dn.pt/cultura/a-festa-do-avante-e-uma-provocacao-que-equivale-a-atitude-de-trump-e-de-bolsonaro-12505118.html?fbclid=IwAR17QIIq2WJWr7TOINScN6bhXXuqGTyVegcHZ9slU5SZLoXTjQ4lAqYqTbE

 

Para o jornalista, escritor e comentador, a Festa do Avante! é uma provocação que equivale à mesma atitude de Trump e de Bolsonaro ao se recusarem a usar máscaras, querendo significar que não se passa nada de estranho devido à covid-19 nos seus países e por isso diz: "Um só infetado que resulte desta festa é diretamente imputável à direção do PCP."

 

No que respeita ao grande caso na justiça mais recente, o da acusação a Ricardo Salgado, considera que a acusação do Ministério Público é forte e não só pela quantidade de crimes que apresenta: "É pela capacidade de os provar depois e aí parece-me que tem uma acusação sólida e fundamentada. Não sei se em tudo ou numa parte, mas alguma coisa se há de conseguir provar em tribunal." Diferente é o caso Sócrates, que se suporta em "deduções sem provas" e "é baseada numa testemunha comprada pelo Ministério Público". Acrescenta que a única coisa certa é que vivia à conta de um amigo: "Mas isso não é crime. Pode ser, eventualmente, uma situação pouco digna para um primeiro-ministro."

 

Quanto à situação política pós-quarentena, confessa que ainda não percebeu se o hipotético reativar da geringonça não é uma tentativa para António Costa "forçar uma resposta negativa dos partidos à esquerda e virar-se para o PSD". O mesmo pensa de Rui Rio "a fingir um entendimento com o Chega para se encostar ao PS".

 

Sobre a pandemia, garante que nunca acreditou que os portugueses "se fechassem em casa como aconteceu" e vê na missa que o Papa rezou sozinho na Praça de São Pedro a melhor imagem dos tempos da covid-19. Uma entrevista em que tanto existe o escritor como o comentador.

 

Surpreendeu ao mudar de editora e o primeiro livro a ser reeditado é Rio das Flores, num tempo em que os leitores pouco vão às livrarias. O que se passa com os portugueses?

A pandemia tirou 80% dos leitores das livrarias e a queda da venda de livros sentiu-se sobretudo aí. Era expectável que com mais gente em casa houvesse mais leitura e encomendas online, isso não aconteceu infelizmente e o que se passa é resultado da maldição das redes sociais, que levam as pessoas a achar que em termos de informação e de ficção, ou de tudo o que é cultura, são suficientes. Isso acontece também nas séries de TV, em que estamos a assistir a um fenómeno em que uma grande parte dos escritores trabalham para essas séries, assim como há cineastas que deixaram de fazer filmes e optam por séries diretamente. Ou seja, as pessoas têm cada vez menos capacidade de aderir a uma cultura que lhes exige algum esforço e ainda chegará a vez de os museus poderem ser apenas visitados virtualmente.

 

Não se sentiu tentado pelas redes sociais para evitar a solidão provocada pela covid?

Não, de todo, pelo contrário. Se alguma lucidez era preciso manter, para mim foi distanciar-me das redes sociais. Aliás, cada vez mais agradeço a minha capacidade de ter adivinhado há muitos anos o que iriam fazer deste admirável mundo novo. Criou-se um pesadelo e vou ficar longe dele eternamente.

 

Este seu romance é um relato histórico que se segue a Equador, com o fim da monarquia, a República, a ascensão de Salazar e a luta do brasileiro Luís Carlos Prestes. Se as lições da história são na maior parte das vezes ignoradas, será a literatura a boa forma de alertar o cidadão para o que não se deve repetir?

Acho que sim e o Rio das Flores apanha um período determinante do Estado Novo brasileiro e do português - que são politicamente distintos -, além da Guerra Civil Espanhola, da ascensão do nazismo na Alemanha e a ditadura no Brasil, que é muito desconhecida dos portugueses. Acho que a história é sempre uma lição, não por se repetir fatalmente, mas porque muitas das coisas que nos ensinou tendem a aparecer sob outra forma, afinal os seus genes da humanidade estão lá inscritos. Há lições boas e outras más, mas saber ao que certos acontecimentos conduziram no passado é uma arma para evitar repetições no futuro.

 

A dado momento refere no romance a sedução de Hitler pelo marxismo e o socialismo...

O Partido Nazi começou por se chamar Socialista, ou seja, havia uma atração do Hitler pelo socialismo pois as suas teorias eram muito fundadas na capacidade do autoritarismo e na muita disciplina e controlo das massas, daí achar que o socialismo era bom para o conseguir. Além disso, Hitler era na sua génese muito anticapitalista, embora depois se tenha apoiado numa dinastia capitalista fortíssima na Alemanha, os Krupp.

 

Vamos a caminho dos 50 anos do 25 de Abril a grande velocidade e a sociedade portuguesa confronta-se com casos de corrupção, talvez os maiores de sempre. A revolução serviu os propósitos ou ficou pelo caminho?

Essa pergunta exige muita cautela na resposta... Primeiro, não temos mais casos de corrupção do que outras democracias, por exemplo a francesa ou a espanhola. O que aconteceu agora com o rei de Espanha é inominável e se acontecesse com um Presidente português estaríamos de rastos. Segundo, já ninguém - a imprensa também - se dá ao trabalho de presumir a inocência daqueles que o Ministério Público apresenta na praça pública apenas como acusados, sem direito a contraditório, em muitos casos da justiça em Portugal. As pessoas já estão condenadas, nem se espera por ouvir a sua defesa. Neste aspeto iremos ter muitas surpresas quando certos processos forem a julgamento, pois há alguns que vão ser completamente desmantelados em tribunal. Terceiro, confunde-se muito na opinião pública, e deliberadamente, a corrupção com tráfico de influências.

 

"Acho que Rui Rio está a fazer o mesmo que o António Costa à esquerda, que é fingir o entendimento com o Chega para ganhar espaço de manobra e depois encostar-se ao PS. O Costa faz o mesmo para depois se encostar ao PSD."

 

Está mais generalizado?

O grande crime que existe a nível de contágio entre a política e a economia é o tráfico de influências, muito mais do que a corrupção. É um crime à solta na vida pública e que é muito difícil de combater até porque tem uma fachada legal e passa-se abundantemente nos escritórios de advocacia em Portugal.

 

Refere-se aos casos Sócrates e Ricardo Salgado?

