Julian Assange, fundador da WikiLeaks, cumpriu hoje dois
anos refugiado na embaixada do Equador em Londres. Tinha prometido à imprensa
que iria haver revelações durante o dia
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Prevê maior desregulamentação
WikiLeaks revela acordo confidencial internacional
por A.C.M. 19 junho 2014 / DN online
A WikiLeaks divulgou um documento de trabalho das
negociações internacionais em curso que visam uma radical desregulamentação dos
setores bancário, financeiros e de serviços a nível mundial.
As revelações da WikiLeaks resultam de um documento de
trabalho, datado de abril, das negociações em curso para a liberalização
internacional dos serviços de telecomunicações, financeiros, informáticos,
distribuição de retalho, entregas rápidas e de profissões como advogados,
arquitetos, engenheiros e contabilistas, em que se revela estar em curso uma
tentativa de maior desregulamentação dos setores abrangidos e uma maior troca
de informações confidenciais particulares entre os Estados que venham a ser membros.
Conhecidas sob a TISA (The Trade in Services Agreement), iniciaram-se em 2012 e
envolvem hoje cerca de 50 países.
O documento revelado pela WikiLeaks indicia que os bancos
passarão ter maior liberdade de ação em países terceiros e as regras de
controlo da sua ação deixam de se reger por critérios restritivos.
A circulação de informação sobre contas e dados financeiros
passará a fazer-se com maior amplitude entre os Estados que venham a ser
signatários do acordo e são simplificadas as regras para a circulação e
estabelecimento nos países de especialistas em tecnologias da informação,
juristas, contabilistas e outras pessoas ligadas às áreas de serviços.
Nas negociações estão envolvidos os Estados membros da União
Europeia, os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália, Coreia do Sul, Taiwan,
Suíça, Paquistão e vários países da América Central e do Sul. As negociações
decorrem fora do quadro da Organização Mundial de Comércio.
Segundo o documento, um dos mais fortes proponentes da
desregulamentação financeira são os Estados Unidos ou, pelo menos, o seu
"congelamento" nos níveis atuais.
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