segunda-feira, 9 de abril de 2018

Medina promete revelar até Junho solução para terrenos da antiga Feira Popular



Medina promete revelar até Junho solução para terrenos da antiga Feira Popular
Samuel Alemão
Texto
10 Abril, 2018

Poderá ser o princípio do fim para um dos maiores imbróglios urbanísticos da capital portuguesa. Depois de década e meia ao abandono, muitas indefinições e duas hastas públicas fracassadas, os terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa deverão, em breve, ver revelado o que o futuro lhes guarda. Até ao final de Junho, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) tornará públicos os seus planos para aquela área com 4,3 hectares, com o lançamento da Operação Integrada de Entrecampos. O anúncio foi feito, na tarde desta segunda-feira (9 de Abril), pelo presidente da autarquia, durante a cerimónia de abertura da V Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, a decorrer até 15 de Abril no Pátio da Galé, ao Terreiro do Paço.

 “É, seguramente, este ano, a operação urbanística mais importante de Portugal e uma das maiores da Europa. Trata-se de um momento marcante na vida da cidade, uma oportunidade única de fazermos cidade”, disse Medina, depois de explicar que o referido instrumento de planeamento urbanístico deverá incidir sobre uma parcela de território situada num triângulo formado, além dos terrenos de Entrecampos, pela Avenida do Movimento das Forças Armadas e pela Avenida Álvaro Pais. O presidente da câmara salientou que a referida Operação Integrada de Entrecampos, que será “anunciada até ao final do primeiro semestre”, incluirá não só aquilo que foi o lugar da antiga Feira Popular, mas também outros terrenos e edifícios do município. Um desfecho que, assegura, ajudará a ter “uma visão integrada e global do que será a cidade nos próximos anos”.

A promessa de uma solução urbanística para o maior espaço vazio no centro da capital surge mais de dois anos após a frustrada tentativa de venda em leilão do terreno, com uma área de construção de 143 mil metros quadrados. Em Dezembro de 2015, dava-se por encerrada, sem efeitos práticos, a segunda hasta pública promovida pela Câmara de Lisboa, depois de, tal como na primeira, ocorrida em Outubro do mesmo ano, não terem ocorrido propostas de licitação sobre o valor-base de 135,7 milhões de euros. Na segunda das tentativas, ainda chegou a ser noticiado que três potenciais candidatos haveriam solicitando à autarquia a prorrogação do prazo para apresentação de propostas. Mas o leilão – cujo programa especificava uma superfície destinada ao comércio não superior a 25%, a de habitação não inferior a 25%, mas sem poder exceder 35% da superfície total, e uma área verde de pelo menos 30% – ficou mesmo por ali.

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