Clube maçónico e grupo de amigos
"Pingas" dominaram ajustes no MAI
por Carlos Rodrigues
Lima / 6-5-2015 / DN online
Ex-diretor geral das
Infraestruturas e Equipamentos foi acusado de 32 crimes de corrupção passiva.
MP diz que distribuÍa obras pelos irmãos da maçonaria e pelos amigos das
confraternizações.
Durante três anos
(2011-2014), muitas obras adjudicas pelo Ministério da Administração Interna
(MAI) terão obedecido apenas a dois critérios: os beneficiários ou pertenciam à
maçonaria ou a um clube informal de amigo autointitulado "Os Pingas".
Este é o ponto de partida da acusação do Departamento Central de Investigação e
Acção Penal (DCIAP) contra João Correia, ex-diretor da Direção-geral de
Infraestruturas e Equipamentos (DGIE), imputando-lhe 32 crimes de corrupção
passiva. Além do diretor-geral, também dois ex-quadros da DGIE foram acusados,
assim como nove empresários.
Segundo o
despacho da procuradora Inês Bonina, durante anos, João Correia, com a
colaboração dos coarguidos Albino Rodrigues e Luísa Sá Gomes, adjudicou, por
ajuste direto, 5,9 milhões de euros em obras a empresários das suas relações
pessoais ao arrepio das "normas da contratação pública, da transparência e
da livre concorrência". Com esta atuação, o arguido terá prejudicado o
Estado em 909 mil euros
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