Rui Rio sai da câmara sem solução para impasse na SRU
Assembleia geral da Sociedade de Reabilitação Urbana - Porto Vivo estava marcada para ontem mas foi novamente suspensa
A assembleia geral da Sociedade de Reabilitação
Urbana (SRU) do Porto, marcada para a tarde de ontem, foi novamente suspensa, a
pedido do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), por não ter
sido ainda entregue aos accionistas o relatório da Inspecção-Geral de Finanças
(IGF) sobre as contas da empresa de 2010, 2011 e 2012. O presidente da Câmara do
Porto, Rui Rio, culpou o Governo pelo novo adiamento e voltou a classificar a
situação como "lamentável".
A aprovação das contas da SRU de 2012 e o debate sobre o contrato-programa
que estabelecerá o modelo de financiamento da empresa detida pela autarquia
(40%) e pelo IHRU (60%) já serão feitos com Rui Moreira na presidência da
câmara. No final do breve encontro entre accionistas, e depois de o presidente
do IHRU, Vítor Reis, ter saído sem falar aos jornalistas, Rui Rio esclareceu que
a assembleia geral deverá acontecer em Dezembro, lamentando que o Governo não
tenha sido capaz de resolver parte do impasse em torno da sociedade. "Considero lamentável este novo adiamento. Tentei junto do ministro [do Ambiente] Moreira da Silva dar um passo em frente. Ele não quis resolver o problema. O relatório da IGF também não há meio de sair. Compreendo que, tendo sido pedido um relatório, o IHRU o queira ver. Até admito que a eleição de órgãos sociais devia ser adiada, porque foi eleito um novo presidente de câmara, mas a aprovação de contas podia ter sido feita. O próprio contrato-programa, sobre o qual a minha posição e a do doutor Rui Moreira é exactamente igual, podia ter sido votado. Compreendo a posição do IHRU, mas não a do Governo", disse o autarca.
Rio frisou que o ministro do Ambiente não atendeu as chamadas que lhe fez, na semana passada, e insistiu, de novo, na necessidade de manter a SRU a funcionar. "Se a ideia é acabar com a SRU é uma coisa absolutamente louca, com a performance que ela tem tido. Os deuses devem estar loucos", disse o autarca, insistindo que a sociedade "não tem qualquer problema" e que o impasse existente "foi inventado pelo Governo, para não libertar um milhão de euros".
Em Abril, o IHRU recusou aprovar as contas da SRU e, posteriormente, a IGF avançou com uma inspecção aos três últimos exercícios. O relatório final ainda não é conhecido.
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