Líderes
dos Bancos Centrais mundiais em Sintra para discutirem futuro da
economia
MIGUEL SANTOS
/17/5/2015, OBSERVADOR
O
segundo Fórum BCE volta a Sintra. Os responsáveis máximos pelas
economias mais poderosas do mundo vão estar juntos para discutirem o
futuro da economia.
Começa esta semana
o segundo fórum organizado pelo Banco Central Europeu (BCE), que vai
juntar os principais líderes dos Bancos Centrais de todo o mundo,
bem como alguns dos mais conceituados economistas. Depois da primeira
edição, Sintra volta a ser palco deste encontro, cujos temas serão
o desemprego e a inflação na Europa.
Além de Mario
Draghi, presidente do BCE, estarão ainda Mark Carney, governador do
Banco de Inglaterra, e os seus homólogos do Japão e da China,
Haruhiko Kuroda e Zhou Xiaochuan, respetivamente. A grande ausente do
encontro será Janet Yellen, presidente da Reserva Federal
norte-americana, que será representada pelo número dois da
instituição, Stanley Ficher.
O encontro entre os
cinco principais bancos centrais – juntos representam mais de
metade do PIB do planeta – surge numa altura em que as economias
mundiais atravessam ciclos muito diferentes. Na Zona Euro, a “bazuca
de Draghi” – uma injeção de 1,1 biliões de euros na economia –
está a tentar afastar os fantasmas da baixa inflação e deflação.
Os mercados têm reagido positivamente ao plano de Mario Draghi, mas
ainda é muito cedo para retirar conclusões.
No Reino Unido e nos
Estados Unidos o ar que se respira é outro. A economia britânica e
norte-americana têm conhecido sinais de retoma e o recém-reeleito
Governo Conservador de Cameron e a Administração Obama preparam-se
para começar a subir taxas, o que pode ter impacto noutras economias
– Zona Euro incluída.
À semelhança do
que acontece com a relação de forças Zona Euro/Reino Unido-Estados
Unidos, também os ritmos de crescimento económico são diferentes
no Japão e na China. Enquanto a deflação teima em assombrar
Tóquio, a economia de Pequim tem crescido a um ritmo de 7% –
revelando, ainda assim, ligeiros sinais de abrandamento. Este
encontro revela-se, por isso, decisivo no sentido de encontrar
respostas para enfrentar os desafios económicos – e políticos –
que deverão afetar as principais economias mundiais nos próximos
anos.
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