Conheço mal o caso Ricardo Salgado, mas parece-me mais sólido e ancorado em termos de acusação. O caso Sócrates tem imensas falhas em termos de acusação, nomeadamente na relação que se faz entre ter sido corrompido pelo grupo BES. Eu li a acusação desse caso e, em grande parte, para não dizer na totalidade, é baseada em presunções e deduções que não assentam em factos. Além de que tudo o que se baseia em factos no caso Sócrates se deve a uma testemunha comprada, o Hélder Bataglia. A única acusação que se baseia num testemunho ou num facto é, verdadeiramente, um testemunho comprado, e nem sequer é de delação premiada, o que nem existe no direito penal português. A explicação é simples: Bataglia tinha um mandado de captura internacional da República Portuguesa e não podia sair de Angola; foi negociado com ele levantar o mandado em troca de ir dizer o que o Ministério Público queria. Portanto, em condições normais, o advogado desfaz aquela acusação no tribunal. No caso Sócrates vai ser muito difícil obter a sua condenação em tribunal, se bem que também seja difícil que os juízes devido à pressão de uma condenação que é feita na imprensa e na opinião pública se atrevam a não o condenar.

 

No caso Ricardo Salgado, a acusação do Ministério Público é forte: 65 crimes!

Não é o número de crimes que torna a acusação forte, antes a capacidade de os provar depois, e aí parece-me que têm uma acusação mais sólida e fundamentada. Feita em colaboração com as autoridades suíças, baseia-se numa grande quantidade de documentos e, de facto, há dinheiro que desapareceu. Isso é incontestável. Portanto, alguma coisa, não sei se tudo ou se uma parte, o Ministério Público há de conseguir provar em tribunal. Mas eu não a li a acusação, porque é direito financeiro e está além da minha paciência lê-la. Diferente é o caso Sócrates, que são deduções sem provas. A única coisa que sabemos por certo é que vivia à conta de um amigo, é confessado pelo próprio, mas isso não é crime. Pode ser, eventualmente, uma situação pouco digna para um primeiro-ministro. E toda a a tese do Ministério Público assenta em dois pressupostos: o dinheiro de Carlos Santos Silva era de facto de Sócrates e que todo esse dinheiro vinha de corrupção. Agora, como se diz em latim: quod erat demonstrandum; falta fazer a prova disso e essa não está nos autos

 

Voltando à pergunta inicial: a revolução serviu os seus propósito ou ficou pelo caminho?

Serviu se nos lembramos dos três "D": a descolonização foi tão tarde e era difícil ter corrido melhor; a democratização aconteceu sem dúvida alguma; o desenvolver também pois tivemos a ajuda inestimável da Europa e se fizermos as contas ao que cada cidadão português recebeu em dinheiros europeus é uma quantia brutal. Se, infelizmente, andámos para trás nos comparativos com a Europa daquela altura em relação ao que estávamos e somos ultrapassados de longe por esses países, a culpa é nossa. É uma culpa coletiva e não do ministro A ou B; de todos porque desperdiçámos ou usámos mal as ajudas. Eu sou um grande crítico da posição dos holandeses sobre Portugal, mas também os compreendo quando parte dos seus impostos são dados a quem não sabe usá-los.

 


"O Governo usou a Festa do Avante! para efeitos políticos"

 

Miguel Sousa Tavares acusa o Executivo socialista de "chamar o PCP às negociações sobre o Orçamento" do Estado para 2021. O comentador deixou ainda severas críticas aos comunistas, concluindo que a Festa do Avante! irá custar votos ao partido.

 

Notícias ao Minuto

31/08/20 23:51 HÁ 7 HORAS POR MAFALDA TELLO SILVA

POLÍTICA MIGUEL SOUSA TAVARES

https://www.noticiasaominuto.com/politica/1574271/o-governo-usou-a-festa-do-avante-para-efeitos-politicos?utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer&utm_content=geral&fbclid=IwAR09vvbDio0SED_qWrButvfRWmOmpQJHq48RX_KhbRCKCdA4mQqmhyiMTuc

 

 

No dia em que foram divulgadas as medidas sanitárias impostas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para a Festa Avante! e revelado o plano de contingência do PCP para o evento, Miguel Sousa Tavares defendeu que "transparece a ideia de que o Governo usou a Festa do Avante! para efeitos políticos", designadamente, para "chamar o PCP às negociações sobre o Orçamento" do Estado para 2021.

 

 

No seu espaço habitual de comentário no Jornal das 8, na TVI, o ex-jornalista começou por apontar que a DGS "esteve muitíssimo mal" e que passou a ideia de que só divulgou esta segunda-feira "excepcionalmente" o parecer sobre o evento comunista devido à pressão exercida por Marcelo Rebelo de Sousa.

 

"As regras aplicadas ao Avante! eram secretas e ninguém sabe porquê", atirou o comentador, reiterando que a autoridade de saúde "andou muito mal".

 

Mais, para Sousa Tavares, a realização do Avante! sob as orientações agora reveladas deixa "o próprio partido entalado". "Planearam para uma dimensão e afinal têm outra", argumentou, referindo-se à diminuição para cerca de metade da lotação prevista pelo PCP, que incialmente tinha apontado para 33 mil pessoas e que agora viu a entrada para o evento reduzida para cerca de 16.500 participantes.

 

Quanto à posição manifestada pelos comunistas, Sousa Tavares considerou que o partido demonstrou uma "absoluta falta de senso de previsão política": "Isto vai-se virar contra o partido (...) Vê-se pela própria população do Seixal", que já garantiu que irá fechar portas de vários estabelecimentos comerciais e de restauração durante o próximo fim de semana.

 

"Vai-lhe [PCP] custar votos, popularidade e prestígio", conjecturou.

 

A 44.ª edição da Festa do Avante!, que se realiza entre 4 e 6 de setembro, só vai ter lugares sentados nos diversos espetáculos, incluindo no maior e principal palco denominado 25 de Abril, segundo o Plano de Contingência esta segunda-feira divulgado pelo PCP.

 

A organização da Festa do Avante! "tem a responsabilidade" de aplicar várias medidas para reduzir o risco de infeção e para a saúde pública por propagação da doença Covid-19 durante o evento, afirma o parecer da DGS esta segunda-feira divulgado.

 

No seu parecer técnico sobre a realização da Festa do Avante! deste ano, a DGS refere que a tipologia do evento "acarreta diferentes riscos" e a organização "tem a responsabilidade de aplicar medidas de redução de risco e de cumprir, promover e garantir o cumprimento da legislação vigente aplicável, bem como das normas, orientações e recomendações da DGS, durante todo o período de duração do evento, atendendo ao risco existente de infeção por Sars-Cov-2 e ao risco para a saúde pública por propagação da doença Covid-19".

Concertos, comícios e campismo: o que muda na Festa do Avante! // Costa e a festa do Avante!: é “cúmplice” e é responsável

 

DGS reconhece “risco real” de contágios na Festa do Avante!

