Ana Gomes anunciou que queria reabrir o processo dos Submarinos esta semana
No Twitter, a eurodeputada questiona quem é mentirosa,
colocando na rede social uma fotografia do despacho do Ministério Público que
arquivou todo o processo a meio de dezembro:
Ana Gomes
defende-se no Twitter e acusa novamente Paulo Portas
30/1/2015, OBSERVADOR
A eurodeputada questiona se é ela que está a
mentir compulsivamente, publicando no Twitter uma fotografia do processo em que
foi concluído que certos elementos da investigação "não foram
localizados".
A eurodeputada socialista respondeu esta tarde às
afirmações de Paulo Portas que a acusou de mentir “compulsivamente”,
questionando quem estaria a mentir e publicando na sua conta oficial de Twitter
uma citação do processo em que certos documentos, como a comunicação com as
Bahamas, são identificadas como não tendo sido localizadas.
Ana Gomes pediu esta quinta-feira a reabertura do
processo dos submarinos, alegando que “há elementos que justificam uma
investigação ao património de Paulo Portas” e que Durão Barroso também devia
ser investigado. No entanto, este pedido foi recebido por Paulo Portas como uma
“obsessão” que não lhe diz respeito, afirmando mesmo que Ana Gomes é
“compulsivamente mentirosa”.
A eurodeputada tem vindo a dizer que o Ministério
dos Negócios Estrangeiros, liderado por Paulo Portas, não deu seguimento às
diligências necessárias para a investigação do caso dos submarinos. O excerto
publicado nas redes sociais refere que uma informação do Ministério dos Negócios
Estrangeiros foi dirigida à Procuradoria-Geral da República informando que
elementos relacionais com os fundos com sede nas Bahamas, e de acordo com
informações desse país, foram enviadas às autoridades judiciárias portuguesas
de modo a integrarem esta investigação. No entanto, “tais elementos não foram
localizados”.
Paulo Portas disse esta tarde que todas as cartas
rogatórias e as suas respostas foram remetidas de e pelo Ministério dos
Negócios Estrangeiros às autoridades judiciárias portuguesas e que por isso,
esta acusação de Ana Gomes não tem fundamento. A eurodeputada era assistente
deste processo e atualmente contesta que nesse processo já havia indícios
suficientes da prática dos crimes de corrupção na aquisição dos submarinos.
O Ministério Público considerou, contudo,
“inviável, face à impossibilidade de reconstituição de todos os fluxos
financeiros, recolher prova documental quanto ao destino de todas as quantias
na medida em que não foi obtida resposta, nomeadamente, de carta rogatória enviada
para a Bahamas”.
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