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“Victor Gonçalves é o único eleito do PSD na Câmara de Lisboa que deverá cumprir todo o mandato. Em 2010 o vereador incompatibilizou-se com Santana Lopes, que acusou de o ter isolado e retirado "todo o apoio técnico, administrativo e informativo", num conflito que se agudizou quando o então presidente da distrital do PSD, Carlos Carreiras, indicou Victor Gonçalves e não o líder do grupo municipal para negociar com António Costa a reorganização administrativa da capital.”
“Desde a tomada de posse em Outubro de 2009, três eleitos já renunciaram e dois estão neste momento com o mandato suspenso.”
Santana Lopes durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2009
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Dos seis vereadores do PSD só um deverá cumprir todo o mandato
Por Inês Boaventura in Público
11/04/2013
Desde a tomada de posse em Outubro de 2009, três eleitos já renunciaram e dois estão neste momento com o mandato suspenso
Dos seis vereadores eleitos pelo PSD para a Câmara de Lisboa em 2009 apenas três se mantêm no cargo e dois deles têm o mandato suspenso. O líder do grupo municipal, Pedro Santana Lopes, deverá regressar à autarquia ainda este mês, depois de uma suspensão de funções de 45 dias.
Santana Lopes, João Navega, Lívia Tirone, Gonçalo Reis, Dina Vieira e Victor Gonçalves foram os vereadores que tomaram posse em Outubro de 2009, juntamente com o centrista António Carlos Monteiro, também eleito pela coligação Lisboa com Sentido. Mas se no que ao CDS diz respeito não houve qualquer alteração de lá para cá, no caso do PSD as mudanças na composição do grupo municipal têm sido frequentes.
O primeiro a abandonar a câmara foi Gonçalo Reis, ex-administrador da RTP e da Estradas de Portugal, "devido a incompatibilidades de tempo decorrentes de razões profissionais", segundo foi divulgado na altura. O vereador "pediu a suspensão de mandato por um ano em 30 de Setembro de 2010 e como não a renovou a renúncia de mandato foi automática", foi anteontem explicado por um porta-voz do gabinete dos vereadores do PSD. Quem o substituiu foi Mafalda Magalhães de Barros, que entre 2002 e 2005 tinha sido directora municipal de Conservação e Reabilitação Urbana.
Em Fevereiro de 2012 foi a vez de Lívia Tirone, arquitecta e ex-administradora da Agência Municipal de Energia e Ambiente de Lisboa, e de Dina Vieira, antiga chefe de gabinete de Santana Lopes na Câmara da Figueira da Foz, suspenderem os seus mandatos. Passado um ano ambas acabaram por renunciar. Para as substituir foram chamados Álvaro Castro e Álvaro Carneiro.
Já em Fevereiro de 2013 foi Santana Lopes quem anunciou que iria suspender o seu mandato, com o argumento de que queria "dar espaço" a Fernando Seara, o candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS para disputar a presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas. O ex-presidente da autarquia alegou também que o facto de desempenhar o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lhe deixava pouco tempo para as funções de vereador.
Segundo foi dito na altura ao PÚBLICO por várias fontes ligadas ao PSD, era João Navega, o número dois da candidatura Lisboa com Sentido, quem iria assumir a liderança do grupo municipal. Algo que afinal não aconteceu, já que o antigo presidente da Administração do Porto de Lisboa acabou por pedir também ele a suspensão do mandato, por 60 dias, "por razões profissionais", uma vez que "é advogado no caso do BPN e as sessões do julgamento coincidem com as da CML", explicou um responsável do gabinete do PSD.
Segundo foi dito ao PÚBLICO, Santana Lopes vai regressar ainda em Abril à autarquia, "porque acabou o período de 45 dias da suspensão de mandato, período de que precisou para se dedicar a alguns assuntos relacionados com a sua actividade profissional (enquanto provedor da Santa Casa e enquanto advogado) e à conclusão do seu livro, que deverá ser publicado este mês".
Victor Gonçalves é o único eleito do PSD na Câmara de Lisboa que deverá cumprir todo o mandato. Em 2010 o vereador incompatibilizou-se com Santana Lopes, que acusou de o ter isolado e retirado "todo o apoio técnico, administrativo e informativo", num conflito que se agudizou quando o então presidente da distrital do PSD, Carlos Carreiras, indicou Victor Gonçalves e não o líder do grupo municipal para negociar com António Costa a reorganização administrativa da capital.
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