31.08.2020 14:06 por Mariana Branco

Direção-Geral da Saúde divulgou esta segunda-feira o Parecer Técnico do evento.

 https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/dgs-reconhece-risco-real-de-contagios-na-festa-do-avante?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=cruzados&utm_content=CM&fbclid=IwAR3VBPlzrEE5zflh2Y53JWfxKl7trnGakcK4YK-xmbz9oZ1-hVXvhfseaow

 

A menos de uma semana da realização da Festa do Avante! a Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Parecer Técnico do evento. No documento, reconhece que existe um "risco real" de contágio: "No contexto atual da epidemia em Portugal e, em particular, na AML, em situação de contingência, verifica-se, pois, um risco real de que, durante o evento, circulem pessoas infetadas, com ou sem sintomas", lê-se no parecer enviado às redações.

 

Parecer da DGS é mais exigente com Festa do Avante! do que com outras iniciativas, diz PCP

Parecer da DGS é mais exigente com Festa do Avante! do que com outras iniciativas, diz PCP"A tipologia do evento acarreta diferentes riscos, não só pelo número de participantes mas também pelas caraterísticas, comportamento esperado, local do evento, duração, atividades disponíveis, circuitos de circulação de pessoas, situação epidémica, entre outros múltiplos critérios", refere o documento.

 

De forma a minimizar os riscos de contágio, a DGS considera que o recinto só pode receber 16.563 pessoas em simultâneo - quase metade do número anunciado anteriormente pelo PCP (33 mil).

 

Já o uso de máscara é recomendado a todas as pessoas com mais de dez anos e em todo o recinto. "Com base na aplicação do princípio da precaução em saúde pública e como medida de proteção adicional às referidas na alínea e, recomenda-se o uso de máscara por todas as pessoas com idade superior a dez (10) anos, em todo o recinto, incluindo os espaços destinados a atividades específicas, durante todo o tempo que neles permaneçam, com exceção das regras aplicáveis aos espaços de restauração e similares", pode ler-se.

O consumo de álcool após as 20h00 está proibido, excluindo se for consumido durante a refeição.

 

Também contrariando o PCP, a DGS define que os espaços destinados a espetáculos devem ter lugares sentados: "Os espaços destinados a espetáculos devem estar organizados em plateia, com lugares sentados, cumprindo a lotação e ocupação mencionadas" no parecer.

 

Questionado sobre a decisão da DGS de divulgar o parecer - após ter sido anunciado no domingo que não iria divulgar o conteúdo da versão final do parecer técnico e que esta decisão caberia ao PCP -, o secretário de Estado da Saúde defendeu que o Avante! "adquiriu um caráter excecional do ponto de vista social e mediático". "Não existe qualquer tipo de discriminação, nem positiva nem negativa, porque as competências da DGS são técnico-normativas", salientou António Lacerda Sales em conferência de imprensa. E a diretora-geral da Saúde ressalvou: "Antes da divulgação recolhemos a concordância da respetiva organização para não criar qualquer tipo de precedente".

 

   


Concertos, comícios e campismo: o que muda na Festa do Avante!

 

Inicialmente, o PCP não previa reduzir a lotação total de 100 mil visitantes para a Festa do Avante!. Esta segunda-feira passou a menos de 17 mil. Mas há mais mudanças.

 

Liliana Borges

Liliana Borges 31 de Agosto de 2020, 20:40

https://www.publico.pt/2020/08/31/politica/noticia/concertos-comicios-campismo-muda-festa-avante-1929874

 

Depois de um ziguezague entre a Direcção-Geral da Saúde e a organização da Festa do Avante! foram conhecidas esta segunda-feira as normas de segurança que orientarão o festival comunista no próximo fim-de-semana. Mais área útil e menos liberdade de circulação são as novidades do evento, que não irá impor o uso obrigatório de máscara à excepção de pontos de venda e acesso a serviços, nomeadamente casas de banho. O campismo também terá limitações, mas ainda não são conhecidas. O Espaço Criança e as actividades desportivas são duas das ausências desta 44.ª edição. O PÚBLICO reuniu as principais diferenças que os visitantes podem esperar.

 

Lotação máxima de 16.563 pessoas e álcool proibido depois das 20h. DGS revela indicações para a Festa do Avante!

 

Este ano:

 A área total cresceu 10 000 m2, para 300 000 m2;

O recinto da Festa conta com vias de circulação formalizadas com asfalto, num total de 5,2 km, com largura entre os 6 e os 16 metros que terão sinalização vertical e horizontal para evitar o cruzamento de pessoas;

A DGS recomenda a lotação máxima de 16.563 (e de uma pessoa por cada 8m² em espaços abertos). O PCP, que tinha anunciado uma redução de 100 mil para 33 mil participantes não com se pronunciou sobre o número máximo de visitantes em simultâneo sugerido pela DGS, mas garante que a lotação respeitará o limite de uma pessoa por 8m² de área disponível.


Abertura do recinto:

 Em anos anteriores: 19h

Este ano: Para evitar aglomerações nas entradas, as portas abrirão, para os visitantes, às 16h.


Acampamento

Em edições anteriores:

 

O acampamento realizou-se no Parque do Serrado;

A pré-inscrição para o acampamento era obrigatória para autocaravanas e caravanas por razões de lotação;

Sem informação sobre distância entre tendas.


Este ano:

 O modelo de pré-inscrição é igual à edição anterior, mas campistas com tenda e caravanas e autocaravanas entram por locais diferentes;

As tendas deverão ser instaladas nos locais a indicar pela organização e reservar dois metros de distância entre si;

As autocaravanas, caravanas, atrelados e viaturas equiparadas são instaladas em espaço próprio com distanciamento de três metros;

A máscara não é obrigatória (apenas no acesso aos sanitários e no bar de apoio), mas recomendada. A utilização da máscara em recinto aberto é obrigatória no acesso aos sanitários e no bar de apoio;

PCP diz que a lotação de campistas irá ser limitada, mas não esclarece quanto.


Debates e comícios

Em edições anteriores: No último ano, a Festa contou mais de cinco dezenas de debates e comícios.

 Este ano: Não se registam diferenças significativas na programação, sendo que estão programados aproximadamente 50 iniciativas, espalhadas pelo auditório e pavilhões do recinto. O PCP não diz se os debates e comícios serão também serão com lugares sentados.

 

Espectáculos

Em edições anteriores:

 

No total existiam dez palcos ao longo do recinto;

As plateias ao ar livre não tinham limitação;

Os concertos podiam ser assistidos em pé;

Permitido beber álcool.


