Biógrafa de Passos: “Não vejo
justificação para qualquer correção”
HELENA PEREIRA / 6/5/2015,
OBSERVADOR
Sofia Aureliano, autora da
biografia autorizada, garante que não vai alterar o que escreveu sobre Portas e
que já foi desmentido. "Passos não leu um único excerto da obra",
acrescenta.
Sofia Aureliano,
autora da biografia autorizada de Pedro Passos Coelho que está a dar polémica,
garante que não vai alterar o que escreveu sobre a demissão de Paulo Portas e
que já foi desmentido. Em declarações ao Observador, responde que “não vê
justificação para que se realize qualquer correção”.
No livro “Somos o
que queremos ser”, Passos conta à autora que soube da demissão de Paulo Portas
por SMS. “Fui almoçar e quando ia a caminho da comissão permanente, às 15h,
recebi uma SMS do dr. Paulo Portas a dizer que tinha refletido muito e que se
ia demitir”. O CDS ficou irritado com esta versão que garante não corresponder
à verdade e terça-feira emitiu uma nota em que diz que:
“O pedido de demissão do então
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros aconteceu na manhã de 2 de julho
de 2013, e foi naturalmente formalizado por carta”. No mesmo esclarecimento
diz-se também que Paulo Portas “não falou com a autora do livro, pelo que
admite que a mesma tenha incorrido num lapso a que não atribui importância”.
Ao Observador,
Sofia Aureliano, que é assessora do grupo parlamentar do PSD desde 2011,
explica que, sendo uma biografia autorizada, significa que o biografado
consentiu que a obra fosse feita e contribuiu com várias entrevistas para o
livro, mas que esta não é uma biografia oficial”. “Pedro Passos Coelho não
conhece nem o alinhamento que escolhi dar, nem os episódios que relatei. Não
leu um único excerto da obra”, garante.
A ideia para o
livro, diz, foi sua e o momento escolhido para o lançamento foi o início de
maio pelo facto de ter acertado com a editora que o livro chegasse às bancas a
tempo da “edição deste ano da Feira do Livro que, como sabe, se inicia no fim
do mês de maio”.
Sofia Aureliano
desvaloriza a polémica em torno da obra. “Apesar de serem habituais noutros
países, em Portugal não há muita tradição de biografias políticas. Talvez se
deva a isso o eco que esta está a ter. Espero que leve as pessoas a lerem
efetivamente o livro e a formularem, após essa leitura, uma opinião
fundamentada sobre o mesmo”, afirma.
Sem comentários:
Enviar um comentário