quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Eu vou, eu vou, ao Castelo de São Jorge eu vou: agora de elevador, funicular ou escadas rolantes



Eu vou, eu vou, ao Castelo de São Jorge eu vou: agora de elevador, funicular ou escadas rolantes
JOÃO PEDRO PINCHA/28/1/2015, OBSERVADOR

Câmara aprovou a instalação de funicular, elevador e escadas rolantes para chegar ao Castelo de São Jorge. Na calha está uma reabilitação mais vasta, que pretende acabar com os carros no monumento.

O Castelo de São Jorge vai ficar mais próximo do centro da cidade de Lisboa. A câmara municipal aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a instalação de meios mecânicos que permitam a turistas e lisboetas chegar mais facilmente àquele monumento, que é um dos mais visitados do país.

Serão três os novos percursos que a câmara vai criar: um na zona da Sé, outro na Mouraria e um terceiro na Graça. Junto ao Campo das Cebolas vai ser instalado um elevador num edifício que a câmara está em negociações para adquirir. Esse elevador desembocará diretamente no largo da Sé, de onde é possível seguir a pé para o Castelo. Do Martim Moniz sairá um conjunto de três escadas rolantes, pelas Escadinhas da Saúde, até à Costa do Castelo. E, na Graça, criar-se-á um percurso de funicular que rasgará as muralhas fernandinas e levará os passageiros até ao miradouro junto à Igreja da Graça. Os três equipamentos deverão ser geridos pela EMEL.

Atualmente existe um elevador em funcionamento na Rua dos Fanqueiros, à Baixa, e está em construção um outro, para a zona do Miradouro de Santa Luzia, que deverá abrir ao público em abril.

Na apresentação da proposta, o vereador do Urbanismo Manuel Salgado destacou a importância do projeto na revelação de novos espaços, até agora desconhecidos, aos muitos turistas que procuram a colina do Castelo. Além disso, a intenção da autarquia é “evitar que, no futuro, os autocarros de turismo” cheguem às portas daquele monumento, afirmou o vereador.

Mas os elevadores e as escadas rolantes serão também importantes para a população residente nestas zonas, maioritariamente envelhecida. “Não é só para turistas, é para toda a gente que lá mora”, referiu o vereador dos Direitos Sociais João Afonso.

Manuel Salgado revelou ainda que “está a ser trabalhada uma proposta conjunta com vários municípios” da Área Metropolitana de Lisboa que também têm castelos (como Palmela) com vista a regular o espaço interior destes monumentos. No caso concreto de Lisboa, isso traduzir-se-á em “encontrar novas entradas, retirar os automóveis de lá dentro, construir um auditório junto ao centro interpretativo” e, também, construir um parque de estacionamento subterrâneo, disse.



Ponte sobre a Segunda Circular abre finalmente

Na reunião pública de câmara desta quarta-feira foi também anunciado, pelo vereador dos Espaços Verdes José Sá Fernandes, que a ponte pedociclável sobre a Segunda Circular “abrirá ou hoje ou amanhã”. Situada junto às Torres de Lisboa, onde funciona a Galp Energia (que financiou a construção), a ponte, cor-de-laranja e com quatro acessos para peões e bicicletas, está pronta pelo menos desde julho passado, mas a sua abertura não se concretizou até agora.

Contactada pelo Observador em agosto, o departamento de comunicação da Galp afirmou que apenas faltavam “diversos acabamentos finais” para que a ponte ficasse acessível. A abertura daquela infraestrutura esteve prevista para o fim de 2014, mas o prazo não se cumpriu.


A construção da ponte foi anunciada em 2009 por António Costa e, na altura, previa-se que estivesse pronta em 2012. A Galp Energia entrou com 900 mil euros e o município contribuiu com 465 mil euros.

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