Este ano:

 Os palcos passam de dez para três;

As plateias passam a estar delimitadas a uma área de espectáculo (que aumenta para garantir o distanciamento);

Os lugares deixam de ser em pé e passam todos a ser sentados;

As cadeiras serão higienizadas após cada utilização;

Haverá marcação de lugares com a colocação generalizada de cadeiras, afastadas dois metros em si (excepto no caso de participantes que coabitam):

A circulação será feita por um só sentido;

Área do recinto da plateia: Palco 25 de Abril terá uma plateia de 16000m², o Auditório 1º de Maio terá cerca de 5000m², o Palco Paz 2000m²;

O teatro e cinema (Avanteatro e o Cineavante) passam a ser ao ar livre;

Não será permitido o consumo de bebidas alcoólicas nos recintos do espectáculo;

É criada a função de assistente de plateia, que irá intervir sempre que existam aglomerados.

Desporto

 

Em edições anteriores:

 No último ano, à semelhança dos anteriores, o programa teve bastante actividade desportiva, incluindo um sarau gímnico, boxe, torneio de malha, uma yoga, gala de dança desportiva, torneios de futsal, jogos de basquetebol em cadeira de rodas, demonstração de skate feminino, corridas e caminhadas.


Este ano:

 Por recomendação da DGS, não se realiza actividade desportiva


Exposições

Em edições anteriores:

 A feira do livro da Festa do Avante! decorria numa tenda;

As exposições não eram controladas à entrada;

Existiam equipamentos interactivos;


Este ano:

 Espaço do Livro passa a funcionar ao ar livre “numa área ampla e com sombra”

Haverá limitação do número de visitantes;

Número de paredes diminui 40%

As exposições são dispostas em circuitos lineares, com entrada e saída e controlo de entrada assegurado pela organização;

Não existirão equipamentos interactivos por serem de uso comum e toque frequente;

Uso de máscara é obrigatório.


Espaço criança

Anos anteriores:

 Espaço de ar livre com escorrega, baloiço, cesto, molas e escalada;


Este ano:

 Por orientação da DGS, estes cinco equipamentos não serão usados;

Haverá espaços de conto de histórias, peças com marionetas e fantoches, ateliers, gincanas, teatro;

Será instalado um carrossel de pequenas dimensões e será assegurada a sua higienização após cada utilização.


Restauração

Anos anteriores:

 A comida podia ser consumida ao balcão;

Podia ser consumido álcool a qualquer hora;


Este ano:

 Haverá 77 espaços de restauração;

As refeições serão consumidas exclusivamente em esplanadas (e não ao balcão);

A venda de álcool é proibida depois das 20h, à excepção se for para acompanhar uma refeição;

O acesso aos balcões para pré-pagamento deve ser feito de máscara e preferencialmente com cartão bancário contactless (para dispensar o toque);

tp.ocilbup@segrob.anailil



OPINIÃO

Costa e a festa do Avante!: é “cúmplice” e é responsável

 

A autorização da Festa do Avante é um enorme acto de desrespeito e de desprezo por todos os cidadãos.

 

PAULO RANGEL

1 de Setembro de 2020, 0:42

https://www.publico.pt/2020/09/01/opiniao/opiniao/costa-festa-avante-cumplice-responsavel-1929878

 

 1. A autorização da realização da Festa do Avante!, nos exactos moldes em que vai ter lugar, é um acto de desrespeito e de desprezo pelo povo português. Nem mais nem menos: desrespeito e desprezo. Primeiro, por parte do PCP, que não tem a decência nem a sensibilidade para abdicar, por uma vez, num contexto verdadeiramente excepcional, de uma das suas iniciativas emblemáticas. E depois, por parte do Governo e do primeiro-ministro Costa, que, do alto da sua arrogância e por razões obscuras, permitem ao PCP o que não autorizam a mais ninguém.

 

2. A concentração de dezenas de milhares de pessoas, num mesmo espaço e nesta precisa altura, é, antes do mais, uma ameaça colossal à saúde pública. Se não pode haver festivais de música nem concertos, se não pode haver público nos estádios de futebol, se se cancelaram festas e romarias por todo o país, mesmo quando os seus potenciais organizadores ofereciam garantias razoáveis de segurança, por que razão pode ter lugar um evento que em nada se distingue deles? E que, aliás, até associa e junta características de todos eles? O risco de surtos é por demais evidente. E é um risco com uma enorme probabilidade de disseminação nacional, já que os militantes e os participantes vêm de todo o país e regressarão ao país todo. O risco de efeito multiplicador é sério. Diante desta evidência, não há ninguém que compreenda porque temos de suportar este risco exponencial.

 

Mesmo que tudo corra pelo melhor e, por milagre, nada aconteça, os efeitos sobre a imagem de Portugal são altamente prejudiciais.

 

3. Mesmo que tudo corra pelo melhor e, por milagre, nada aconteça, os efeitos sobre a imagem de Portugal são altamente prejudiciais. O Governo e, designadamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros, a dado momento, andaram a fazer uma triste figura por causa dos gravíssimos prejuízos que o condicionamento de fronteiras trouxe ao nosso turismo. Alimentaram novelas e teorias da conspiração, que a realidade se encarregou de desmentir. Quando os nossos pérfidos competidores passaram a números vermelhos, afinal também levaram com fecho e condicionamento de fronteiras (os casos da Espanha e da Grécia, em menor grau, falam por si). E assim que Portugal melhorou os seus números, as condicionantes foram levantadas. Agora, pergunta-se: como verão os nossos mercados potenciais a autorização de um enorme festival às portas de Lisboa (que foi precisamente a área mais visada pelas restrições e que tem o nosso maior aeroporto)? Como é que o mesmo Governo que se dizia altamente preocupado com o turismo autoriza um evento de massas que nos causará um brutal dano reputacional? Que imagem dá do país aos mercados turísticos a organização de uma festa bombástica com a chancela do Governo português? Será que Costa e os seus ministros pensaram nos efeitos sobre o turismo no mês de Setembro?

 

4. Mas ainda que não saia um único infectado deste insalubre festival e ainda que não se perca com ele um só turista, haverá sempre desrespeito e desprezo pelos portugueses. Autorizar a infausta Festa do Avante! é fazer tábua rasa do sacrifício que estão a fazer e por que estão a passar os artistas, os técnicos, as empresas de eventos e todas os sectores de actividade que lhes estão associados. Muitos desses trabalhadores já estão ou estarão em breve sem emprego, muitas dessas empresas já estão ou estarão dentro de pouco em insolvência. O sacrifício de toda esta gente foi feito – está a ser feito – em nome de um bem maior: a saúde. Mas, para o PCP e para a sua corte, não há proibições nem sacrifícios. O Governo, sabe-se lá a troco de quê, autoriza e ainda põe recursos ao serviço de uma festa de excepção. Sim, impressiona a quantidade de recursos que a Direcção-Geral de Saúde afectou à organização deste evento particular do PCP. Quando a Direcção-Geral de Saúde devia estar focada e concentrada no começo do ano lectivo, andou a desperdiçar recursos para planear um evento festivaleiro, que representará, ainda assim e sempre, um enorme risco sanitário. O PCP devia pagar ao Estado todo o dispêndio de recursos com o planeamento da sua festividade.

