domingo, 29 de junho de 2014

Marinho e Pinto. "O MPT vai permitir soluções de governo ao PS"

Marinho Pinto na sua trajectória "Justiceira/ Denunciadora", demonstra nítidos síntomas simplistas e demagógicos típicos do Populismo.
 Seria interessante, em lugar da afirmacção prematura das suas ambições eleitorais futuras, de ouvir agora que está precisamente no P.E.,  o que pensa por exemplo do perfil de Junckers perante a gigantesca necessidade de Reforma na U.E. 

Fica-se com a nítida impressão que Marinho Pinto deseja que a sua própria passagem pela Europa seja curta, e que o consiga "catapultar" para um lugar prominente da Política Nacional ...
Este Folhetim apresenta um Guião com muito pouco interesse, pouca consistência de conteúdos reflectidos, meramente intuitivo, emotivo e manipulador de energias frustradas e respectivos potenciais "politiqueiros"(neste último aspecto a ambição é nítida e explicitamente afirmada através de intenções de futuras "Candidaturas"... e mais "acrobacias em trampolim"  )
Seguem-se mais episódios ... mas adivinha-se, independentemente de um possível sucesso efémero, comediante e imediatista, pouca consistência ... e os irremediáveis "perigos" que a emotiva retórica improvisada e respectiva demagogia trazem, com associação ao Populismo.

OVOODOCORVO


Marinho e Pinto. "O MPT vai permitir soluções de governo ao PS"
Por Pedro Rainho
publicado em 28 Jun 2014 in (jornal) i online
Com as legislativas na mira, diz que quer viabilizar soluções para os problemas. Seja a "captura" do PSD pelo CDS ou dando a mão ao PS no governo

A conversa com Marinho e Pinto é um autêntico ziguezague ideológico. Começou, na representação do Parlamento Europeu em Lisboa, quando a selecção nacional ainda tinha meia hora de ilusão pela frente e só terminou já o estádio estaria vazio. Na análise ao jogo político, o eurodeputado destaca-se na finta aos cânones políticos de esquerda e direita. No final, uma certeza: o ex-bastonário da Ordem dos Advogados vai estar na corrida às próximas legislativas.

Primeiras impressões de Bruxelas?

É uma sensação de estar perdido, dada a imensidão da instituição.

Já tem gabinete?

Um eurodeputado que vai sair disponibilizou-me o seu gabinete. Mas ainda não sei chegar lá. Aquilo é um espaço enorme e labiríntico. Já contratei uma assistente, uma pessoa que já lá estava. Isso é que me tem valido, senão andava ali perdido. Somos de um partido que não tinha antecedentes de representação.

Já conseguiu ter uma noção do ambiente que se vive no Parlamento Europeu?

Ainda é muito cedo. Aquilo terá todas as vantagens e todos os inconvenientes de uma instituição com 751 deputados, 600 e tal tradutores, 3000 e tal funcionários.

Qual é a principal vantagem?

Não há queixas de natureza financeira. O dinheiro que disponibilizam para os deputados é chocante.

Demasiado dinheiro?

Demasiado, demasiado. Para deputados oriundos de países como o meu, onde parte do povo pede esmola e pessoas saem porque não têm onde trabalhar, chegar e ver as disponibilidades financeiras... há qualquer coisa de errado.

O que é que está errado?

Não sei. Mas há qualquer coisa de errado nisto.

Há uma grande distância entre Bruxelas e a realidade dos países?

É chocante. Represento um povo que foi esmifrado até ao tutano nos últimos três anos. Um povo a quem praticamente arrancaram as tripas para pagar défices. Sinto-me mal num ambiente daqueles, onde não há dificuldades financeiras. Podia calar-me, saborear os benefícios pessoais que isso traz, mas sinto-me mal, porque represento um povo que é pobre.

Para primeira impressão, a imagem que traz não é positiva.

Não é, embora eu pense que, em geral, em Portugal, os titulares de órgãos de soberania estão mal remunerados. Mas aquilo é demais.

Terça-feira toma posse...

Outra manigância que me surpreende.

Viajar entre Bruxelas e Estrasburgo?

Gastam-se milhões de euros para satisfazer o capricho de um Estado-membro. É aberrante. É gastar dinheiro que não é dos deputados, é dos contribuintes.

Os eleitores portugueses terão noção dessas condições?

Não há essa percepção. O que não quer dizer que um deputado não deva ter condições de trabalho dignas e, até, em alguns aspectos, melhores do que a generalidade dos funcionários públicos e do sector privado. Mas ali abusa-se.

