Eu vou, eu vou, ao Castelo de São
Jorge eu vou: agora de elevador, funicular ou escadas rolantes
JOÃO PEDRO PINCHA/28/1/2015,
OBSERVADOR
Câmara aprovou a instalação de funicular, elevador e escadas rolantes para
chegar ao Castelo de São Jorge. Na calha está uma reabilitação mais vasta, que
pretende acabar com os carros no monumento.
O Castelo de São
Jorge vai ficar mais próximo do centro da cidade de Lisboa. A câmara municipal
aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a instalação de meios mecânicos que
permitam a turistas e lisboetas chegar mais facilmente àquele monumento, que é
um dos mais visitados do país.
Serão três os
novos percursos que a câmara vai criar: um na zona da Sé, outro na Mouraria e
um terceiro na Graça. Junto ao Campo das Cebolas vai ser instalado um elevador
num edifício que a câmara está em negociações para adquirir. Esse elevador
desembocará diretamente no largo da Sé, de onde é possível seguir a pé para o
Castelo. Do Martim Moniz sairá um conjunto de três escadas rolantes, pelas
Escadinhas da Saúde, até à Costa do Castelo. E, na Graça, criar-se-á um
percurso de funicular que rasgará as muralhas fernandinas e levará os
passageiros até ao miradouro junto à Igreja da Graça. Os três equipamentos
deverão ser geridos pela EMEL.
Atualmente existe
um elevador em funcionamento na Rua dos Fanqueiros, à Baixa, e está em
construção um outro, para a zona do Miradouro de Santa Luzia, que deverá abrir
ao público em abril.
Na apresentação
da proposta, o vereador do Urbanismo Manuel Salgado destacou a importância do
projeto na revelação de novos espaços, até agora desconhecidos, aos muitos
turistas que procuram a colina do Castelo. Além disso, a intenção da autarquia
é “evitar que, no futuro, os autocarros de turismo” cheguem às portas daquele
monumento, afirmou o vereador.
Mas os elevadores
e as escadas rolantes serão também importantes para a população residente
nestas zonas, maioritariamente envelhecida. “Não é só para turistas, é para
toda a gente que lá mora”, referiu o vereador dos Direitos Sociais João Afonso.
Manuel Salgado
revelou ainda que “está a ser trabalhada uma proposta conjunta com vários
municípios” da Área Metropolitana de Lisboa que também têm castelos (como
Palmela) com vista a regular o espaço interior destes monumentos. No caso
concreto de Lisboa, isso traduzir-se-á em “encontrar novas entradas, retirar os
automóveis de lá dentro, construir um auditório junto ao centro interpretativo”
e, também, construir um parque de estacionamento subterrâneo, disse.
Ponte sobre a Segunda Circular abre finalmente
Na reunião
pública de câmara desta quarta-feira foi também anunciado, pelo vereador dos
Espaços Verdes José Sá Fernandes, que a ponte pedociclável sobre a Segunda
Circular “abrirá ou hoje ou amanhã”. Situada junto às Torres de Lisboa, onde
funciona a Galp Energia (que financiou a construção), a ponte, cor-de-laranja e
com quatro acessos para peões e bicicletas, está pronta pelo menos desde julho
passado, mas a sua abertura não se concretizou até agora.
Contactada pelo
Observador em agosto, o departamento de comunicação da Galp afirmou que apenas
faltavam “diversos acabamentos finais” para que a ponte ficasse acessível. A
abertura daquela infraestrutura esteve prevista para o fim de 2014, mas o prazo
não se cumpriu.
A construção da
ponte foi anunciada em 2009 por António Costa e, na altura, previa-se que
estivesse pronta em 2012. A
Galp Energia entrou com 900 mil euros e o município contribuiu com 465 mil
euros.
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