 

 Pior do que tudo isto: a autorização da Festa do Avante! é um enorme acto de desrespeito e de desprezo por todos os cidadãos. Todos os portugueses fizeram e continuam a fazer enormes renúncias para salvaguardar o bem maior da saúde pública. A grande maioria vai mergulhar numa terrível crise económica por causa dessas restrições e renúncias. Mas o primeiro-ministro Costa e o seu Governo, dando ao PCP este inqualificável privilégio, desrespeitam e votam ao desprezo essa fantástica atitude e disposição do povo português. Para usar uma expressão cara ao primeiro-ministro: os portugueses têm como prémio do seu comportamento extraordinário durante a pandemia poderem usufruir da inigualável Festa do Avante!. Nem toda a gente parou para pensar. Mas, se se vir bem, a Festa do Avante! tem um tratamento mais privilegiado e muito mais permissivo do que teve a Liga dos Campeões. Se a Liga dos Campeões era para recompensar os médicos, entretanto caídos em desgraça; a Festa do Avante! só pode ser para compensar a totalidade do povo português. Tamanho prémio não podia ter outro destino.

 

5. O Governo e o primeiro-ministro não têm desculpas nem escapatórias: são cúmplices e são responsáveis pela Festa do Avante!. O PCP só pode organizar as coisas como está a organizar porque conta com o apoio político directo de António Costa. Esta atitude surpreendente e incompreensível do primeiro-ministro mostra algo que se tem tornado cada vez mais notório e evidente. António Costa já “descolou” do sentir e da sensibilidade do povo português. Se muito poucos simpatizaram com a sua sanha contra os médicos, não há ninguém que não esteja indignado com o privilégio dado ao PCP. Na rua, os portugueses estão indignados com esta ligeireza e leviandade. E mais ainda com o duplo critério e o duplo padrão de Costa, do Governo e do PS. Senhor primeiro-ministro: “Com a saúde não se brinca.” Eis um dito popular de que, não tarda muito, Costa se vai lembrar.

How coronavirus is changing the world | DW Documentary

How are democracies and authoritarian states reacting to the coronavirus pandemic? An investigative team is looking for clues worldwide and interviewing virologists, health experts and citizens. Where is the fight against COVID-19 working and where isn’t it?

 Nine months after the new coronavirus first appeared, the documentary "The Pandemic Spreads" finds some initial answers to these questions. The film takes the viewer on a journey around the world: We dive into seven different countries and analyze their ways of handling the virus. We return to the putative beginnings of the pandemic in Wuhan in China. We see how Taiwan reacted to the virus earlier and more decisively than almost any other country in the world, as Europe and North America were still lulling themselves into a false sense of security.

 In retrospect, it is clear that the Western democracies saw the coronavirus as a local Chinese problem for far too long. Yet research from France and other European countries suggest it was probably already among us here in Europe at the end of 2019. Our viral world tour also takes us to the outsiders of the pandemic: Sweden, for example. At first the Swedes' special approach was still seen as daring, but months later it seems to have gone disastrously wrong.

 The biggest health and economic crisis in recent history has underlined recent global political developments: as the world power USA sinks into corona chaos, its rival China seems to have hit its stride. Will Beijing’s authoritarian regime come out on top of the crisis through its aggressive and consistent approach to the virus? "The Pandemic Spreads" shows how COVID-19 is changing our world for good.


How long does coronavirus immunity last? | COVID-19 Special

The first cases of reinfection are emerging in Hong Kong, the United States and Europe. There is growing evidence that immunity to the new coronavirus after infection may be short-lived. Following reports in Hong Kong that a man had contracted  the virus for a second time just over four months, experts are now saying there is likely only a slim possibility of people being re-infected with COVID-19, but nobody knows for sure. They suggest immunity from the disease does not necessarily last long. So much for herd immunity, or full immunity. Concrete answers are vital in developing a vaccine, that is, if we ever get one.


Murphy Reacts To Trump's Defense Of Teen Charged With Killing 2 Proteste...





10 headaches in Boris Johnson’s in-tray

 


10 headaches in Boris Johnson’s in-tray

 

British MPs return on Tuesday with a very busy few months ahead.

 

By ALEX WICKHAM 8/31/20, 8:28 AM CET Updated 8/31/20, 3:10 PM CET

https://www.politico.eu/article/10-headaches-in-boris-johnsons-in-tray/

 

LONDON — If you thought the first half of 2020 was busy, think again.

 

As Westminster returns from August's lull, Prime Minister Boris Johnson picks up a hugely crowded agenda, even by the standards of British politics in recent years. Faced with a possible second wave of coronavirus infections, the pandemic's severe economic fallout and to-the-wire Brexit trade talks with Brussels, the implications for the country — and by extension, Johnson's Conservative government — could hardly be more stark.

 

Here's POLITICO's bluffer's guide to how Westminster insiders think the months ahead will play out, courtesy of London Playbook's new author Alex Wickham. You can read his first Playbook here and sign up for the morning briefing email here.

 

1. Back to school

First up is Tuesday’s grand reopening of English and Welsh schools (Monday is a U.K. holiday and many children in Scotland and Northern Ireland have already returned).

 

Downing Street and Education Secretary Gavin Williamson are increasingly bullish that things will go according to plan and children will return to classrooms, despite concerns among teachers and parents.

 

Britain's Prime Minister Boris Johnson talks with head teacher Bernadette Matthews as he visits St Joseph's Catholic Primary School in east London, on August 10, 2020 to see preparedness plans implemented | Pool photo by Lucy Young/AFP via Getty Images

 

The U.K. government faced a precarious buildup in the last week of the summer holidays with (another) U-turn on face-masks last Wednesday, now mandating that secondary school children wear coverings in the corridors, though not in lessons. Ministers reckon they’ve got through this latest wobble with local authorities and trade unions broadly staying onside, and are now confident both parents and children ultimately want schools to go back.

 

“We’re there,” one insider assured Playbook.

 

2. Back to the office vs. avoiding a second wave

Assuming children make it back to school relatively smoothly, attention will quickly turn to the state of the economy.

 

Playbook was cautioned against expecting any big government campaign to urge people back to offices this week, but, as has been the case much of the way through the pandemic, Health Secretary Matt Hancock’s safety-first approach isn’t backed by everyone in his Tory Party, some of whom worry that unless people get back to work there will be dire economic consequences.

