“Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1 por 760 euros por mês”
(!?)
Medina a tentar tapar
o Sol com a Peneira, depois de ter negado sistemáticamente os problemas da
Habitação, ter recusado impôr qualquer regulamento ao Alojamento Local e ter apoiado um modelo desenvolvido por
Manuel Salgado que levou a esta situação …
“A Câmara de Lisboa abdicou da sua responsabilidade planeadora
e reguladora, abrindo a caixa de pandora.”
(…) “Com efeito, Manuel Salgado ao anunciar em 2008 “A Baixa
nunca será um bairro residencial” e ao propor exclusivamente um investimento na
hotelaria, residências universitárias e alojamentos de curta e média
permanência, entregando a dinâmica do investimento únicamente às exigências dos
“mercados”, abdicou da sua responsabilidade planeadora e reguladora, abrindo a
caixa de pandora.
No início do processo, antes da crise e respectiva
transformação, motivada pela mesma crise, da cidade num gigantesco negócio de
estadias temporárias, e acima de tudo, do exôdo maciço de toda a juventude
Portuguesa, estes, naturalmente os potenciais habitantes de uma Baixa ainda
vazia , ainda teria sido possível planear / estabelecer um equilíbrio.”(…)
ANTÓNIO SÉRGIO ROSA DE CARVALHO/ Bye, bye Lisboa! / 13 de
Setembro de 2015 / https://www.publico.pt/2015/09/13/local/opiniao/bye-bye-lisboa-1707637
OVOODOCORVO
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Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1
por 760 euros por mês
Leilão da Câmara de
Lisboa para casas de renda acessível atingiu valores de mercado. Autarquia
garante que vai mandar anular o concurso, depois de questionada pelo Diário de
Notícias sobre o nível de preços.
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios jng@negocios.pt
19 de abril de 2018 às 09:45
O programa Renda Acessível prometeu habitações em Lisboa com
rendas entre os 250 e os 450 euros, mas a procura é tanta que, num leilão
recente, os candidatos a inquilinos chegaram a oferecer o dobro do valor base
de licitação dos imóveis. E foi assim que uma cave com um quarto e 48 metros
quadrados foi arrematada por 760 euros por mês na Ajuda.
Segundo conta o Diário de Notícias na sua edição desta
quinta-feira, 19 de Abril, a Câmara de Lisboa colocou recentemente em leilão
oito apartamentos da zona da Ajuda, precisamente no âmbito do programa Renda
Acessível – uma iniciativa que promete T0, T1 e T2 a preços abaixo dos de
mercado, em 15 bairros da cidade entre.
Nos dois exemplos analisados pelo DN, a tendência foi a
mesma: o valor base de licitação praticamente duplicou durante o leilão. Foi
assim com um T1 de 48 metros quadrados situado na cave de um prédio da Ajuda,
que foi colocado em leilão por 350 euros e que foi arrematado por 760 euros. E
foi assim com um T2 triplex de 77 metros quadrados que passou de 500 euros para
os 900 euros.
Confrontada com nível de preços praticada, a autarquia
liderada por Fernando Medina garantiu que vai mandar anular os leilões.
"O concurso para arrendamento de fogos promovido pela
Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) não cumpre os princípios nem os
critérios do Programa Renda Acessível", respondeu fonte oficial, que garante
que a autarquia "vai averiguar as razões deste procedimento da SRU" e
tirar daí as "devidas consequências".
O programa Renda Acessível foi lançado em 2017 pela Câmara
Municipal de Lisboa com o objectivo de contrariar as dificuldades que os jovens
e a classe média têm de arranjar casa a preços acessíveis no centro da cidade.
Fernando Medina prometeu a construção de entre cinco e sete mil habitações T0,
T1 e T2 com rendas muito abaixo do preço de mercado, a variar entre os 250 e os
450 euros.
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