A piolheira está pior que nunca.
Paulo Gaião
8:00 Terça feira, 23 de abril de 2013 in EXPRESSO online
A demissão de dois secretários de Estado por causa de negócios lesivos para o Estado quando foram administradores do Metro do Porto, é a consequência directa da promiscuidade total de lugares que existe em Portugal.
Gestores públicos tornam-se governantes.
Governantes tornam-se gestores públicos.
Políticos tornam-se comentadores profissionais.
Comentadores passam a políticos.
Governantes tornam-se banqueiros.
Banqueiros tornam-se governantes.
Jornalistas passam a governantes.
Políticos tornam-se juízes.
Juízes tornam-se políticos.
Espiões do SIS passam ao privado.
Espiões do privado voltam ao Estado.
A piolheira não acaba aqui.
Nos bancos e nas grandes empresas privadas acotovelam-se em lugares de topo ex-governantes que mantém as redes de influência ou esperam nova oportunidade para regresso ao poder.
A Maçonaria domina totalmente os serviços secretos portugueses, ao ponto de o próprio Conselho de Fiscalização das Secretas, eleito pela Assembleia da República ter maçons no seu seio.
A Assembleia da República está repleta de deputados que têm conflitos de interesses, como acontece com os deputados-advogados que aprovam leis que depois defendem na sua actividade perante os tribunais.
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