Marcelo Odebrecht,
um dos detidos
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Presidentes
das maiores construtoras do Brasil presos por corrupção
PÚBLICO 19/06/2015
- PÚBLICO
É
mais uma etapa da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção
em torno da empresa estatal Petrobras.
A polícia
brasileira prendeu esta sexta-feira os presidentes das duas maiores
empresas de construção civil do país, a Andrade Gutierrez e a
Odebrecht, considerando que "capitaneavam o esquema de cartel
dentro da Petrobras".
A operação
policial no âmbito da investigação Lava Jato à rede de corrupção
em torno da petrolífera nacional, envolveu 220 agentes de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e vai
executar 12 mandados de prisão preventiva e temporária e 38 pedidos
de busca e apreensão.
Nesta nova fase da
Operação Lava Jato foi revelada a existência de um grande esquema
de pagamento de luvas em troca de contratos com as empresas ligadas à
Petrobras. O esquema custou à gigante estatal do petróleo dois mil
milhões de dólares revelaram os investigadores.
Entre os já detidos
estão os presidentes destas duas empresas, Otávio Azevedo,
presidente da Andrade Gutierrez, e Marcelo Odebrecht que são acusado
de não só saberem do esquema de corrupção como de participarem
directamente nas negociações.
As autoridades
sublinharam que a Odebrecht recusou colaborar na investigação. A
que é a maior empreiteira do Brasil tinha enviado um documento à
polícia federal a dizer que "não participa de esquemas
ilícitos, menos ainda com a finalidade de pagar vantagens indevidas
a servidores públicos ou executivos de empresas estatais".
Porém, "apareceram
indícios concretos comprovando que eles tiveram contacto ou
participações directas em actos que levaram à formação de
cartel", disse o procurador Carlos Fernando Lima, citado pelo
jornal O Globo.
Os crimes de que os
envolvidos são acusados são "formação de cartel, fraude,
corrupção, desvio de fundos públicos e branqueamento de capitais".
Uma parte das
"luvas" foram pagas a políticos, na sua maioria deputados
ou senadores da coligação de centro-esquerda no poder, nomeadamente
ao antigo tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT, da Presidente
Dilma Rousseff), João Vaccari Neto, que está preso.
A Andrade Gutierrez
e a Odebrecht operam em 40 e 20 países, respectivamente, e estão
envolvidas nos trabalhos do parque olímpico que está a ser
construído no Rio de Janeiro.
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