quinta-feira, 4 de setembro de 2014

França. A vingança da ex-companheira de Hollande chega hoje às livrarias/ Valérie Trierweiler raconte son passage à l'Elysée - Le Monde/Valérie Trierweiler tells of suicide bid after Hollande admitted affair- The Guardian / VÍDEO / Paris Match: "Hollande ne répondait plus aux demandes amoureuses de Valérie Trierweiler"


França. A vingança da ex-companheira de Hollande chega hoje às livrarias
Por Kátia Catulo com Marta F. Reis
publicado em 4 Set 2014 in (jornal) i online
Valérie confessa que tentou suicidar-se depois de saber da traição e conta que o presidente francês é calculista e detesta os pobres

O ajuste de contas da ex-companheira do presidente François Hollande chega hoje às livrarias francesas. "Merci pour ce moment" ("Obrigada por Este Momento") é o livro em que Valérie Trierweiler fala das decepções amorosas sofridas com o seu companheiro dos últimos nove anos. A antiga jornalista admite até que tentou suicidar-se depois de descobrir a traição conjugal. O livro, com uma tiragem de 200 mil exemplares e 330 páginas, vai ser publicado pela Les Arènes e promete oferecer aos leitores muitas revelações. Alguns excertos foram já publicados ontem pela revista "Paris Match", provocando o alvoroço do Palácio do Eliseu e apanhando de surpresa o chefe de Estado, que só terá sido informado anteontem pela editora.

No fim da sua relação, depois de se saber do caso com a actriz francesa Julie Gayet, o presidente francês terá enviado 29 mensagens num único dia a Trierweiler. A ex--jornalista admite ter tentado engolir um frasco de sedativos. "As notícias sobre Julie Gayet fizeram manchetes nos noticiários da manhã. Desmoronei e não podia ouvir mais. Corri para a casa de banho e agarrei num pequeno saco com comprimidos para dormir. François foi atrás de mim e tentou rasgá-lo", conta no livro. "Quero dormir, não quero viver nas próximas horas."

Valérie Trierweiler conta noutro excerto que, após a separação, Hollande lhe enviou flores e dezenas de mensagens de texto carinhosas durante os meses seguintes, prometendo reconquistá-la a todo o custo. "Escreve que sou toda dele, que não pode fazer nada sem mim", relata a ex- -jornalista, que diz nos excertos publicados pela revista francesa que nos vários sms que se seguiram Hollande a pressionava: "Queria voltar para mim a qualquer preço. Dizia que precisa de mim, todas as noites me convidava para jantar."

Quando as mensagens se intensificaram, a ex-primeira-dama contou que começou a questionar-se: "Será que ele acredita no que escreve? Ou sou o último desejo de um homem que não suporta perder?", escreve no seu livro, interrogando-se sobre os motivos do assédio e as suas supostas tentativas para reatar a relação: "Trata-me como se eu fosse uma eleição que não quer perder." A obra também serviu para a ex-companheira fazer o mea culpa, assumindo ter um ciúme "descontrolado" em relação a Ségolène Royal, a ex-mulher de Hollande, com quem ele teve quatro filhos e que actualmente é ministra.

E não são nada meigas as confidências que a ex-jornalista faz sobre a personalidade do presidente francês, que acusa de ser calculista e frio nas relações pessoais e ainda desrespeitoso com as classes sociais desfavorecidas. Valérie conta que, apesar de querer aparentar afinidade com eles, o ex-companheiro gozava frequentemente com as origens humildes de Trierweiler e apelidava os franceses mais pobres de "desdentados".

É a primeira vez que uma ex-primeira- -dama francesa escreve sobre um presidente ainda em exercício. Olivier Royant, editor-chefe da "Paris Match", contou à rede BFMTV que Hollande soube do livro apenas na terça-feira, mas o gabinete presidencial não fez comentários sobre o assunto. Apesar de ser apresentado pela imprensa como um "livro bombástico", a "vingança de uma mulher ferida", e um "terremoto de abalar o Palácio do Eliseu", a "Paris Match" garante que o presidente francês pode dormir tranquilo pois não há revelações sobre segredos de Estado.



