EDITORIAL
Lisbon
South Bay ou o sul ridicularizado
DIRECÇÃO EDITORIAL
/ PÚBLICO 26/06/2015 -
Depois do malfadado
Allgarve, tentativa canhestra de piscar o olho ao turista (e ainda
por cima mal sucedida, como se viu) chega agora a vez da margem sul
do Tejo abrir o “dicionário” do marketing e transformar Almada,
Seixal e Barreiro, nomes com história na história nacional, em
Lisbon South Bay. Claro que tal renomeação é feita apenas com
intuitos de propaganda, os lugares não vão mudar de nome, mas os
estrangeiros, a quem cada vez mais negamos o uso e conhecimento de
palavras portuguesas, não deixarão de ficar perplexos com tamanha
(e desnecessária) bajulação. O invocado “posicionamento global”
soa igualmente a ridículo. Os espanhóis “vendem” as suas terras
com os nomes originais, orgulhosamente, não os traduzem com medo que
os turistas não os visitem. Num momento em que por aí tanto se
apregoa a “universalidade” da língua portuguesa, isto só mostra
que caminhamos em sentido contrário. Até que, um dia, a nossa
língua desapareça.
Depois do malfadado
Allgarve, tentativa canhestra de piscar o olho ao turista (e ainda
por cima mal sucedida, como se viu) chega agora a vez da margem sul
do Tejo abrir o “dicionário” do marketing e transformar Almada,
Seixal e Barreiro, nomes com história na história nacional, em
Lisbon South Bay. Claro que tal renomeação é feita apenas com
intuitos de propaganda, os lugares não vão mudar de nome, mas os
estrangeiros, a quem cada vez mais negamos o uso e conhecimento de
palavras portuguesas, não deixarão de ficar perplexos com tamanha
(e desnecessária) bajulação. O invocado “posicionamento global”
soa igualmente a ridículo. Os espanhóis “vendem” as suas terras
com os nomes originais, orgulhosamente, não os traduzem com medo que
os turistas não os visitem. Num momento em que por aí tanto se
apregoa a “universalidade” da língua portuguesa, isto só mostra
que caminhamos em sentido contrário. Até que, um dia, a nossa
língua desapareça.
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