domingo, 11 de janeiro de 2015

Miguel Horta e Costa constituído arguido no caso Mensalão

Segundo noticiaram TVI e Diário de Notícias, Miguel Horta e Costa foi ouvido esta sexta-feira no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e constituído arguido num inquérito relacionado com o caso mensalão, o mega processo de corrupção política no Brasil.
A investigação em Portugal nasceu com uma carta rogatória que a justiça brasileira enviou ao gestor português, de acordo com as mesmas fontes.
Uma das figuras centrais e condenadas no processo mensalão, o publicitário brasileiro Marcos Valério, alegou num depoimento que a Portugal Telecom financiou o Partido dos Trabalhadores em 2,6 mil milhões de euros durante o tempo de Lula da Silva.
Miguel Horta e Costa foi presidente da Portugal Telecom entre Maio de 2002 e Abril de 2006. Ocupa actualmente o cargo de vice-presidente do BESI.
Em Dezembro de 2012 o gestor escreveu a seguinte nota: "Como já é do conhecimento público, em devido tempo, tive a oportunidade de prestar todos os esclarecimentos que me foram solicitados. Esta é uma questão de política interna brasileira à qual sou totalmente alheio".

Miguel Horta e Costa constituído arguido no caso Mensalão
10/1/2015, 23:35 / LUSA /  OBSERVADOR

O antigo presidente da PT Miguel Horta e Costa afirmou estar "profundamente confiante na justiça", depois de ter sido constituído arguido no caso de corrupção Mensalão, a decorrer no Brasil.

O antigo presidente da Portugal Telecom Miguel Horta e Costa afirmou estar “profundamente confiante na justiça”, depois de ter sido constituído arguido, em Portugal, no caso de corrupção Mensalão, a decorrer no Brasil.
“Estou profundamente confiante na justiça. Tratou-se de uma calúnia sem fundamento, feita em 2012, sobre pretensos factos ocorridos há 11 anos (2003-2004) e que, estou certo, será completamente esclarecida”, afirma Miguel Horta e Costa, numa declaração escrita, enviada hoje à agência Lusa.
Segundo o Diário de Notícias, o antigo presidente da Portugal Telecom (PT) foi constituído arguido na sexta-feira, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
A investigação, refere o jornal, foi aberta pelo Ministério Público na sequência de uma carta rogatória enviada pelas autoridades brasileiras para Miguel Horta e Costa.
Em 2012, o publicitário brasileiro Maros Valério, condenado como executor do Mensalão, afirmou que o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva teria negociado diretamente com Miguel Horta e Costa, então presidente da Portugal Telecom, um pagamento da operadora portuguesa para o seu partido.
Na altura, Horta e Costa negou logo o envolvimento no caso.

Conhecido como Mensalão, este caso de corrupção, que envolve esquemas de compra de votos para aprovação de projetos, marcou os governos do Partido dos Trabalhadores, então liderado por Lula da Silva.

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