A “liberalidade”
aqui de Pires de Lima “cheira”, para não dizer “tresanda”, a CERVEJA
OVOODOCORVO |
Divergências adiam decisão sobre
leis do tabaco e álcool
O Conselho de
Ministros adiou ontem a decisão sobre a revisão das leis do tabaco e do álcool
para a reunião da próxima semana. “É matéria que não ficou concluída”,
confirmou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes. Fonte
oficial garantiu ao Expresso que surgiram “opiniões divergentes” na discussão e
que o ministro da Economia, Pires de Lima, terá sido um dos mais resistentes às
mudanças. Mas o PÚBLICO apurou que o governante manteve uma posição neutra,
dadas as suas ligações, no passado, à indústria cervejeira.
O secretário de
Estado adjunto do Ministro da Saúde tinha prometido uma revisão à lei do tabaco
(em vigor desde 2008) através da transposição de uma directiva europeia que
prevê, entre outras medidas, a colocação de imagens de choque nos maços de
cigarros. A mudança mais polémica passa pelo alargamento da proibição de fumar
a todos os espaços públicos fechados (com um período transitório para quem
investiu em áreas para fumadores). Se a proposta da revisão da lei do tabaco
passar em Conselho de Ministros, as novas regras ainda terão de ser aprovadas
pelo Parlamento.
O mesmo vale para
a proposta que interdita o consumo de todo o álcool a menores de 18 anos. Hoje,
basta ter 16 para poder adquirir cerveja e vinho, porque quando a lei foi
mudada, há dois anos, houve um recuo de última hora e o texto final diferenciou
a cerveja e o vinho das bebidas espirituosas. Um dos críticos da versão inicial
mais restritiva da lei do álcool foi precisamente Pires de Lima, que era então
presidente executivo da Unicer e dirigente do sector cervejeiro.
PÚBLICO / 17-4-2015
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