Manuel Pinho
recebeu 315 mil euros do ‘saco azul’ do GES
Luís Rosa
Ex-ministro da
Economia de Sócrates recebeu valores como administrador do GES. Pereira
Gonçalves, ex-diretor do BES que foi secretário de Estado do Governo Passos
Coelho, recebeu cerca de 54 mil euros
Manuel Pinho,
ministro da Economia do primeiro Governo de José Sócrates, recebeu um total de
315.062 euros da sociedade offshore Espírito Santo (ES) Enterprises do Grupo
Espírito Santo (GES). Os valores foram transferidos entre o dia 21 de fevereiro
de 2013 e 11 de abril de 2014 a partir das contas abertas pela Enterprises
Management Services — o novo nome assumido pela ES Enterprises a partir de 2007
— no Banque Privée Espírito Santo. Manuel Pinho também tinha uma conta bancária
naquela instituição de crédito suíça do GES desde o tempo em que foi
administrador de topo do BES e foi aí que recebeu os fundos do ‘saco azul’ a
título de prémios atribuídos pelas suas funções no BES África e em diversas
sociedades internacionais do GES.
O Correio da
Manhã já tinha noticiado que Manuel Pinho teria recebido 45.891 euros da ES
Enterprises em 2009 — ano em que saiu do Governo de José Sócrates e regressou
ao GES, ocupando um cargo na Espírito Santo Financial Group. Pinho veio a ser
nomeado mais tarde administrador não executivo da holding que agregava as
participações que o BES (e mais tarde o Novo Banco) detinha em sociedades
financeiras africanas.
Já Pedro Pereira
Gonçalves, que foi secretário de Estado da Inovação, Investimento e
Competitividade no primeiro Governo de Passos Coelho, recebeu um total de
54.400 euros entre 2006 e 2011 — ano em que saiu do BES para tomar posse como
administrador e chief financial officer da agência pública AICEP Portugal
Global. O facto de ter sido apenas diretor no Grupo BES contribui para a
discrepância de valores face ao então administrador Manuel Pinho — que, além do
mais, era uma figura de peso no BES desde 1994.
Contactados pelo
Observador, quer Manuel Pinho, quer Pedro Pereira Gonçalves rejeitaram qualquer
ilegalidade no pagamento destes “prémios”, que faziam parte da respetiva
remuneração variável acordada com o BES.
Pinho afirma que
declarou fiscalmente os rendimentos recebidos — “consoante o país da minha
residência fiscal, com exceção de uns pequenos rendimentos prediais que tenho
em Portugal e que aqui declaro sempre”. Já Pereira Gonçalves declara: “Efetuei
sempre as minhas declarações fiscais com base nas declarações de rendimentos
que a minha entidade patronal me enviava anualmente”. Além disso, diz não ter
razões “para crer que o pagamento das remunerações e prémios possa estar, de
qualquer forma, associada a qualquer irregularidade”: “Procuro agir sempre em
conformidade com a lei e as melhores práticas do setor em que trabalho em cada
momento”. Mas admite: “Se se concluir que alguém ou alguma entidade praticou
qualquer ato ilícito, envolvendo direta ou indiretamente o meu nome, não
deixarei de reagir judicialmente, nos termos que se vierem a verificar
adequados”.
A ES Enterprises
ficou famosa depois de o Ministério Público ter descoberto na Operação Marquês
que tinha transferido cerca de 24 milhões euros para José Sócrates, além de um
total de cerca de 45 milhões de euros para Zeinal Bava e Henrique Granadeiro,
ex-líderes da PT. Essas transferências estão na origem da acusação de corrupção
ativa que foram imputadas a Ricardo Salgado, ex-presidente executivo do BES que
foi um dos fundadores da sociedade secreta com sede nas Ilhas Virgens
Britânicas e a quem os operacionais do ‘saco azul’ do GES reportavam.
