ROLLS-ROYCE ENFRENTA DILEMA APÓS PREJUÍZO MILIONÁRIO
O novo coronavírus teve um impacto brutal nas receitas do
fabricante aeroespacial.
28 DE AGOSTO DE
2020 | Bloomberg
O maior prejuízo
da história da Rolls-Royce Holdings impôs ao CEO Warren East escolhas difíceis
para fortalecer a empresa britânica diante dos estragos causados pela pandemia
de novo coronavírus.
As ações chegaram
a cair 10% após a marca anunciar que planeia angariar pelo menos 2 mil milhões
de libras em alienações e que está a estudar outras alternativas para captar
recursos. A subsidiária espanhola ITP Aero foi identificada como o ativo com
maior probabilidade de ser vendido, embora possa demorar a encontrar o
comprador e o preço certos, alertou East durante uma conferência online
recente.
Com um prejuízo
de 5,4 mil milhões de libras no primeiro semestre, East não tem muito tempo
para aguardar boas ofertas. O novo coronavírus teve um impacto brutal na
receita de manutenção gerada pelo uso de aviões de corpo largo e a empresa já
delineou os potenciais efeitos de um agravamento da crise. A saída do diretor
financeiro Stephen Daintith, que aceitou um cargo na empresa de entrega de
alimentos Ocado Group, só está a dificultar o desafio.
"O impacto
da pandemia nos nossos negócios tem sido muito dramático e isso está claro nos
resultados" divulgados na manhã da última quinta-feira, afirmou East na
mesma conferência virtual. O valor de mercado da empresa chegou aos 4,5 mil
milhões de libras após a queda de dois terços do preço das ações este ano.
Preparada para o
pior cenário
A Bloomberg
noticiou em julho que a Rolls-Royce poderia tentar levantar entre 1,5 e 2 mil
milhões de libras com uma oferta de ações. Seja qual for a sua decisão, East
enfrenta uma situação que pode piorar significativamente.
A empresa apresentou
um cenário "severo, mas plausível" na última quinta-feira, no qual
uma segunda onda do vírus resultaria em restrições adicionais de mobilidade e
diminuição proporcional nas horas voadas. Nesse caso, será necessário angariar
dinheiro com mais urgência, a fim de garantir a continuidade das operações e
manter a liquidez.
"East
enfrentou um período escaldante na Rolls-Royce, com falhas de design no Trent
1000, mas gerir a atual crise da Covid-19 será o seu maior desafio", disse
Julie Palmer, sócia da empresa especializada em reestruturações, Begbies
Traynor. East "ainda tem muito trabalho pela frente para garantir que a
Rolls-Royce consegue sobreviver à tempestade".
O balanço
patrimonial da empresa é assustador. A Rolls-Royce contabilizou uma baixa de
2,6 mil milhões de libras para encerrar hedges cambiais que deixaram de ser
necessários à medida que a empresa reduz a operação de aviação comercial. A
queda recente do dólar elevou o custo de reversão desses contratos.
A empresa não
espera recuperação no número de horas voadas antes de 2022.
ROLLS-ROYCE
FACES DILEMMA AFTER MULTIMILLION-DOLLAR LOSS
The new coronavirus had a brutal impact on the aerospace
manufacturer's revenues.
AUGUST 28, 2020
Bloomberg
The biggest loss
in rolls-royce holdings history has imposed on CEO Warren East difficult
choices to strengthen the British company in the face of the damage caused by
the new coronavirus pandemic.
Shares fell 10%
after the brand announced that it plans to raise at least £2bn in divestments
and is looking into other alternatives to raise funds. Spanish subsidiary ITP
Aero has been identified as the asset most likely to be sold, although it may
take time to find the right buyer and price, East warned during a recent online
conference.
With a loss of
£5.4billion in the first half, East doesn't have much time to look forward to
good offers. The new coronavirus has had a brutal impact on maintenance revenue
generated by the use of wide-body aircraft and the company has already outlined
the potential effects of a worsening crisis. The departure of chief financial
officer Stephen Daintith, who has accepted a position at food delivery company
Ocado Group, is only hampering the challenge.
"The impact
of the pandemic on our business has been very dramatic and this is clear from
the results" released last Thursday morning, East said at the same virtual
conference. The company's market value reached £4.5billion after the share price
fell by two-thirds this year.
Prepared for the
worst-case scenario
Bloomberg
reported in July that Rolls-Royce could try to raise between £1.5 billion and
£2 billion with a stock offering. Whatever your decision, East faces a
situation that could get significantly worse.
The company
presented a "severe but plausible" scenario last Thursday, in which a
second wave of the virus would result in additional mobility restrictions and
proportional decrease in hours flown. In this case, it will be necessary to
raise money more urgently in order to ensure the continuity of operations and
maintain liquidity.
"East has
faced a scorching period at Rolls-Royce with design flaws in the Trent 1000,
but managing the current Covid-19 crisis will be its biggest challenge,"
said Julie Palmer, partner at restructuring firm Begbies Traynor. East
"still has a lot of work ahead of him to make sure Rolls-Royce can survive
the storm."
The company's
balance sheet is frightening. Rolls-Royce has booked a low of £2.6billion to
end foreign exchange hedges that are no longer needed as the company reduces
its commercial aviation operation. The recent fall in the dollar has raised the
cost of reversioning these contracts.
The company does
not expect recovery in the number of hours flown before 2022.
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