Cidadania Lx quer taxas nos copos de
plástico para financiar limpeza urbana
21 DE JULHO DE 2017
07:48
Lusa
O Fórum Cidadania Lx pediu hoje ao Governo que estude a
criação de uma taxa de utilização de copos, pratos e talheres de plástico, à
semelhança do que acontece com os sacos, para financiar a limpeza urbana.
Para este movimento, tal taxa permitiria financiar o esforço
público de limpeza urbana, reforçar a intensidade nos locais onde se regista
grande produção e abandono de copos de plástico na via pública e aumentar a
fiscalização e a reciclagem de plástico de forma a alcançar as metas da
reciclagem para 2020 (50% em vez dos atuais 29%).
A taxa sobre os sacos de plástico "mostrou-se muito
eficaz na redução do consumo, em Portugal e noutros países europeus (por
exemplo na Irlanda passou-se de uma média de 328 sacos/pessoa/ano para apenas
14), pelo que a introdução da taxa sobre os copos de plástico permitiria
contribuir para o fim, por exemplo, do 'espetáculo' diário de jardins e espaços
públicos repletos com copos de plástico", considera o movimento.
"Com efeito, estes copos descartáveis de plástico,
distribuídos a título gratuito pelas várias cervejeiras aos estabelecimentos
comerciais, fazem multiplicar a quantidade de resíduos urbanos, pelo que uma
taxa sobre os mesmos criará condições para o regresso aos copos de vidro de
plástico mais duradouro e com depósito/desconto em devolução", acrescenta.
O Cidadania Lx dá como exemplo a Escócia e a Austrália, onde
este sistema de taxas já é aplicado "com apreciável grau de sucesso"
e diz que no reino Unido as autoridades também estão a analisar a possibilidade
de o criar.
"A introdução desta taxa poderia ser acompanhada pela
proibição, inclusive, da entrega destes copos em locais (espaço público) e
junto a locais considerados sensíveis e facilmente sujeitos a excesso de carga,
como sejam miradouros e quiosques", sugere o Cidadania Lx, sublinhando que
a imposição ou discriminação positiva dos copos reutilizáveis já é uma
realidade nos festivais de música.
Na semana passada, no parlamento, o ministro do Ambiente
manifestou-se preocupado com o cumprimento das metas de reciclagem para 2020.
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