Pagamento de prémios
e a ligação de Pinho ao BES de Salgado
Os valores
transferidos pela Enterprises Management Services para Pinho e Pereira
Gonçalves corresponderão ao pagamento de alegados prémios a que ambos teriam
direito enquanto funcionários do BES e do GES.
No caso de Pinho,
estará em causa o exercício de cargos como administrador não financeiro na
Espírito Santo Financial Group, uma sociedade de direito luxemburguês que
detinha a participação da família Espírito Santo no BES e noutras instituições
de crédito nacionais e internacionais.
De acordo com a
documentação a que o Observador teve acesso, Manuel Pinho recebeu três
transferências. A primeira, com o valor de 90.011, 45 euros, verificou-se a 21
de fevereiro de 2013. No descritivo da transferência aparece a expressão
“Manuel A. Pinho – Lisbon”, sendo que documentação complementar da ES
Enterprises permite identificar este “Manuel A. Pinho” como Manuel António
Gomes de Almeida Pinho, o nome do ex-ministro de José Sócrates.
Dois meses
depois, a Enterprises Management Services volta a fazer nova transferência para
Pinho, mas desta vez com um valor diferente: 45.011,50 euros.
Finalmente, a 11
de abril de 2014, Manuel Pinho recebeu 180.400 euros — valor este que o Público
já tinha revelado. No final de 2014, Pinho deixou de exercer o cargo de
vice-presidente do BES África.
Total recebido:
315.062, 95 euros.
A ligação de
Manuel Pinho ao GES é forte e remonta ao ano de 1994. Depois de ter
desempenhado vários cargos públicos (como, por exemplo, diretor-geral do
Tesouro), o igualmente professor universitário foi convidado por Ricardo
Salgado para ser administrador executivo do BES. Até 2005, desempenhou
igualmente funções como presidente da Espírito Santo Research, administrador no
BES Investimento (onde chegou a ser vice-presidente), administrador na holding
da Espírito Santo Ativos Financeiros (operava no sector de fundos de
investimento, fundos de pensões e imobiliário) e em diversas empresas
internacionais como o BES Finance e o BES Overseas — sendo que esta última
empresa geria, entre outras, um conjunto diversificado de sociedades com sede
em paraísos fiscais. “Em 10 de Março de 2005, cessei a minha relação
profissional com o BES/GES, uma vez que aceitei o convite para integrar o XVII
Governo Constitucional”, explicou Manuel Pinho ao Observador.
Pinho era um
homem da confiança de Ricardo Salgado, o todo-poderoso líder do BES. De acordo
com o testemunho na Operação Marquês de José Maria Ricciardi, ex-presidente do
BES Investimento, terá sido Salgado quem terá indicado o nome de Manuel Pinho a
José Sócrates para ministro da Economia.
Tal como o
Observador já noticiou, o pagamento de salários e prémios a administradores e
funcionários do BES e do GES a partir de fundos da ES Enterprises foi, desde o
regresso dos Espírito Santo a Portugal no final dos anos 80, uma prática
recorrente por decisão unânime da cúpula familiar do GES. Os membros da família
começaram por ser os primeiros beneficiários, mas, a partir dos anos 90, essa
prática foi alargada a administradores e funcionários que não eram membros da
família Espírito Santo.
Manuel Pinho diz
que valores foram acordados com Salgado
Questionado por
escrito pelo Observador, Manuel Pinho explicou o enquadramento para os
pagamentos realizados pela ES Enterprises e pela Enterprises Management
Services para a sua conta bancária na Suíça. Recordando que “em outubro de 2010,
pouco mais de um ano depois de sair do Governo”, aceitou “o convite do dr.
Ricardo Salgado para assumir o cargo de Vice Presidente do BES África”, e que
também prestava “outros serviços de consultadoria a empresas do GES”, o
ex-ministro justifica os cerca de 315 mil euros do ‘saco azul’ do GES com o
exercício de “cargos de administração ou com funções de consultadoria”.