Qual será a sua primeira intervenção no Parlamento Europeu?

Vou falar dos problemas que tratei na campanha. Há um problema de falta de liberdade em Portugal. Liberdade, medo de ser livre e má utilização da liberdade por certas elites, sobretudo em Lisboa.

É estranho ouvir alguém que sentiu a repressão do Estado Novo falar hoje em falta de liberdade.

Eu conheci pessoas antes do 25 de Abril que não tinham medo. E enfrentavam e pagavam o preço que a liberdade exigia. Quem quer ser livre paga sempre um preço. E há pessoas da mesma têmpera que hoje não pagam o preço que ser livre lhes exigiria.

Que preço é esse?

Uma carreira profissional, um emprego, uma perseguição, um enxovalho público, como tem acontecido comigo. A deturpar, a caluniar, porque não lhes agradam as minhas ideias. Recorrem ao insulto e às calúnias mais soezes, mais primárias, mais sórdidas que se possa imaginar. Há pessoas que me chamam energúmeno na televisão.

Incomoda-o a forma como muitas vezes se referem a si?

Incomoda-me a mentira, a calúnia, a falta de isenção e o falsificarem deliberadamente factos a meu respeito para tentar descredibilizar. Antigamente, havia pessoas que odiavam outras e eram capazes de contratar um pistoleiro para o abater. Hoje, é mais fácil contratar um pseudo-jornalista para caluniá-lo.

Há uma campanha montada contra si?

Não digo que seja uma campanha, embora haja algumas empresas de comunicação que não gostam de mim porque tenho proposto que fosse criado o crime de corrupção jornalística para punir os jornalistas que se deixam corromper e quem corrompe jornalistas. E há pessoas que se sentem ameaçadas se isso avançar.

São ataques mais do meio jornalístico ou do meio político?

Há jornalistas que não gostam de mim e atacam-me publicamente para agradar a pessoas que eu critico.

Que pessoas?

Membros do governo, figuras do mundo político e empresarial.

Esses ataques acontecem porque Marinho e Pinto assusta?

Eu não sou cómodo para certos poderes. Em geral, para os poderes. Seja o judicial, seja o político, seja até o poder empresarial e mediático. E eles reagem. Mas eu nunca ataquei pessoas, não ataco pessoas. Mesmo quando me refiro a A, B ou C, faço-o na sua dimensão pública.

Isso já acontecia antes de entrar para a política.

A intensificação desses ataques a partir das eleições é flagrante.

Porquê?

Pela ameaça que o MPT, e eu à frente do MPT, estamos a representar para certos interesses políticos instalados. Nós emergimos com 7% do eleitorado. Veja o que se está a passar no PS.

Acha que tem alguma responsabilidade naquilo que está a acontecer?

Deixo essa conclusão para quem tiver tempo e conhecimentos para fazer a análise que as eleições merecem.

Mas não foi buscar votos ao PS?

O MPT foi o partido com a votação mais homogénea em todo o território nacional. Em todos os distritos fomos terceiro ou quarto. De repente. E tivemos uma campanha sem meios e sem cobertura.

A verdade é que as europeias revolveram o PS. António Costa fez bem em avançar para a liderança?

Os mandatos democráticos são para respeitar. O que move o António Costa e a gente à volta dele não é o facto de o PS perder as eleições [legislativas de 2015]. É o facto de o PS as ganhar, a certeza de que o PS vai ganhar as próximas eleições. Há ali muito interesse económico à volta. O António José Seguro não foi um marciano que caiu na liderança. Ele era conhecido no PS. Só agora é que descobriram que não tem qualidades? Cheira-lhes a poder. Será muito mau exemplo para a democracia portuguesa se esta insurreição vingar.

Que significado atribuiu ao resultado?

Há um descontentamento com a forma como se faz política em Portugal. Designadamente a promiscuidade entre interesses públicos e privados.

E o senhor é a voz da razão?

Não sou, acho que a política é uma arte nobre que deve ser defendida como tal. É a forma de resolver problemas colectivos e não pessoais ou familiares. Não se deve ir para a política para arranjar emprego para si próprio, para os familiares ou amigos. Nem para fazer carreirismo político. Isso faz com que subalternizem os interesses que pretendemos representar e defender. O povo não acredita hoje no parlamento, no governo, nos juízes, nas instituições democráticas. E isto é perigoso.

Em que sentido?

