Por Cláudia Reis, publicado em 22 Abr 2013 in (jornal) i online
Paulo Braga Lino e Juvenal Silva Peneda terão saído do governo devido ao seu envolvimento em contratos ruinosos na Metro do Porto, avança o jornal “Público”. Os dois secretários de Estado terão provocado um buraco de 800 milhões de euros na empresa.
Enquanto director administrativo e financeiro daquela empresa, Paulo Braga Lino assinou 15 contratos de cobertura de financiamento na Metro do Porto entre 2003 e 2009 com vários bancos, que já informaram o governo de que pretendem avançar para a liquidação.
Braga Lino partilhava o pelouro com Mário Coutinho dos Santos, actual director da EFACEC nos EUA. No entanto, quem assinava este tipo de contratos por último era a Comissão Executiva da Metro do Porto, da qual fazia parte Juvenal da Silva Peneda, que vai também abandonar o cargo de secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna.
Braga Lino, secretário de Estado da Defesa e Silva Peneda, da Administração Interna, serão agora substituídos. Berta Cabral, líder do PSD Açores, vai ocupar o lugar de Braga Lino e Fernando Alexandre assume a secretaria de Estado da Administração Interna.
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Buraco nas empresas públicas superior a três mil milhões
Além do Metro do Porto, que motivou saída de dois secretários de Estado, outras empresas têm perdas potencialmente ruinosas. O Metro de Lisboa é o pior.
João Silvestre in EXPRESSO online
12:52 Segunda feira, 22 de abril de 2013
As perdas potenciais das empresas públicas com contratos financeiros derivados (swaps) rondavam três mil milhões de euros no final do ano passado.
Não existem ainda dados oficiais para dezembro mas, pelas contas do Expresso a partir do buraco em setembro de 2,6 mil milhões de euros e da evolução das taxas de juro, o agravamento terá rondado 500 milhões de euros nos últimos três meses do ano.
O caso do Metro do Porto é o segundo mais grave, com uma perda potencial de 832 milhões de euros no final do terceiro trimestre do ano passado e que se agravou até dezembro. Terá sido isso que motivou a saída de dois secretários de Estado tornada pública este fim de semana, por terem estado ligados aos contratos assinados com a banca, numa altura em que a Inspeção-Geral de Finanças está a investigar.
Mas várias outras empresas públicas fizeram este tipo de contratos para cobertura do risco de variação da taxa de juro. Desde logo o Metro de Lisboa, o caso mais grave, em que as perdas em setembro eram já de 1,1 mil milhões de euros. Empresas como a CP, a Refer ou a STCP também entraram neste tipo de contratos.
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