Rejeitando que
tivesse tido “qualquer ligação funcional com a ES Enterprises ou com a
Enterprises Management Services”, Manuel Pinho, contudo, não estranha “que
alguns dos pagamentos que me foram efetuados possam ter sido feitos a partir
dessas empresas, de acordo com aquilo que seria a política de gestão financeira
do GES”. “Para mim, tratava-se de transferências de remunerações que me eram
devidas pelas funções exercidas no BES/GES”, enfatiza.
Tais pagamentos
são classificados por Manuel Pinho como fazendo parte de “remunerações
variáveis/prémios relativos às novas funções assumidas no BES África e na
consultadoria a outras empresas internacionais do grupo GES”. Esses prémios,
diz, “foram-me sempre comunicados pelo dr. Ricardo Salgado, merecendo o meu
acordo”.
Manuel Pinho diz
que os seus prémios lhe eram comunicados por Ricardo Salgado
Negando de forma
perentória que alguma vez tenha indicado nomes de familiares para receber
valores que lhe eram devidos (como fizeram Miguel Frasquilho e Isabel Almeida,
ex-diretores do BES), explicou ainda que não teve “nenhuma razão especial” para
abrir uma conta bancária no suíço Banque Privée Espírito Santo (antes de 2007,
designava-se Compagnie Bancaire Espírito Santo). “Há muitos anos tenho contas
bancárias no estrangeiro”, afirma, em virtude de ter trabalhado no Fundo
Monetário Internacional nos anos 80 e ter dado aulas em Nova Iorque nos anos 90
— tendo regressado aos Estados Unidos. “Como se sabe, é perfeitamente legal ter
contas bancárias no estrangeiro. No meu caso, sou residente fiscal nos EUA, o
que me obriga a declarar à Autoridade Tributária desse país não só os
rendimentos, como os saldos de todas as contas que tenha fora dos EUA. As
obrigações de reporte são mais exigentes do que em Portugal (…) é-me
absolutamente igual receber o que me é devido em Portugal ou no estrangeiro “,
afirma.
Instado a
comentar o facto de receber remunerações de uma sociedade offshore (a ES
Enterprises) que não constava do organograma oficial do GES nem era do
conhecimento do Banco de Portugal e dos restantes reguladores, Manuel Pinho diz
que “o GES, de que fazia parte o BES, era, como se sabe, gerido ao mais alto
nível através de sociedades não sediadas em Portugal”: “As relações internas
das empresas do GES, nomeadamente quanto ao pagamento das remunerações, não era
assunto que me dissesse respeito e que me tivesse despertado qualquer
desconfiança“. O mesmo se diga de tratar-se de uma sociedade com sede no
paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. Mais: o ex-ministro da Economia
considera que “é preciso ver as coisas com os olhos de então, e não com os
olhos de hoje… Não havia um único banco com alguma dimensão que não tivesse
sucursais offshore, nos mais diversos paraísos fiscais, como os reguladores e
as autoridades fiscais muito bem sabiam.
Manuel Pinho, que
nunca foi chamado a prestar esclarecimentos nos inquéritos criminais abertos ao
Universo Espírito Santo, foi ainda questionado pelo Observador sobre se
recebeu, entre 1994 e 2005 (quando foi administrador executivo do BES), outra
quantias da ES Enterprises. O ex-ministro respondeu: “Não tenho neste momento
condições de verificar que valores concretos recebi e de que entidades do
GES/BES, mas posso confirmar que, nesse período, enquanto administrador do BES,
além da remuneração fixa a que tinha direito, recebi igualmente remunerações
variáveis, como estava acordado”.
