Mediterrâneo. Presidente do
Conselho Europeu considera convocar cimeira por causa de naufrágio
Por Jornal i
publicado em 19
Abr 2015
O presidente do
Conselho Europeu, Donald Tusk, está a estudar convocar uma reunião de
emergência dos chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) após o
naufrágio de uma embarcação com mais de 700 imigrantes no Mediterrâneo.
Donald Tusk
revelou, na rede social Twitter, ter falado com o primeiro-ministro de Malta
sobre o assunto e continuará a conversar com líderes europeus, com a Comissão
Europeia e com outros organismos para "atenuar" situações como a hoje
vivida.
Uma decisão sobre
a marcação de uma cimeira europeia dependerá do rumo das conversas a ter nesta
fase, precisou o porta-voz do Conselho Europeu Preben Aamann, citado pela
agência France-Presse.
O
primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, havia pedido uma cimeira europeia
urgente.
"Não estamos
a falar de coisas banais, mas de vidas humanas", disse Renzi, considerando
que o tráfico de pessoas é "um flagelo" para a Europa.
Cerca de 700
imigrantes estão desaparecidos no Mediterrâneo, depois de a traineira onde
viajavam com destino a Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia.
Em comunicado, a
organização Save the Children já tinha pedido uma reunião de líderes dos países
da União Europeia (UE) num prazo máximo de 48 horas para análise da situação
relacionada com a imigração.
Também ministros
alemães, entre eles o vice-chanceler Sigmar Gabriel, apelaram hoje ao combate a
nível europeu contra as "criminosas" redes de tráfico de imigrantes.
O balanço oficial
divulgado ao fim da tarde dá conta de 24 mortos e de 28 sobreviventes, mas pode
aumentar bastante.
Segundo
sobreviventes citados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, cerca
de 700 pessoas estariam a bordo da embarcação.
Lusa
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