 

 

This has become the first major battleground as Tory MPs head back to Westminster. So far, Downing Street is erring on the side of caution, but the fight is just beginning.

 

3. Unemployment bombshell

The reasons for those economic concerns are twofold: First, fears that towns and cities across the country face an unmitigated disaster if office workers aren’t heading in to spend money in shops and pubs. But even more worrying, a widely expected leap in unemployment when the government's furlough scheme, which is currently paying the wages of millions of workers, comes to an end in October.

 

Chancellor Rishi Sunak has his first annual budget due in November, and there were reports in the Sunday newspapers that the three-year spending review due this year could be chopped down to one year in an attempt to tackle the looming unemployment crisis.

 

All of which means a war beginning to rage in the Tory Party on several fronts over how the chancellor should respond.

 

4. Tax rises or tax cuts

Both the Sunday Times and Sunday Telegraph front pages describing “the largest tax rises in a generation” reportedly being plotted by Treasury officials have terrified more economically liberal Tory ministers and MPs whose ideological opposition to such proposals sees them as obstacles to growth.

 

The papers reported that any suggestion of raising capital gains tax — levied on assets when they are sold — to the same level as income tax, or reducing pension tax relief would be resisted by Johnson’s aides in No. 10, who are said to want ministers to find further cuts to spending in Whitehall instead.

 

The split feeds into a coming battle for the soul of the Tory Party over the level of economic intervention the government should pursue post COVID. Some in Whitehall believe the central government will have to play much more of a role in economic life for years to come, something that is going down like a cup of cold sick among those on the right of the Conservative Party.

 

The next round of Brexit talks begins on September 7, with both sides warning that a no-deal outcome looks more likely than it did a couple of months ago.

 

But on tax rises, you get the feeling those No. 10 aides won’t have minded those Sunday newspaper stories riling up the Tory backbenches on their first week back. As Labour spin doctor Damian McBride notes in this useful Twitter thread: "The most predictable outcome of these stories was for Tory MPs returning from recess to urge Boris to over-rule Rishi and win this battle. So if that’s what the source wanted, it’s a job well done."

 

5. New Foreign, Commonwealth and Development Office

The merger of the Foreign Office and the Department for International Development is due this week — and Wednesday will be the Foreign, Commonwealth and Development Office’s first day.

 

(Spare a thought for the government official who warned colleagues to no avail that the new title would inevitably be abbreviated to Focado, rhyming with online supermarket Ocado.)

 

All eyes next on the outgoing Secretary of State for International Development Anne-Marie Trevelyan and a potential wider ministerial shake-up. Trevelyan should get a farewell at Tuesday’s Cabinet meeting, but she has also been linked longer-term with Ben Wallace’s job as defense secretary. Wallace's relationship with No. 10 continues to prove troublesome, according to government ministers and officials familiar with the situation, ahead of the integrated review of security, defense, development and foreign policy, which is due later this year.

 

The expectation among rising-star ministers looking for promotions is that there won’t be a proper Cabinet reshuffle until the New Year. Joyously that means months of peacocking ahead.

 

6. New faces

We should soon be getting news of who will replace Mark Sedwill, who stood down as the most senior official in the British government in June following months of reports that he had clashed with Johnson's Downing Street team.

 

The current department of health top official Chris Wormald has been the papers’ favorite for the gig, but the latest POLITICO hears from civil service insiders is that this is far from a done deal.

 

Meanwhile, the PM’s Director of Communications Lee Cain has to choose the new face of the government this month, with the plan to introduce White House-style televised press conferences to Downing Street expected to be implemented in October.

 

7. Deal or no deal?

The next round of Brexit talks begins on September 7, with both sides warning that a no-deal outcome looks more likely than it did a couple of months ago.

 

Tim Shipman's Sunday Times long-read from a couple of weeks back still reflects thinking within chief U.K. Brexit negotiator David Frost's team that unless the EU and its chief negotiator Michel Barnier shift on state aid rules, Britain will be better off leaving the transition period without a deal.

 

Some Brexiteer MPs expect No. 10 to formally walk away from talks sooner rather than later.

 

All of which raises fundamental questions over whether Downing Street is bluffing, whether the coronavirus has hardened or softened ministers’ resolve on no deal, how a crash-out would go down on the Tory benches, and what it would mean for the union of the United Kingdom.

 

8. Lockdown 2?

Come the winter, if the U.K. is struck by a severe second wave of the virus, then ministers will face another big fight over any new nationwide restrictions in England or more extensive local lockdowns.

 

Hancock rolled the pitch for such measures in the Times last week. But we're told there is a concerted effort by some ministers who are more wary of sweeping lockdown measures to stress the role of the public’s personal responsibility in handling the next stage of the pandemic.

 

“People know now that they have to wash their hands and socially distance and stay at home if they have a cough. There comes a point where personal responsibility is more important than anything we can do,” warned one government official.

 

Those in Whitehall praying for a less devastating second wave are quietly suggesting that the unusually mild flu season last winter was a key factor in the high COVID death toll first time round.

 

9. Backbench bellyaching

All these divisions feed into a general mood of disquiet on the Tory backbenches, after months of grumblings over the initial lockdown, the general handling of the pandemic, and more recently frustration at the series of recent U-turns.

 

This has the possibility of blowing up into a real theme over the next few months, but for the moment ministers hope it will calm down. “Things have been much more difficult because MPs have been away from parliament. Once they’re back this week, there will be much more of those informal chats between backbenchers and Cabinet ministers and ministers and the prime minister. The mood should improve instantly,” a government insider said.

 

10. Legislative logjam

They certainly need it to, because the government needs all the help it can get rushing through the legislation that must clear parliament before the end of the year.

 

The major Brexit bills that have to be passed by December 31 are: Agriculture (started in the Commons, due to start report stage in Lords in September), Fisheries (started in the Lords, second reading in Commons on September 1), Immigration (started in the Commons, now at committee stage in Lords), Trade (started in Commons, now at second reading in Lords), U.K. Internal Markets (due to be introduced in Commons in September) and of course legislation to put any deal with the EU into law, if indeed there is one.

 

Aaand breathe.

Kenosha mayor: I am disappointed that Trump is coming

Macron’s ‘risky bet’ in Lebanon

 



Macron’s ‘risky bet’ in Lebanon

 

French president lays out his strategy in the former French protectorate as it struggles to overcome latest social upheaval.

 

By RYM MOMTAZ 9/1/20, 7:07 AM CET

https://www.politico.eu/article/emmanuel-macrons-risky-bet-in-lebanon-beirut-explosion/

 

BEIRUT — Emmanuel Macron says he’s making a “risky bet” by working to avoid a political collapse in Lebanon, but is limited in what he can achieve.

