Passos
apanha bancada de surpresa
Dirigentes
e deputados esperavam intervenção do líder parlamentar do PSD
durante o debate quinzenal desta quarta-feira. Passos informou
Montenegro (e Portas) horas antes de que afinal seria ele a falar.
ÂNGELA SILVA
EXPRESSO online /
17-12-2015
Dirigentes e
deputados do PSD foram apanhados de surpresa com a intervenção de
Pedro Passos Coelho no debate parlamentar com António Costa. O
ex-primeiro-ministro só informou o líder parlamentar (e o líder do
CDS, ex-parceiro no Governo) de que iria ao confronto com Costa horas
antes do debate.
Na véspera,
vice-presidentes do PSD e do respetivo grupo parlamentar informavam
que seria Luís Montenegro a falar. Passos deveria reservar-se para
momentos especiais e evitar desgastar-se no confronto com o novo
primeiro-ministro. O assunto vinha a ser discutido internamente, a
dúvida sobre o que seria melhor instalara-se e, na terça-feira,
fontes da direção do partido e da bancada informaram o Expresso de
que Passos não iria a jogo.
O próprio, no
entanto, nunca foi claro e só na véspera, dia em que não disse à
comissão permanente do PSD, com quem esteve reunido, o que
tencionava fazer, comunicou a Montenegro, que chegou a preparar-se
para ter de intervir, que iria falar. Paulo Portas também foi
informado horas antes. "Entre a noite de ontem e a manhã de
hoje (dia do debate)", segundo fonte próxima do líder
centrista.
Alertado por alguns
barões do partido, entre eles Marques Mendes, de que seria um erro
não intervir no primeiro debate quinzenal com Costa, Passos acabou
por agarrar a oportunidade. Mas na ex-maioria é consensual não ser
fácil encontrar o registo certo para esta fase nova e inesperada da
vida política à direita.
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