Execução do plano para tornar
Lisboa mais acessível já está em marcha
O desenvolvimento de um modelo de paragem de autocarro acessível é uma das
acções que vão sair do papel este ano
Mobilidade / Inês
Boaventura / 28 jun 2014 / PÚBLICO
O Plano de
Acessibilidade Pedonal de Lisboa já está em marcha. Até ao fim do ano, a
intenção do município é concretizar 39 das cem acções nele previstas, incluindo
o levantamento e correcção das “situações de conflito” criadas pela rede
ciclável, a “eliminação progressiva” de barreiras nos equipamentos culturais a
nas escolas e o desenvolvimento de “um modelo de paragem de autocarro
acessível”.
A Câmara de
Lisboa aprovou esta semana, por unanimidade, a Proposta Anual de Execução para
2014 do Plano de Acessibilidade Pedonal. É nessa proposta que estão listadas as
tais 39 medidas, três dezenas das quais já foram pelo menos iniciadas. O
desenvolvimento da grande maioria delas está a cargo da equipa do plano,
coordenada pelo arquitecto Pedro Homem de Gouveia, mas outras há que foram
atribuídas a diferentes serviços municipais.
A calçada
portuguesa, matéria em redor da qual tanta polémica se tem gerado, não é
esquecida: até ao fim deste ano a câmara propõe-se “desenvolver um estudo que
enquadre a temática do revestimento dos passeios, aborde os problemas
existentes, identifique os critérios mais relevantes para a segurança dos peões
e para o cumprimento eficaz, eficiente e sustentável das responsabilidades da
CML [Câmara Municipal de Lisboa] e das juntas de freguesia em matéria de
manutenção”. Esse estudo, diz-se, deve ainda “abordar a questão da protecção da
calçada artística e avançar princípios para uma estratégia de salvaguarda da
calçada que tem (de facto) valor patrimonial”.
Vai também ser
realizado um “diagnóstico das condições de acessibilidade” no Castelo de S.
Jorge, com o objectivo de que venham a ser encontradas “soluções que, sendo
viáveis e compatíveis com os valores patrimoniais, permitam melhorias
substanciais” relativamente à situação hoje existente. Prevista está ainda a
elaboração de um “guião de verificação de acessibilidades em assembleias de
voto”.
Uma das 39 acções
agora listadas já foi concluída. Trata-se de uma obra de adaptação de quatro
lugares de estacionamento reservados a cidadãos com mobilidade reduzida,
afectos ao edifício da Rua Alexandre Herculano onde funcionam alguns serviços
municipais, com vista a torná-los verdadeiramente acessíveis.
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