China 'ameaça' Portugal na
liderança das importações angolanas
A China
aproximou-se de Portugal como principal origem das importações angolanas,
segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Estatística de
Angola, relativo ao último trimestre de 2014.
As importações angolanas no
último trimestre do ano totalizaram globalmente 744,3 mil milhões de kwanzas
(6,4 mil milhões de euros), uma redução homóloga de 7,7%.
De acordo com o
documento, a que a Lusa teve hoje acesso, as importações por Angola
provenientes de Portugal totalizaram 119,37 mil milhões de kwanzas (1.024
milhões de euros) entre Outubro e Dezembro, enquanto a China garantiu 118,44
milhões de kwanzas (1.016 milhões de euros), no mesmo período.
A quota das
importações dos dois países cifra-se em 16 e 15,9%, com a liderança ainda a
pertencer a Portugal. Contudo, em termos homólogos, a China viu as importações
crescerem 42,2%, enquanto as vendas de Portugal, face ao último trimestre de
2013, desceram 8,3%, tendo em conta os números do INE angolano.
Segundo o anúncio
feito esta semana pela embaixada de Angola em Pequim, deverá realizar-se nos
próximos dias nova reunião da comissão mista bilateral, perspectivando-se o
incremento dos negócios entre os dois países, nomeadamente no sector da
Agricultura.
As importações
angolanas no último trimestre do ano totalizaram globalmente 744,3 mil milhões
de kwanzas (6,4 mil milhões de euros), uma redução homóloga de 7,7%.
Além de Portugal
e da China, os produtos provenientes de Singapura (quota de 7,1%), dos Estados
Unidos da América (6,6%) e do Brasil (5,8%) também têm vindo a crescer.
Nas exportações
angolanas a China mantém a liderança, com uma quota de 45,3% de tudo o que
Angola vende ao estrangeiro (essencialmente petróleo bruto), mas em queda, em
termos de valor, devido à forte quebra na cotação internacional do petróleo.
A Índia (quota de
7,9%), a França (7,4%), os Estados Unidos da América (7,1%) e Espanha (6,8%)
completam o grupo dos principais destinos de exportação de Angola, enquanto
Portugal surge em sétimo lugar (4,7%).
O total das
exportações angolanas neste período ascendeu 1,16 biliões de kwanzas (dez mil
milhões de euros), uma quebra homóloga de 28,5%.
A balança
comercial angolana apresenta assim um saldo positivo superior a 418 mil milhões
de kwanzas, (3,6 mil milhões de euros) "como resultado do comportamento do
preço do petróleo, principal produto de exportação de Angola", refere o
INE.
Lusa/SOL
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