segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Rottweiller ataca criança de dois anos e deixa-a ferida com gravidade. Dona de cão que matou bebé acusada de homicídio por negligência.

COMENTÁRIOS in Público
ruber
11:58
“E o massacre continua. Quantas pessoas mais terão que ser mortas ou feridas com gravidade para que os cães considerados perigosos sejam erradicados do nosso convívio? Esta menina, tão novinha e com toda a vida pela frente, vai ficar desfigurada para sempre. Se o cão fosse meu era imediatamente abatido.

Paulo Paiva
11:18
“A descrição feita do ataque é arrepiante!!! Como pai de 3 crianças e como cidadão fico indignado cada vez que surge uma notícia destas. Já pensaram na frequência com que ocorrem situações destas? Alguma coisa está mal.. quantos mais casos destes irão ser necessários, quantas mais pessoas terão que ser atacadas para que este problema seja resolvido e não se volte a repetir o terror? É altura de dizer basta e exigir que se faça algo que torne efectiva a segurança das crianças, dos jovens, dos adultos e dos velhos deste país.”

Rottweiller ataca criança de dois anos e deixa-a ferida com gravidade
MARIANA OLIVEIRA 17/12/2013 – in público
Cão arrancou parte da face à menina que está internada desde sábado passado, tendo sido sujeita a uma cirurgia de várias horas.

Um rottweiller atacou no passado sábado uma criança de dois anos em Vila Chã, Vila do Conde, tendo-lhe arrancado uma parte da face. A menina foi transportada de imediato para o Hospital da CUF, no Porto, tendo sido sujeita a uma cirurgia que durou várias horas. Continua internada. A GNR de Vila do Conde registou a ocorrência e o cão, que integra a lista de sete raças potencialmente perigosas, mantém-se na posse dos proprietários, mas está de quarentena para a eventualidade de apresentar sintomas de raiva.

Artur Sousa, avô da menina, ainda se emociona quando fala do “terror” que viveu. No sábado de manhã tinha ido com a mulher e as duas netas, uma de dois anos e outra de 12, tomar um café à praia, em Vila Chã, perto da casa da filha. “Vínhamos embora e até vínhamos na brincadeira. Quando de repente sinto a menina a fugir-me das mãos”, conta o avô ao PÚBLICO. O animal surgiu por trás e atacou a menina. Artur Sousa não sabe bem explicar os “cinco ou dez minutos de terror” que se seguiram. “Enfiei as mãos na boca do cão, a minha mulher enfiou as mãos na boca do cão, enquanto a empregada da casa de onde ele fugiu o puxava”, relata.

Não sabe bem porquê, mas o rottweiller acabou por soltar a criança. A menina estava desfigurada de uma das faces, que “esguichava sangue”, conta Artur Sousa, enquanto aponta para as botas que ficaram salpicadas. Desesperada, a mulher pôs-se à frente do primeiro carro que viu, que as transportou até ao hospital.

Artur Sousa explica que o cão fugiu do jardim de uma casa quando a empregada abriu o portão. Dois rottweiller, uma fêmea açaimada e um macho sem qualquer sistema de contenção, fugiram disparados para a rua e o macho atacou a menina. A empregada tentou, sem sucesso, controlar o animal.

A GNR foi chamada ao local, tendo identificado a proprietária da casa e a empregada. Foram ainda fiscalizados os documentos dos dois rottweiller, que se encontravam em ordem. “Foi feito um auto de notícia que foi remetido ao Ministério Público e foi contactada a veterinária municipal”, confirma uma fonte oficial da GNR. Cláudia Terroso, a veterinária municipal, explica que o cão se encontra de quarentena, mas continua na posse dos donos. “Como o animal tinha os documentos todos em ordem pode ficar à ordem de um veterinário particular que terá de atestar durante 15 dias se apareceu algum sintoma de raiva”, adianta Cláudia Terroso.

A veterinária explica que o animal não deverá ter abatido, mas passará a ser considerado um cão perigoso, devendo ser esterilizado. Os proprietários ficam ainda obrigados a sujeitar o animal a provas de socialização e ou treino de obediência, de acordo com a nova legislação, que entrou em vigor em Agosto passado.


Os responsáveis pelo cão poderão ser condenados pelo crime de ofensas à integridade física negligente. Este crime é cometido por “quem, por não observar deveres de cuidado ou vigilância, der azo a que um animal ofenda o corpo ou a saúde de outra pessoa, causando-lhe ofensas graves à integridade física”, sendo punido com pena de prisão até dois anos ou multa até 240 dias. Os proprietários ficam ainda sujeitos a uma contra-ordenação por o cão não estar açaimado, que varia entre os 750 e os 5000 euros. Se a falha no dever for considerada negligente, a coima pode ser reduzida para metade.

Porto in 9/3/2013


Dona de cão que matou bebé acusada de homicídio por negligência
In Público

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra a dona do cão que atacou e matou uma criança de 20 meses no Porto, imputando-lhe o crime de "homicídio por negligência", informa a Procuradoria-Geral Distrital do Porto no seu sítio na internet. Na decisão, o MP do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto acusa ainda a proprietária do cão "de raça potencialmente perigosa" da "prática de várias contra-ordenações".

A menina de 20 meses morreu a 13 de Agosto do ano passado quando passava a tarde na casa da vizinha, numa habitação da Rua de Camões, no Porto. No momento em que encontrava na sala de estar, com uma outra criança de oito anos, foi atacada por um dogue argentino, um dos dois cães que aquela família mantinha. Morreu a sequência dos ferimentos resultantes das mordidelas do cão que, explicou-se na altura, estaria preso na varanda da sala, cuja porta de acesso estaria, afinal, mal fechada.

A menina ainda foi assistida no local por uma equipa do INEM e transportada depois para o Hospital de São João, mas viria a morrer por paragem cárdio-respiratória devido aos vários traumatismos que sofrera, e que lhe provocaram uma grande perda de sangue.

O dogue argentino é legalmente considerado uma das sete raças potencialmente mais perigosas. A classificação prende-se com o comportamento agressivo e o tamanho da mandíbula do animal, capazes de causar lesões graves em caso de ataque. Mas, como em todas as raças, esse comportamento está muito dependente da educação dada pelos donos a estes cães.

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