Portas não quer “infiltrações”
e levanta o “periscópio” ... Coligações, Coligações ... “torpedos”
à parte ...
OVOODOCORVO
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Portas não quer Portugal
associado à Grécia
PSD e CDS reagiram às eleições gregas. Entre as mensagens de
"respeito" e de felicitações pelo processo eleitoral, a preocupação
vai para a Europa. E os centristas são claros: a Grécia não é Portugal.
RITA DINIS /
26-1-2015 / OBSERVADOR
Depois da vitória
do Syriza na Grécia, o CDS, por cá, afasta qualquer tipo de comparações com o
cenário português. Reagindo no domingo à noite aos resultados eleitorais, o CDS
manifestou “respeito” pelos resultados, mas deixou claro que a situação de Portugal
tem um contexto completamente diferente. E desdobrou-se em exemplos para vincar
as “diferenças substanciais” entre os dois países que estiveram sob assistência
da troika. Em suma, viragem radical à esquerda na Grécia não se deverá repetir
em Portugal, defendem os centristas.
“A Grécia está na
quinta avaliação do segundo resgate. Portugal fez a opção correta de ter um
único resgate. A Troika está ainda na Grécia. Portugal terminou o seu contrato
com a Troika no dia 17 de Maio de 2014. Portugal finalizou o seu programa de
ajustamento. A Grécia ainda não o fez“, lê-se no comunicado divulgado ainda
durante a noite eleitoral, depois de conhecida a vitória expressiva da
coligação da esquerda radical. Na mesma nota, os centristas deixam também um
elogio ao “esforço extraordinário” do povo português, que permite hoje dizer
“que não há qualquer amálgama possível entre os casos português e grego”.
O comunicado
centrista não termina sem antes deixar uma nota de ironia para o Partido
Socialista português, que felicitou o Syriza pela vitória numa altura em que o
Partido Socialista grego quase desapareceu do panorama político grego. “O CDS
regista o júbilo manifestado hoje pelo Partido Socialista com os resultados, o
que certamente se deve atribuir aos 4,8% obtidos pelo seu Partido homólogo
(PASOK)”, escrevem os centristas, que também deixam “uma palavra de amizade” ao
partido que ficou na segunda posição, a Nova Democracia, com os quais partilham
o mesmo grupo parlamentar na Europa (o Partido Popular Europeu).
Num comunicado
assinado pelo porta-voz dos centristas Filipe Lobo d’Avila, o CDS ressalva que
“não faz comentários institucionais sobre a política interna da Grécia, em
respeito pelo princípio da soberania democrática de cada nação”, mas deixa o
desejo de que a nova liderança política não afasta o país da União Europeia nem
da Nato.
Já o PSD, que
também deixou uma nota sobre as eleições gregas, felicitou o processo eleitoral
sem, no entanto, nunca referir o nome do partido vencedor. Num comunicado
curto, os sociais-democratas deixaram votos de que as eleições gregas fossem
“mais um passo positivo no longo e difícil caminho já percorrido” e que fossem
ao encontro da “estabilidade financeira e da prosperidade económica e social”.
O destaque vai
para o projeto europeu e a necessidade de todos os Estados que o integram
permanecerem “interligados”. “O projeto comum que nos liga nesta casa europeia
de que ambos fazemos parte lembra-nos o quão interligados e dependentes nos
encontramos uns dos outros e reforça o sentido de cooperação e de respeito
pelas instituições nacionais que nos deve guiar”, lê-se na mensagem deixada
pelo PSD ao futuro Governo grego.
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