terça-feira, 8 de outubro de 2013

Rui Rio sai da câmara sem solução para impasse na SRU



Rui Rio sai da câmara sem solução para impasse na SRU


Assembleia geral da Sociedade de Reabilitação Urbana - Porto Vivo estava marcada para ontem mas foi novamente suspensa
A assembleia geral da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) do Porto, marcada para a tarde de ontem, foi novamente suspensa, a pedido do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), por não ter sido ainda entregue aos accionistas o relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) sobre as contas da empresa de 2010, 2011 e 2012. O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, culpou o Governo pelo novo adiamento e voltou a classificar a situação como "lamentável".
A aprovação das contas da SRU de 2012 e o debate sobre o contrato-programa que estabelecerá o modelo de financiamento da empresa detida pela autarquia (40%) e pelo IHRU (60%) já serão feitos com Rui Moreira na presidência da câmara. No final do breve encontro entre accionistas, e depois de o presidente do IHRU, Vítor Reis, ter saído sem falar aos jornalistas, Rui Rio esclareceu que a assembleia geral deverá acontecer em Dezembro, lamentando que o Governo não tenha sido capaz de resolver parte do impasse em torno da sociedade.
"Considero lamentável este novo adiamento. Tentei junto do ministro [do Ambiente] Moreira da Silva dar um passo em frente. Ele não quis resolver o problema. O relatório da IGF também não há meio de sair. Compreendo que, tendo sido pedido um relatório, o IHRU o queira ver. Até admito que a eleição de órgãos sociais devia ser adiada, porque foi eleito um novo presidente de câmara, mas a aprovação de contas podia ter sido feita. O próprio contrato-programa, sobre o qual a minha posição e a do doutor Rui Moreira é exactamente igual, podia ter sido votado. Compreendo a posição do IHRU, mas não a do Governo", disse o autarca.
Rio frisou que o ministro do Ambiente não atendeu as chamadas que lhe fez, na semana passada, e insistiu, de novo, na necessidade de manter a SRU a funcionar. "Se a ideia é acabar com a SRU é uma coisa absolutamente louca, com a performance que ela tem tido. Os deuses devem estar loucos", disse o autarca, insistindo que a sociedade "não tem qualquer problema" e que o impasse existente "foi inventado pelo Governo, para não libertar um milhão de euros".
Em Abril, o IHRU recusou aprovar as contas da SRU e, posteriormente, a IGF avançou com uma inspecção aos três últimos exercícios. O relatório final ainda não é conhecido.

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