sábado, 21 de junho de 2014

WikiLeaks revela acordo confidencial internacional




Julian Assange, fundador da WikiLeaks, cumpriu hoje dois anos refugiado na embaixada do Equador em Londres. Tinha prometido à imprensa que iria haver revelações durante o dia


Prevê maior desregulamentação
WikiLeaks revela acordo confidencial internacional

por A.C.M. 19 junho 2014 / DN online
A WikiLeaks divulgou um documento de trabalho das negociações internacionais em curso que visam uma radical desregulamentação dos setores bancário, financeiros e de serviços a nível mundial.

As revelações da WikiLeaks resultam de um documento de trabalho, datado de abril, das negociações em curso para a liberalização internacional dos serviços de telecomunicações, financeiros, informáticos, distribuição de retalho, entregas rápidas e de profissões como advogados, arquitetos, engenheiros e contabilistas, em que se revela estar em curso uma tentativa de maior desregulamentação dos setores abrangidos e uma maior troca de informações confidenciais particulares entre os Estados que venham a ser membros. Conhecidas sob a TISA (The Trade in Services Agreement), iniciaram-se em 2012 e envolvem hoje cerca de 50 países.
O documento revelado pela WikiLeaks indicia que os bancos passarão ter maior liberdade de ação em países terceiros e as regras de controlo da sua ação deixam de se reger por critérios restritivos.

A circulação de informação sobre contas e dados financeiros passará a fazer-se com maior amplitude entre os Estados que venham a ser signatários do acordo e são simplificadas as regras para a circulação e estabelecimento nos países de especialistas em tecnologias da informação, juristas, contabilistas e outras pessoas ligadas às áreas de serviços.

Nas negociações estão envolvidos os Estados membros da União Europeia, os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália, Coreia do Sul, Taiwan, Suíça, Paquistão e vários países da América Central e do Sul. As negociações decorrem fora do quadro da Organização Mundial de Comércio.

Segundo o documento, um dos mais fortes proponentes da desregulamentação financeira são os Estados Unidos ou, pelo menos, o seu "congelamento" nos níveis atuais.

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