Lisboa. Intervenções na Praça do
Império não avançam até ao fim do ano
Por Marta
Cerqueira
publicado em 11
Set 2014 in
(jornal) i online
Vereadores
preparam termos de referência do concurso de ideias para que seja discutido, em
reunião de câmara, o futuro do jardim
As possíveis
intervenções no jardim da Praça do Império deveriam ter sido ontem discutidas e
votadas em reunião de Câmara, mas acabaram adiadas. Apesar de não querer
comprometer-se com datas, o vereador José Sá Fernandes garantiu ao i que
"estão reunidas as condições para ser possível levar o assunto a votação
até ao final do ano" e que até lá qualquer decisão fica em suspenso.
O concurso de
ideias para a renovação da praça foi a proposta levada ontem a discussão pelo
vereador. No entanto, ficou decidido que este procedimento terá de ser
precedido da aprovação dos termos de referência desse concurso, "com o
objectivo de especificar que materiais serão usados ou que tipo de intervenção
pode ser feita". No entanto, para o vereador do CDS-PP João Gonçalves
Pereira, os termos "acabam por impor regras que vão balizar o concurso,
influenciando as ideias que poderão ser aprovadas". Apesar da proposta do
CDS exigir a "recuperação e preservação da totalidade dos brasões",
João Gonçalves Pereira mostrou-se satisfeito com a "mudança de
atitude" de Sá Fernandes, cuja intenção inicial passava por recuperar os
brasões florais do jardim, mas não englobando aqueles que representam as
ex-colónias.
A proposta do PCP
foca-se na importância cultural e artística do local, exigindo à autarquia a
contratação de novos jardineiros para a manutenção do jardim. Já o PSD
mostrou-se favorável à proposta do CDS, acrescentando apenas uma alínea de
referência à passagem de competência para a junta de freguesia quanto à
reposição e manutenção do jardim. O deputado social-democrata João Carvalhosa
lamentou que a câmara ande a "descurar a manutenção dos espaços verdes da
cidade". Assim, propôs que a autarquia transfira a verba prevista para a
reabilitação do Jardim da Praça do Império para a Junta de Freguesia de Belém,
"que se compromete a fazer a manutenção e reabilitação dos espaços".
A junta de freguesia já se mostrou disponível para assumir a gestão do jardim,
de modo a evitar "o atentado cultural", nas palavras do tesoureiro
João Carvalhosa, previsto com a não recuperação dos brasões. No entanto, para
Sá Fernandes "isso nem é discussão". "Uma coisa é a manutenção
do jardim, outra bem diferente é saber o que se vai fazer no jardim. Existe uma
discussão prévia a ser tida", referiu ao i.
Estão
responsáveis pela definição dos termos de referência Sá Fernandes, que tem o
pelouro dos Espaços Verdes, e Catarina Vaz Pinto, do pelouro da Cultura. O
trabalho será acompanhado pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGCP).
Tal como a
proposta do executivo camarário, também as da oposição ficaram em suspenso de
forma a serem discutidas e votadas mais tarde e em simultâneo.
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