PCP
vota contra Orçamento Rectificativo e provoca primeira crise à
esquerda
O
PCP vai votar contra o OE Rectificativo que vai ser apreciado amanhã
no Parlamento. É a primeira crise à esquerda desde que o Governo de
António Costa tomou posse.
Ontem 14:00
Francisco Ferreira da Silva /
http://economico.sapo.pt/noticias/pcp-vota-contra-orcamento-rectificativo-e-provoca-primeira-crise-a-esquerda_238166.html
O Orçamento
Rectificativo que vai ser votado amanhã na Assembleia da República
é imposto pela resolução do Banif e as ajudas de Estado à venda
do banco. PCP já disse que vota contra e Bloco de Esquerda impõe
condições a António Costa. É a primeira crise nos apoios da
esquerda ao Governo. PCP vai explicar a posição sobre o OE
Rectificativo numa conferência de imprensa a realizar às 13h30.
Isto numa altura em que PS, PCP e Bloco estão de acordo na busca dos
culpados pelo descalabro do Banif e vão avançar juntos para uma
comissão de inquérito no Parlamento.
Aqui ao lado, em
Espanha, Mariano Rajoy está cada vez mais longe de conseguir formar
governo, apesar de ter vencido as eleições com maioria relativa. Os
socialistas do PSOE garantem que não apoiam um governo do PP e abrem
a porta a um entendimento com a esquerda. A situação parece tirada
a papel químico do que aconteceu em Portugal à coligação PSD/CDS,
com a diferença de os novos partidos espanhóis – Podemos e
Ciudadanos – poderem ter um papel fundamental. Esta é a maior
crise política desde s restauração da democracia em Espanha, em
1978 e um primeiro teste à liderança do rei Filipe VI.
A bolsa nacional,
que ontem caiu mais de 1% na ressaca da resolução do Banif, abriu o
dia de hoje com ganhos mas estava a cair, há momentos, 0,1%.
Impresa, BPI e Galp Energia eram as estrelas com subidas superiores a
1%, enquanto as maiores descidas eram da Mota-Engil (-2,33%), Semapa
(-1,29%), REN (-1,23%), CTT (-1,19%) e EDP Renováveis (-1,1%). A
Euronext Lisboa terá agora de encontrar um substituto para o Banif
que foi ontem excluído do PSI 20. Na Europa, Espanha está a subir
0,27%, depois de ontem ter caído 3,6% na sequência dos resultados
eleitorais muito pulverizados e sem solução de governo à vista,
mas as principais praças – Londres, Paris e Frankfurt – estavam
a cair 0,1%, 0,3% e 0,49%, respectivamente.
A EDP Renováveis
concluiu a aquisição de 45% da EDP Renováveis Brasil, como tinha
sido anunciado a 27 de Abril, indica a eléctrica num comunicado
enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A EDP
alterou igualmente a participação qualificada que detinha na EDP
Renováveis (EDPR), através da compra à espanhola Hidroelétrica
del Cantábrico (detida pela EDP) de um lote de 135.256.700 ações
representativas de 15,5% do capital e respectivos direitos de voto da
EDPR. A EDP passou assim a deter directamente, através da sua
sucursal em Espanha, 77,5% do capital social e direitos de voto da
EDPR.
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