Cuidado com elas:

Nicolas Sarkozy
A ex-mulher de Sarkozy, Cecilia Attias, publicou uma autobiografia com pormenores sobre o antigo presidente francês no final do ano passado. “Une Envie de vérité” revela que algumas da suas amigas, mal souberam do divórcio, largaram os maridos para tentar seduzir o então chefe de Estado de França. Cecilia fala de uma impulsividade preocupante por parte do ex-marido e de comentários chocantes que lhe custaram as eleições.

Strauss-Khan
O ex-director geral do FMI tentou mas não conseguiu impedir a publicação de um livro assinado pela sua amante Marcela Lacub, com o irónico título “ABela e o Monstro” (Belle et Bête). “Teria transformado o Eliseu num gigante club de swing”, lê-se numa das passagens da obra, à venda desde 2013.

Vladimir Putin

Segundo a imprensa americana, Lyudmila Putin, a ex-mulher do presidente russo assinou recentemente um contrato com uma editora para publicar as suas memórias. Não seria a primeira vez que as confidências da antiga primeira-dama chegavam às bancas: num livro publicado em 2001, baseado em entrevistas, classificava Vladimir Putin de vampiro.

Mick Jagger
Jerry Hall, mãe de quatro filhos de Mick Jagger, publicou em 2010 a autobiografia “My Life in Pictures”, em parte dedicada aos 20 anos de casamento com o vocalista dos Rolling Stones. Na obra, a ex-mulher revela as infidelidades e os vícios do cantor.

Jude Law
O actor britânico não ficou nada tranquilo com a prosa da ex--mulher, Sadie Frost, que em 2010 publicou “Crazy Days”, em que relata cenas de um casamento falhado e como acabou internada num serviço de psiquiatria
Valérie Trierweiler raconte son passage à l'Elysée

L'ouvrage a été rédigé dans le plus grand secret. Intitulé « Merci pour ce moment » (Les Arènes), signé Valérie Trierweiler et tiré pour cela à 200 000 exemplaires, il sort en librairie jeudi 4 septembre. L'ancienne presque première dame relate sa vie au palais présidentiel aux côtés de François Hollande.
« Tout ce que j'écris est vrai. A l'Elysée, je me sentais parfois comme en reportage. Et j'ai trop souffert du mensonge pour en commettre à mon tour », explique l'auteure sur la couverture.

A son arrivée à l'Elysée, en mai 2012, elle avait immédiatement revendiqué sa liberté de ton, jugeant par exemple normal de conserver un poste de journaliste à Paris-Match. Un mois plus tard, en pleine campagne des législatives, elle avait défrayé la chronique avec un tweet dévastateur où elle apportait son soutien au rival de Ségolène Royal, la mère des quatre enfants de François Hollande.

Courage à Olivier Falorni qui n'a pas démérité, qui se bat aux côtés des Rochelais depuis tant d'années dans un engagement désintéressé.

— Valerie Trierweiler (@valtrier) Juin 12, 2012

L'ELYSÉE « PAS AU COURANT »

La journaliste, officiellement séparée de François Hollande depuis janvier, raconte également comment elle a appris l'existence d'une liaison entre le chef de l'Etat et l'actrice Julie Gayet, révélée par l'hebdomadaire Closer.

« L'information Julie Gayet est le premier titre des matinales. (...) Je craque, je ne peux pas entendre ça, je me précipite dans la salle de bains. Je saisis le petit sac en plastique qui contient des somnifères (...) François m'a suivi (sic). Il tente de m'arracher le sac. Je cours dans la chambre. Il attrape le sac qui se déchire. Des pilules s'éparpillent sur le lit et le sol. Je parviens à en récupérer. J'avale ce que je peux. Je veux dormir. Je ne veux pas vivre les heures qui vont arriver. Je sens la bourrasque qui va s'abattre sur moi et je n'ai pas la force d'y résister. Je veux fuir. Je perds connaissance. »
Trois autres courts extraits sont publiés par Paris Match, par ailleurs employeur de la journaliste : l'un relatant les premières réactions de François Hollande lorsque le futur chef de l'Etat a appris, en 2011, l'arrestation à New York de son rival socialiste Dominique Strauss-Kahn, un autre sur la jalousie de Michèle Obama (« je me réjouis de ne pas être la seule jalouse », écrit Valérie Trierweiler) alors que le président américain se photographiait avec la première ministre danoise lors des obsèques de Nelson Mandela, et un dernier relatant une irruption de Ségolène Royal lors d'un tête à tête au restaurant.

