EDITORIAL / PÚBLICO
Grécia
e eurogrupo no pior caminho
DIRECÇÃO EDITORIAL
17/06/2015 -
O braço-de-ferro
entre a Grécia e o eurogrupo está a ir longe de mais e ameaça
acabar mal. Não só pela imensa profusão de declarações,
contradeclarações, insultos, amuos, propostas que uns dizem que não
fizeram e outros garantem que receberam, mas em particular por não
se ter, ainda chegado sequer a um pálido vislumbre de uma solução
aceitável, apesar dos muitos contactos e reuniões entre as partes.
Juncker diz, irritado, que não quer saber do governo grego,
preocupa-se é com o povo e os pobres. A Grécia agradecerá, mas é
mesmo com o governo grego que os credores e o eurogrupo têm de
negociar. E já não há tempo para erros de tradução ou
desentendimentos baseados em pruridos políticos ou outros. Se a UE
quer manter a integridade da zona euro, terá que conduzir a Grécia
a um acordo, por muito que isso lhe custe. Há quem diga que não o
faz por temer debilitar-se. Mas se não o fizer corre o risco de
debilitar-se muito mais.
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