O alto
funcionário do BES que chegou a secretário de Estado
Já o caso de
Pedro Pereira Gonçalves é substancialmente diferente em termos de influência no
grupo da família Espírito Santo. Alto funcionário do GES entre 1998 e novembro
de 2011, Pereira Gonçalves desempenhou funções no BES (onde foi gestor de
ativos no DFME — Departamento Financeiro, de Mercados e Estudos, diretor
adjunto e diretor do Departamento de Gestão de Poupança), na seguradora
Tranquilidade (onde foi assessor da administração), na T-Vida (onde foi
diretor-geral) e na Espírito Santo Ativos Financeiros (onde desempenhou funções
de diretor comercial e de fundos imobiliários fechados). Em novembro de 2011, o
economista passou para o setor público, tendo tomado posse como administrador
executivo (equiparado a chief financial officer) da AICEP Portugal Global — a
agência que promove a internacionalização das empresas exportadoras e que
também investe em projetos privados através de capital de risco. Em 2013,
entrou na quota do PSD no Ministério da Economia liderado pelo centrista
António Pires de Lima e tomou posse como secretário de Estado da Inovação,
Investimento e Competitividade.
Os valores
recebidos por Pereira Gonçalves são anuais e correspondem a prémios que foram
atribuídos por decisão da estrutura hierárquica do BES, nomeadamente por
Amílcar Morais Pires, administrador financeiro do banco e braço-direito de
Ricardo Salgado.
Entre 2006 e
2008, tal como aconteceu com Miguel Frasquilho (e um número significativo de
altos funcionários do BES), o então alto quadro do BES recebeu oito cheques
cruzados com o valor total de 32.200 euros emitidos em seu nome. Este valor
total, contudo, foi fracionado durante os respetivos anos.
Entre 2006 e
2008, tal como aconteceu com Miguel Frasquilho (e um número significativo de
altos funcionários do BES), Pereira Gonçalves recebeu oito cheques cruzados com
o valor total de 32.200 euros emitidos em seu nome. Este valor total, contudo,
foi fracionado durante os respetivos anos em diferentes valores. Por exemplo,
em 2006, Gonçalves recebeu dois cheques cruzados com o valor individual de 5
mil euros, enquanto que no ano seguinte recebeu três cheques cruzados com
valores entre os 5 mil euros e os 2 mil euros.
Assim, em 2006,
Pedro Gonçalves recebeu dois cheques cruzados com o valor individual de 5 mil
euros, enquanto no ano seguinte recebeu três cheques cruzados: dois com o valor
individual de 5 mil euros e um terceiro com o valor de 2 mil euros. Em 2008,
repetiu-se a emissão de três cheques, com dois a terem o valor cada um de 4 mil
euros e o último a valer 2.200 euros.
Tais cheques, de
acordo com a documentação a que o Observador teve acesso, seguiram sempre os
mesmos procedimentos. Segundo indicações formais nesse sentido dos
representantes da ES Enterprises, o Banque Privée Espírito Santo (o banco suíço
do GES) deu ordens por escrito ao BES em Lisboa para emitir os respectivos
cheques em nome de Pedro Gonçalves Ferreira (e dos restantes altos funcionários
premiados). Recebida essa ordem, o BES emitia os cheques, que eram conhecidos
como cheques de compensação. Isto porque eram pagos com fundos que saíam da
conta da ES Enterprises (a partir de 2007, Enterprises Management Services).
No caso de Pedro
Pereira Gonçalves, os cheques foram sempre descontados nas suas contas
portuguesas.
Entre 30 de julho
de 2009 e 5 de outubro de 2011, os cheques foram substituídos por
transferências bancárias da conta 103’443.01.101 da Enterprises Management
Services para as contas que Pereira Gonçalves tinha em dois bancos portugueses.
O valor anual variou entre 6 mil euros em 2009 e 2010 e um total de 10 mil
euros recebidos em outubro de 2011 — um mês antes de o economista entrar na
AICEP. Este último valor foi dividido em duas transferências de 5 mil euros
cada uma para as contas nacionais do Pedro Gonçalves.
Total recebido,
entre cheques e transferências: 54.400 euros.