En janvier, le chef de l'Etat avait mis fin officiellement à sa vie commune avec Valérie Trierweiler. L'Elysée a d'ailleurs affirmé n'être « pas au courant » de la parution d'un livre de Valérie Trierweiler.


L'ex-compagne de François Hollande n'est pas la première à écrire sur sa vie à l'Elysée. En 2013, le livre de l'ex-épouse de Nicolas Sarkozy, Cécilia Attias, Une envie de vérité, s'était vendu à des dizaines de milliers d'exemplaires. Divorcée de Nicolas Sarkozy peu après l'élection de ce dernier à la présidence, Cécilia y racontait certains épisodes de sa vie aux côtés du chef de l'Etat.

Valérie Trierweiler tells of suicide bid after Hollande admitted affair
France's former first lady says she tried to take large dose of sleeping pills in book about her life at the Elysée Palace
Kim Willsher in Paris

Journalist Valérie Trierweiler attempted to swallow a large dose of sleeping pills after learning that her partner, the French president, François Hollande, was having an affair with another woman.

In a book published on Thursday, France's former first lady said she was stunned and horrified and "just wanted to sleep" after being told of the Hollande's relationship with actor Julie Gayet.

In her explosive book, Merci Pour Ce Moment (Thank You for the Moment), Trierweiler, 49, describes how she and the president tussled over a plastic bag containing the pills.

She also reveals that after the split, Hollande, 60, sent her flowers and affectionate text messages for months, vowing to win her back.

Extracts from the 330-page book, released by independent publisher Les Arènes and printed abroad amid tight secrecy, were published in Paris Match on Wednesday.

Hollande was reportedly unaware that Trierweiler was writing an account of her seven months at the Elysée Palace.

In it, Trierweiler, who works for Paris Match, revealed how she learned that Hollande was seeing Gayet, 42, after paparazzi photographs of him visiting her apartment on a scooter appeared in January on the front page of the celebrity magazine Closer. Until that moment, she says, Hollande had sworn that rumours of the affair were "nonsense".

"The news about Julie Gayet was headlining the morning news … I cracked. I couldn't listen to it. I rushed into the bathroom. I grabbed a small plastic bag containing sleeping pills," she writes.

"François followed me. He tried to snatch the bag. I ran into the bedroom. He grabbed the bag and it split. The pills scattered over the bed and the ground. I managed to recover some of them. I swallowed what I could. I wanted to sleep. I didn't want to live the hours that would follow. I felt the storm that would break over me and I didn't have the strength to fight it. I lost consciousness."

Trierweiler was taken to hospital and spent a week "resting", at the end of which Hollande announced that she was "no longer part of his life".

However, the journalist says he sent her text messages for months after the split.

"He said he needed me. Each evening he asked me to have dinner with him. He said he wanted to get me back whatever the price. He said he would win me back as if I was an election," she writes.

Trierweiler says she had confronted Hollande over the Gayet rumours in March 2013 and again in December last year.

"I asked him, 'Swear on my son's head that it's not true and I will not speak of it again'. He swore, saying it was 'a load of nonsense'."

The publication of the book will dismay the president – whose popularity dropped another four points this week. He has refused to make any further comment on the dramatic end to his seven-year relationship with Trierweiler, for whom he left his previous partner Ségolène Royal, now ecology minister in his Socialist government.

In another extract, Trierweiler reports how her American counterpart Michelle Obama was jealous when the US president posed for a "selfie" with the Danish prime minister, Helle Thorning-Schmidt, and the UK prime minister, David Cameron.

"I'm glad that I'm not the only one who is jealous," she says in the book, adding: "Everything I have written is true. At the Elysée I sometimes felt as if I was on a reporting assignment. I've suffered too much from lies to use them myself."

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