terça-feira, 22 de dezembro de 2015

PCP vota contra Orçamento Rectificativo e provoca primeira crise à esquerda


PCP vota contra Orçamento Rectificativo e provoca primeira crise à esquerda

O PCP vai votar contra o OE Rectificativo que vai ser apreciado amanhã no Parlamento. É a primeira crise à esquerda desde que o Governo de António Costa tomou posse.


O Orçamento Rectificativo que vai ser votado amanhã na Assembleia da República é imposto pela resolução do Banif e as ajudas de Estado à venda do banco. PCP já disse que vota contra e Bloco de Esquerda impõe condições a António Costa. É a primeira crise nos apoios da esquerda ao Governo. PCP vai explicar a posição sobre o OE Rectificativo numa conferência de imprensa a realizar às 13h30. Isto numa altura em que PS, PCP e Bloco estão de acordo na busca dos culpados pelo descalabro do Banif e vão avançar juntos para uma comissão de inquérito no Parlamento.

Aqui ao lado, em Espanha, Mariano Rajoy está cada vez mais longe de conseguir formar governo, apesar de ter vencido as eleições com maioria relativa. Os socialistas do PSOE garantem que não apoiam um governo do PP e abrem a porta a um entendimento com a esquerda. A situação parece tirada a papel químico do que aconteceu em Portugal à coligação PSD/CDS, com a diferença de os novos partidos espanhóis – Podemos e Ciudadanos – poderem ter um papel fundamental. Esta é a maior crise política desde s restauração da democracia em Espanha, em 1978 e um primeiro teste à liderança do rei Filipe VI.

A bolsa nacional, que ontem caiu mais de 1% na ressaca da resolução do Banif, abriu o dia de hoje com ganhos mas estava a cair, há momentos, 0,1%. Impresa, BPI e Galp Energia eram as estrelas com subidas superiores a 1%, enquanto as maiores descidas eram da Mota-Engil (-2,33%), Semapa (-1,29%), REN (-1,23%), CTT (-1,19%) e EDP Renováveis (-1,1%). A Euronext Lisboa terá agora de encontrar um substituto para o Banif que foi ontem excluído do PSI 20. Na Europa, Espanha está a subir 0,27%, depois de ontem ter caído 3,6% na sequência dos resultados eleitorais muito pulverizados e sem solução de governo à vista, mas as principais praças – Londres, Paris e Frankfurt – estavam a cair 0,1%, 0,3% e 0,49%, respectivamente.


A EDP Renováveis concluiu a aquisição de 45% da EDP Renováveis Brasil, como tinha sido anunciado a 27 de Abril, indica a eléctrica num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A EDP alterou igualmente a participação qualificada que detinha na EDP Renováveis (EDPR), através da compra à espanhola Hidroelétrica del Cantábrico (detida pela EDP) de um lote de 135.256.700 ações representativas de 15,5% do capital e respectivos direitos de voto da EDPR. A EDP passou assim a deter directamente, através da sua sucursal em Espanha, 77,5% do capital social e direitos de voto da EDPR.

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