COSTA ...
navegar, navegar ... “à vista” seguindo os “sinais da costa”.
Nunca será “Capitão
do Navio” ... mas apenas Imediato e Executor da vontade de “outros”.
Costa continua a
navegar “à vista”, tentando ganhar tempo e seguindo apenas guiado pelo
instincto manhoso do animal político, os “sinais da costa” .. .
Nada de ideias,
ideais, compromissos baseados numa ideia ou visão para o País, nada de bússola
ou cartografia para guiar o leme, mas apenas aguardando para o lado em que a “coisa
cai” ... Só se irá definir em função dos “ventos europeus” , resultado das eleições
na Grécia, o caminho de Juncker , a política do BCE ...
OVOODOCORVO
|
Estratégia de António Costa
questionada por deputados
16/1/2015, LILIANA
VALENTE / OBSERVADOR
Na última reunião
da bancada, deputados socialistas pediram mais tomadas de posição do partido em
assuntos concretos: RTP, justiça, descentralização de competências para câmaras
e hospitais.
A estratégia do
novo secretário-geral, António Costa, à frente do PS já está a ser questionada
dentro do próprio partido. Na última reunião da bancada parlamentar socialista,
alguns deputados criticaram o silêncio do PS em algumas matérias e pediram mais
intervenção na praça pública. Além disso, há quem peça uma maior atividade
parlamentar com a apresentação de mais iniciativas na Assembleia da República.
Segundo relatos
feitos ao Observador, na reunião da bancada parlamentar, na quinta-feira de
manhã, houve intervenções de deputados sobre, pelo menos, quatro assuntos em
concreto em que consideram que o PS devia ter tomado posição, pedindo ao líder
parlamentar Ferro Rodrigues uma tomada de posição do partido, seja no
Parlamento, seja no Rato. As críticas vieram tanto de apoiantes de António
Costa, eleito em novembro, como de António José Seguro.
A sondagem
publicada nesta sexta-feira pelo Expresso e SIC (link para assinantes), que dá
uma aproximação da maioria ao PS de Costa, já corria nos corredores da
Assembleia da República nessa altura e deixou preocupados alguns deputados. E
há quem acredite que esta tática de Costa de gerir com pinças a atualidade pode
ser prejudicial a longo prazo… e ainda faltam muitos meses para eleições.
O deputado José
Lello foi um dos deputados que questionou o silêncio do partido num caso
concreto: a nomeação de Gonçalo Reis para presidente da Administração da RTP e
Nuno Artur Silva para a área de conteúdos. Lello chegou a defender que se
chamasse o ministro da tutela, Miguel Poiares Maduro, mas a resposta de Ferro
Rodrigues foi que o partido não tinha nada a falar sobre o assunto, uma posição
concertada com o secretário-geral, António Costa.
Mas não foi o
único a questionar o silêncio dos socialistas sobre temas de atualidade. Além
da TAP, poucas têm sido as tomadas de posição neste início de ano. E os
deputados, segundo relatos ao Observador de várias fontes presentes na reunião,
fizeram saber que precisam de saber o que dizer quando confrontados com algumas
perguntas, até de militantes.
Ao que o
Observador apurou, houve uma deputada que questionou sobre a transferência da
gestão de hospitais para as misericórdias e outro deputado que falou sobre a
descentralização de competências – aprovada esta semana pelo Governo – para as
autarquias. Este assunto é mais sensível aos socialistas de Costa uma vez que a
Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), presidida pelo socialista
Manuel Machado (que foi mandatário de António José Seguro) ter dado parecer
negativo ao processo.
Além destes
deputados houve ainda um outro que pediu uma maior oposição em matérias de
Justiça. Até a questão dos feriados veio à baila, apesar de o PS ter
apresentado um projeto lei para a reposição de dois dias – aqui a dúvida tinha
a ver com o facto de o PS só ter proposto a reversão de dois dias e não dos
quatros feriados que foram abolidos.
A todos os
deputados, Ferro Rodrigues respondeu que a intenção é que o PS seja muito
cauteloso e ponderado nas reações. O mesmo quando se fala da atividade
parlamentar do partido. De acordo com uma fonte parlamentar, Ferro Rodrigues
pede iniciativas aos deputados, mas alerta sempre para a necessidade de terem
em conta o impacto orçamental. Esta posição traduziu-se nos últimos tempos pela
apresentação de projetos-lei em áreas mais sociais, como foi o caso do
projeto-lei para melhorar o combate à violência doméstica ou os dois projetos
desta semana da adoção por casais gay e da procriação medicamente assistida.
Certo é que desde
que é líder do PS, António Costa tem tido mais cuidado nas intervenções
públicas, optando muitas vezes por não falar ou remeter para mais tarde uma
posição. Nesta última semana, por exemplo, os socialistas pouco falaram dos
temas da atualidade, centrando sobretudo as intervenções na privatização da
TAP. Esta estratégia, notada entre os socialistas, começa a criar algum
“desconforto”, foi assim descrita por alguns parlamentares de todas as fações:
seguristas e costistas
Sem comentários:
Enviar um comentário