Alexis
Tsipras anuncia aos Gregos a sua decisão de convocar um referendo
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Tsipras
referenda acordo proposto por credores
PÚBLICO 26/06/2015
O
primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vai convocar um referendo
sobre o acordo proposto pelos credores.
Tsipras já anunciou
o referendo aos gregos e avisou as instituições europeias.
Em causa estão as
propostas dos credores que têm estado em discussão nos últimos
meses, com vista à última tranche do programa de resgate no valor
de 7,2 mil milhões de euros.
O referendo poderá
ter lugar no dia 5 de Julho, adianta a agência Bloomberg, citando a
televisão grega. A decisão surgiu depois de, já na noite desta
sexta-feira, o núcleo duro do Executivo ter estado reunido em
Atenas.
À noite, já depois
das 23h, Tsipras falou aos gregos, anunciando que avisou as
instituições europeias desta decisão. O primeiro-ministro grego
deu a entender que será um referendo com perguntas de “sim” ou
“não” às propostas feitas pelos credores. No seu discurso ficou
implícito que o Syriza vai apelar ao “não”.
Para este sábado
está marcada nova reunião do Eurogrupo. Os ministros das Finanças
vão ter nas suas mãos dois documentos, um com as propostas da
troika, outro com as da Grécia.
As diferenças entre
os dois textos são bastante menores do que no início das
negociações, mas subsistem. A Grécia quer obter receitas através
de um imposto extraordinário de 12% sobre os lucros acima de 500 mil
euros e de um aumento da contribuição das empresas para a segurança
social, mas a troika recusa, defendendo que isso prejudicaria a
economia. Em compensação, pretende que haja mais medidas ao nível
das pensões e do IVA.
Na sua última
proposta, a Grécia aceitou subir a idade efectiva da reforma para os
67 anos até 2022 (inicialmente falava em 2036), mas não quer
iniciar este processo imediatamente, como exige a troika. E persiste
na intenção de manter isenções de IVA às ilhas e de aplicar uma
taxa intermédia de 13% na comida processada e nos hotéis.
Do lado das
instituições da troika, a posição assumida é a de que as
diferenças entre as partes são já muito pequenas, e acenam com uma
extensão de cinco meses do programa, com garantia de financiamento
até Novembro, para que a Grécia dê os últimos passos na direcção
de um acordo.
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