Pereira Gonçalves
rejeita qualquer ilegalidade
Contactado pelo
Observador, o ex-secretário de Estado da Inovação não só especificou todos os
cargos que ocupou no BES, como respondeu a todas as perguntas. Começou por afirmar
que, durante o período em que esteve no Grupo BES, usufruiu “de salário, bem
como de outros complementos salariais, como fundo de pensões, PPR, sistema de
incentivo por ações, participação nos resultados e prémios”. E enfatiza: “Todos
os valores que recebia eram pagos pela minha entidade patronal, nas minhas
contas pessoais, não tendo eu quaisquer sinais de algum tipo de
irregularidade”.
Pereira Gonçalves
esclareceu ainda que nunca teve “qualquer relação laboral ou outra com a ES
Enterprises ou Enterprises Management Services” — “A minha relação foi sempre
com o BES, ou em regime de requisição ou cedência com a Tranquilidade, T-Vida e
ESAF”. Pereira Gonçalves confirmou que as transferências realizadas dizem
respeito a “prémios anuais” que lhe foram “atribuídos após avaliação do meu
desempenho enquanto funcionário do BES”. “O responsável hierárquico que me
atribuiu os prémios foi sempre o administrador do pelouro”, diz. Na maior parte
dos casos, foi Amílcar Morais Pires, CFO do BES e administrador executivo da
Tranquilidade.
Pereira Gonçalves
foi indicado pelo PSD como secretário de Estado no Ministério da Economia de
António Pires de Lima
Questionado sobre
o facto de ser pago por uma sociedade secreta, que não fazia parte do
organograma do GES e que era desconhecida do Banco de Portugal e das restantes
entidades reguladoras, Pereira Gonçalves afirmou: “Sempre assumi que o
pagamento do prémio (aliás, como o meu salário e outras componentes salariais
que identifiquei) era efetuado pelo BES ou, eventualmente, pela entidade a que
estivesse cedido, não tendo então detetado qualquer indício de que a
proveniência fosse outra”.
Pereira Gonçalves
enfatizou ainda, depois de instado, que “nunca” recorreu a familiares para
receber os valores dos prémios atribuídos. “Os pagamentos foram, como refere,
dirigidos a mim (cheques BES à ordem de Pedro JP Gonçalves e transferências
para as minhas contas pessoais) num procedimento totalmente claro e
transparente da minha parte”, afirmou, acrescentando ainda: “Efetuei sempre as
minhas declarações fiscais com base nas declarações de rendimentos que a minha
entidade patronal me enviava anualmente. Nunca tive qualquer questão fiscal
sobre esta matéria”.
“Sempre assumi
que o pagamento do prémio (aliás como o meu salário e outras componentes
salariais que identifiquei) era efetuado pelo BES ou, eventualmente, pela
entidade a que estivesse cedido, não tendo então detetado qualquer indício de
que a proveniência fosse outra”
Pedro Pereira
Gonçalves, ex-diretor do BES e ex-secretário de Estado da Inovação
Tal como o
Observador já noticiou, a equipa do procurador José Ranito, que está a
investigar os pagamentos da ES Enterprises aos administradores e funcionários
do BES e do GES, considera que essas remunerações pagas aos “responsáveis do
BES” verificaram-se “em valores substancialmente superiores aos por ele
auferidos no banco, e em total desacompanhamento quer dos resultados do banco,
quer dos resultados das outras entidades do GES”.
Confrontado com
esta afirmação, que consta de acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa a que o
Observador teve acesso, Pedro Pereira Gonçalves recusou comentar. “No que me
diz concretamente respeito, o valor em causa, mesmo no ano de prémio mais
elevado, não ultrapassa dois salários mensais. Obviamente, o que refere
não me é aplicável”, conclui.
Pedro Pereira
Gonçalves, que diz não ter sido notificado pelo Ministério Público para prestar
qualquer esclarecimento, assume ainda que não recebeu mais valores da ES
Enterprises, “tal como sempre presumi que os valores referidos anteriormente me
eram pagos pelo BES e não por qualquer outra entidade”.
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