sexta-feira, 20 de abril de 2018

Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1 por 760 euros por mês


“Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1 por 760 euros por mês” (!?)
Medina  a tentar tapar o Sol com a Peneira, depois de ter negado sistemáticamente os problemas da Habitação, ter recusado impôr qualquer regulamento ao Alojamento Local  e ter apoiado um modelo desenvolvido por Manuel Salgado que levou a esta situação …
“A Câmara de Lisboa abdicou da sua responsabilidade planeadora e reguladora, abrindo a caixa de pandora.”
(…) “Com efeito, Manuel Salgado ao anunciar em 2008 “A Baixa nunca será um bairro residencial” e ao propor exclusivamente um investimento na hotelaria, residências universitárias e alojamentos de curta e média permanência, entregando a dinâmica do investimento únicamente às exigências dos “mercados”, abdicou da sua responsabilidade planeadora e reguladora, abrindo a caixa de pandora.
No início do processo, antes da crise e respectiva transformação, motivada pela mesma crise, da cidade num gigantesco negócio de estadias temporárias, e acima de tudo, do exôdo maciço de toda a juventude Portuguesa, estes, naturalmente os potenciais habitantes de uma Baixa ainda vazia , ainda teria sido possível planear / estabelecer um equilíbrio.”(…)
ANTÓNIO SÉRGIO ROSA DE CARVALHO/ Bye, bye Lisboa! / 13 de Setembro de 2015 / https://www.publico.pt/2015/09/13/local/opiniao/bye-bye-lisboa-1707637
OVOODOCORVO


Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1 por 760 euros por mês

Leilão da Câmara de Lisboa para casas de renda acessível atingiu valores de mercado. Autarquia garante que vai mandar anular o concurso, depois de questionada pelo Diário de Notícias sobre o nível de preços.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios jng@negocios.pt
19 de abril de 2018 às 09:45

O programa Renda Acessível prometeu habitações em Lisboa com rendas entre os 250 e os 450 euros, mas a procura é tanta que, num leilão recente, os candidatos a inquilinos chegaram a oferecer o dobro do valor base de licitação dos imóveis. E foi assim que uma cave com um quarto e 48 metros quadrados foi arrematada por 760 euros por mês na Ajuda.

Segundo conta o Diário de Notícias na sua edição desta quinta-feira, 19 de Abril, a Câmara de Lisboa colocou recentemente em leilão oito apartamentos da zona da Ajuda, precisamente no âmbito do programa Renda Acessível – uma iniciativa que promete T0, T1 e T2 a preços abaixo dos de mercado, em 15 bairros da cidade entre.

Nos dois exemplos analisados pelo DN, a tendência foi a mesma: o valor base de licitação praticamente duplicou durante o leilão. Foi assim com um T1 de 48 metros quadrados situado na cave de um prédio da Ajuda, que foi colocado em leilão por 350 euros e que foi arrematado por 760 euros. E foi assim com um T2 triplex de 77 metros quadrados que passou de 500 euros para os 900 euros.

Confrontada com nível de preços praticada, a autarquia liderada por Fernando Medina garantiu que vai mandar anular os leilões.

"O concurso para arrendamento de fogos promovido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) não cumpre os princípios nem os critérios do Programa Renda Acessível", respondeu fonte oficial, que garante que a autarquia "vai averiguar as razões deste procedimento da SRU" e tirar daí as "devidas consequências".

O programa Renda Acessível foi lançado em 2017 pela Câmara Municipal de Lisboa com o objectivo de contrariar as dificuldades que os jovens e a classe média têm de arranjar casa a preços acessíveis no centro da cidade. Fernando Medina prometeu a construção de entre cinco e sete mil habitações T0, T1 e T2 com rendas muito abaixo do preço de mercado, a variar entre os 250 e os 450 euros.

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