 

"It's the last chance for this system," the French president told POLITICO in an interview while en route from Paris to Beirut Monday evening.

 

 "It’s a risky bet I’m making, I am aware of it … I am putting the only thing I have on the table: my political capital."

 

Macron is in the Middle Eastern country and former French protectorate for the second time within a month to try to chart a way forward based on reforms in exchange for a bailout. The country has been reeling from a long-standing political and financial crisis, in addition to the resurgence of the coronavirus and the massive explosion that ripped through Beirut's port in August, killing nearly 200 and prompting the resignation of Hassan Diab as prime minister.

 

After weeks of French pressure to nominate a so-called credible figure to the premiership, political parties agreed to put forward diplomat Mustapha Adib as the new prime minister on Monday — just hours before Macron’s arrival.

 

The French president has emerged as the only global heavyweight to have offered the country's leaders a potential path to safety, though his critics say he isn't doing enough.

 

Lebanon's ruling class has steamrolled previous attempts by the international community to push reform in the country. Macron warned the next three months will be "fundamental" for real change to happen, and if it doesn't, he will switch tack, taking punitive measures that range from withholding a vital international financial bailout to imposing sanctions against the ruling class.

 

But Macron’s detractors say he is not using the full breadth of France's influence and power to bring about the change he seeks, given the Lebanese party currently most opposed to real reforms — Hezbollah — is empowered to do so due to its umbilical bond with Iran and the formidable financing and arming it provides.

 

Macron refuted the critique, arguing: "If we fight force with force, that’s called escalation," and that only leads to war, which he said is the last thing Lebanon needs.

 

"Don't ask France to come wage war against a Lebanese political force ... It would be absurd and crazy."

 

The choice Macron is faced with in Lebanon is the same one liberal democracies are facing in dealing with countries such as Russia, China, Turkey and Iran, which don’t hesitate to use armed force, violate international laws and subvert the global rules-based system.

 

"The difficulty of those who defend a pluralist path is not to fall into the trap of the escalation of powers; it’s the trap I don’t want to fall into and I won’t fall into, including in the Eastern Mediterranean," Macron said, referring to Turkey’s rising tensions with Greece over maritime territory.

 

 

Macron insisted he doesn’t have a record of being soft and isn’t about to back down in Lebanon either — citing his administration’s decision to launch an airstrike in Syria in response to the Assad regime’s use of chemical weapons against its own people, and deployment of a ship and two fighter jets to the Mediterranean in response to Ankara’s moves in disputed waters.

 

The French leader said he plans to engage with the new prime minister-designate and all Lebanese political parties in parliament — including those he doesn’t agree with. Macron said he wants credible commitments from political party leaders that they’ll make reforms, including a concrete timetable for implementing changes and holding a parliamentary election within “six to 12 months.” He also said he wants to implement a "demanding" follow-up mechanism on these pledges.

 

Uneasy start

Macron’s return to Lebanon after a first visit following the blast has been met with a wave of skepticism of what he's been able to achieve, even among those who hailed him as a potential savior for the country only three weeks ago.

 

A small crowd waited for Macron outside the house of legendary Lebanese singer Fayrouz — whom he visited Monday in his first stop — shouting "Adib won't do!" and "We want Nawaf Salam!"

 

Critics are disgruntled with the choice of the new prime minister-designate, a hitherto largely unknown figure, who served as chief of staff to Najib Mikati, a former embattled prime minister, and most recently as ambassador to Germany.

 

Macron said the closest alternative, Nawaf Salam — a current judge on the International Court of Justice who has been the main candidate for prime minister of civil society and opposition groups that have been protesting since October 2019 — would not have worked.

 

Hezbollah vetoed the choice. On top of that, Salam’s support comes from protest movements rather than political parties, meaning he wouldn’t have had enough parliamentary support. He would have needed to be granted exceptional legislative powers for a transitional period to be able to pass reforms and hold elections unobstructed — something France couldn’t secure.

 

"If I imposed Mr. Nawaf Salam ... we kill his candidacy because we put him in a system in which the parliament will block everything,” Macron said.

 

But Macron also accused the protest movement of not rising to the occasion.

 

Macron claimed he’s exerting pressure in Lebanon in a way that hasn’t been done before.

 

"A name works if the street knows how to produce a leader who leads the revolution, and breaks the system. It didn’t work, at least not today, maybe tomorrow or after tomorrow it will."

 

Macron also rejected accusations that he personally chose Adib and made a deal with Iran.

 

"I don’t know him, I didn’t choose him, and it’s not my job to interfere or approve," he said.

 

Macron claimed he’s exerting pressure in Lebanon in a way that hasn’t been done before by visiting the country in such quick succession; holding frank, long and repeated conversations with the ruling class; threatening to withhold aid and impose sanctions, among other things.

 

Citing Italian Marxist writer Antonio Gramsci, Macron said: "The new is having a hard time emerging, and the old is persevering. We have to find a way through, that’s what I’m trying to do."

Reporter asks Trump to condemn Kenosha shooter. Watch his response // Defying local leaders, Trump declares he will still visit Kenosha

WHITE HOUSE

Defying local leaders, Trump declares he will still visit Kenosha

 

The president also attacked the mayor of Portland after a deadly shooting in the city over the weekend.

 

By QUINT FORGEY

08/31/2020 09:42 AM EDT

Updated: 08/31/2020 07:47 PM EDT

https://www.politico.com/news/2020/08/31/trump-defying-visit-kenosha-405944

 

President Donald Trump declared Monday that he would forge ahead with plans to travel to Kenosha, Wis., defying pleas from local leaders to stay away from the new nerve center of America’s racial crisis.

 

“If I didn’t INSIST on having the National Guard activate and go into Kenosha, Wisconsin, there would be no Kenosha right now,” Trump wrote on Twitter. “Also, there would have been great death and injury. I want to thank Law Enforcement and the National Guard. I will see you on Tuesday!”

 

The president’s social media post comes after The Associated Press reported that Wisconsin Gov. Tony Evers sent a letter to the White House on Sunday urging Trump to reconsider his scheduled visit to Kenosha.

 

 

“I, along with other community leaders who have reached out, are concerned about what your presence will mean for Kenosha and our state,” Evers wrote. “I am concerned your presence will only hinder our healing. I am concerned your presence will only delay our work to overcome division and move forward together.”

 

Kenosha Mayor John Antaramian also said Sunday that the trip was ill-advised and that he would have preferred for Trump “not to be coming at this point in time.”

 

“All presidents are always welcome, and campaign issues are always going on,” Antaramian told NPR. “But it would have been, I think, better had he waited for another time to come.”

 

But White House press secretary Kayleigh McEnany insisted Monday that “this president will go to Kenosha” despite Evers and Antaramian’s requests.

 

“He loves the people of Wisconsin, and he looks forward to speaking directly to them and unifying the state,” she told Fox News.

 

Speaking at a news conference on Monday, Trump likened Evers' request about his visit to the governor's reluctance to call for federal forces in maintaining order amid protests in the state.

 

"He didn't want the National Guard, as you know,” the president said. “But I give him credit because, ultimately, he said yes and as soon as he said yes, the problem ended."

 

Trump also contradicted the notion that his presence would exacerbate tensions in the city, saying that it could "increase enthusiasm, and it could increase love and respect for our country."

 

Trump and his allies have sought to highlight incidents of rioting and looting that have accompanied the city’s recent protests, which began after Jacob Blake, a 29-year-old Black man, was shot in the back seven times by a white police officer earlier this month as he leaned into his car.

 

Last Tuesday, two protesters in Kenosha were shot to death and a third was wounded during an attack allegedly carried out by a young white man who was caught on cellphone video opening fire in the middle of the street with a semi-automatic rifle.

 

Kyle Rittenhouse, a 17-year-old police admirer from Illinois, was arrested and charged with first-degree intentional homicide, one count of first-degree reckless homicide, one count of attempted first-degree intentional homicide and two counts of first-degree reckless endangerment.

 

Evers declared a state of emergency last Tuesday and announced that the National Guard presence in Kenosha would be doubled after rioters vandalized businesses and set fire to dozens of buildings.

 

Trump then tweeted last Wednesday that he would order additional federal forces to Kenosha, and he has subsequently taken credit for what the White House has described as a decline in the city’s alleged lawlessness.

 

But the president’s response to the nation’s racial unrest was relitigated over the weekend, after a caravan of hundreds of Trump supporters in pickups fought Saturday with Black Lives Matter protesters in Portland, Ore., where mass demonstrations have occurred for more than 90 consecutive days.

 

In some videos circulated on social media, pro-Trump counterprotesters could be seen firing paintball pellets at opponents and deploying chemical irritants as protesters threw objects at the caravan.

 

A man was shot and killed Saturday night, and although it was unclear whether his shooting was linked to the skirmishes, the victim’s hat bore the insignia of Patriot Prayer — a far-right group whose members have previously clashed with protesters in Portland.

 

Portland Mayor Ted Wheeler used a news conference Sunday to condemn “the hate and the division” engendered by Trump, who had called the caravan of his supporters “GREAT PATRIOTS!” in a tweet Saturday prior to the fatal shooting.

 

“Do you seriously wonder, Mr. President, why this is the first time in decades that America has seen this level of violence?” Wheeler said, adding that Trump’s “campaign of fear is as anti-democratic as anything you have done to create hate and vitriol in our beautiful country.”

 

In a White House news briefing Monday, McEnany defended Trump’s decision to praise the caravan on social media.

 

“The president was highlighting that these were good Americans going in to peacefully be a part of a protest and show their voice,” she said. “And that’s what he was noting by the tweet and highlighting the video, which he routinely does.”

 

Trump has long criticized Wheeler for not doing enough to quash Portland’s protests, referring to the mayor as “wacky,” a “fool,” a “dummy,” and “weak and pathetic” in tweets over the weekend.

 

The president continued his attacks Monday, tweeting that “Portland is a mess” and warning that if “this joke of a mayor doesn’t clean it up, we will go in and do it for them!”

 

The three deaths in Kenosha and Portland have now cemented the cities as flashpoints in the final months of a White House race increasingly dominated by matters of culture, race and law and order.

 

Since the beginning of anti-racism protests that emerged in the aftermath of George Floyd’s killing by Minneapolis police in May, Trump and Republican lawmakers have sought to blame Democrats for episodes of violence that have accompanied some demonstrations.

 

And at last week’s Republican National Convention, Trump threatened that mob violence would descend upon communities across the United States should Democratic presidential nominee Joe Biden be elected in November.

 

Biden, meanwhile, has accused Trump of stoking divisions among Americans and noted that the nation’s unrest is unfolding under the incumbent president’s watch.

 

But in a sign of Kenosha and Portland’s growing impact on the general election campaign, Biden delivered a speech Monday in Pittsburgh that laid out "a core question voters face in this election: Are you safe in Donald Trump’s America?”

 

“I want a safe America," Biden said during his address. "Safe from Covid, safe from crime and looting, safe from racially motivated violence, safe from bad cops. And let me be crystal clear: safe from four more years of Donald Trump.”

 

The former vice president addressed the accusations levied against him by the Trump campaign and firmly condemned looting and rioting in his address.

 

Biden previously said he planned to resume in-person campaigning in battleground states, likely after Labor Day, and Trump alluded to his opponent’s seemingly accelerated timetable Monday.

 

 

“The Radical Left Mayors & Governors of Cities where this crazy violence is taking place have lost control of their ‘Movement,’” he tweeted. “It wasn’t supposed to be like this, but the Anarchists & Agitators got carried away and don’t listen anymore — even forced Slow Joe out of basement!”

 

Although Trump’s visit to Kenosha carries political risks, it does allow the president to appear at the new focal point of America’s racial reckoning in advance of Biden. Some Democrats had urged their party’s nominee to make his own trip to the city in recent days.

 

“Here we go again. Democrats ignoring the state of Wisconsin, as they did in 2016,” McEnany said Monday — mocking Biden while arguing that Trump was “demonstrating his respect for the American people by actually going to places where Americans are hurting.”

 

Elaborating on Trump’s travel, McEnany said Trump is expected Tuesday “to meet with law enforcement to look at some of the damage from the riots” in Kenosha.

 

At his news conference on Monday, Trump said he was not visiting Blake's family during his trip to Kenosha. Blake's family asked that a lawyer be present in a meeting with the president, Trump said, and he found such a meeting would be "inappropriate."

 

Trump campaign national press secretary Hogan Gidley said Monday the president “wants to go” to Kenosha and “begin to work to heal what has happened there.”

 

But Gidley suggested Trump’s trip would focus more on Republicans’ law-and-order rhetoric than the city’s raw racial wounds.

 

“These people are divided. They’re angry. They’re upset. They’re scared to see what their communities have devolved into. This just anarchy cannot continue,” Gidley told Fox News.

 

“And let’s be fair,” he added. “If the president of the United States didn’t go there, the media would all be saying, ‘Why isn’t he going to Wisconsin?’”

 

Former Wisconsin Gov. Scott Walker, a Republican, also said Monday that Trump should visit the city — but not necessarily to instill a sense of peace in the community.

 

“I think the president should absolutely go to Kenosha,” Walker told Fox Business, “first and foremost because I think people want to thank him.”

 

Matthew Choi and The Associated Press contributed to this report.