É o caldo onde as serpentes chocam os seus ovos. A minha intervenção faz um diagnóstico e transmite esperança ao povo português. Em toda a Europa emergiu a extrema-direita. Aqui em Portugal, o que é que emergiu? Um partido profundamente democrático, com uma pessoa profundamente democrática e empenhada na democracia, no pluralismo, na liberdade, nos valores de um Estado moderno, de Direito, democrático e social. Isto deveria fazer pensar algumas pessoas que se sentem ameaçadas com a minha intervenção.

Candidatou-se às europeias porque queria credibilizar a política.

E fazer reformas no país. Encontrar soluções políticas para os graves problemas do país. Para os bloqueios políticos.

Como é que consegue fazer isso estando em Bruxelas?

Bruxelas é um primeiro passo da minha entrada na política. Eu entro através de Bruxelas, não vou morrer em Bruxelas. Para o ano há eleições e o MPT vai concorrer e vamos disputá-las.

É tido como uma pessoa que analisa os passos que vai dar. É verdade?

Sim, já dei passos insensatos, mas não ando a correr. Quando vamos a correr não olhamos para o terreno que pisamos. Estive seis anos na Ordem dos Advogados, como bastonário. Fui incentivado por muitas pessoas a criar um partido. Sempre disse que não. Eu sou lento, quer nas decisões quer na sua execução.

Já entregou a carteira profissional?

Pedi já a suspensão. Essa é uma das piores formas de promiscuidade que existe na nossa vida pública. Recusei convites de vários partidos porque os vícios são tão grandes que não é possível fazer reformas a partir deles.

Já está a pensar nas legislativas.

Claro! E, se for caso disso, até poderei deixar Bruxelas e vir para Portugal.

Onde que é que MPT se vai posicionar?

O MPT vai ocupar o espaço que permite soluções políticas duradouras e soluções para os graves problemas nacionais.

E como é que pode fazer isso?

Libertando o PSD, se necessário, do abraço e da captura de que foi alvo por parte do CDS e permitindo soluções de governo ao próprio PS.

O MPT poderá coligar-se ou com o PSD ou com o PS?

Não somos muleta de ninguém. Seremos sempre uma componente para resolução efectiva dos problemas políticos, sociais e económicos da sociedade portuguesa.

E vai querer ter voz no governo?

O MPT terá sempre um papel e uma palavra decisiva nas soluções que for necessário encontrar.

Mas não me respondeu. O MPT quer integrar o próximo governo?

Não é ser governo. Nós viabilizaremos soluções para os problemas. Não estamos à procura de ser governo. Não enjeitaremos as responsabilidades, mas, se for caso disso, ocuparemos e assumiremos as responsabilidades.

O partido conseguiria o mesmo resultado sem Marinho e Pinto nas listas?

Veja os resultados que teve antes de mim e os que teve quando apareci. É um facto objectivo.

Isso torna praticamente certa uma lista com o seu nome à cabeça, em 2015.

Desde que levei uma coça da polícia, aos 18 anos, por entrar numa manifestação contra uma guerra num país que eu nem sabia onde ficava, num tal Vietname, porque vi uma criança com as costas queimadas por napalm por bombardeamentos americanos, isso virou-me ao contrário. Desde aí, a minha vida tem sido um permanente combate pela defesa dos direitos humanos, da dignidade. Quer como jornalista, quer como advogado, passei a vida a testemunhar e a resolver os problemas das pessoas. Conheço profundamente o povo português.

Quer encabeçar a lista do MPT às próximas legislativas?

Estamos a um ano. Qual é o problema? Não era a primeira vez. O que mais houve em Portugal foram deputados ao Parlamento Europeu que se candidataram à AR e vice-versa. Até deve ser saudado que uma pessoa que tem remunerações tão elevadas no Parlamento Europeu abdique delas por bem menos em Portugal.

E teria vontade de cumprir esse papel?

Constatei ao longo da minha vida, sobretudo nos últimos seis anos como bastonário, que é através da política que se resolvem os problemas. Terei, em cada momento, a intervenção que julgar adequada e necessária.

O MPT tem gente para, eventualmente, ocupar oito lugares na Assembleia?

Claro. E não têm que ser todas do MPT.

Sente-se um justiceiro?

Justiceira é a ministra da Justiça.

Gostava de ser o próximo nesse lugar?

Não, não.

Não se vê como ministro da Justiça?

Não vejo, não vejo, não vejo. Conheço bem o povo português. Dizem que ser bastonário me deu notoriedade. Eu fui para bastonário porque tinha notoriedade, pelo interesse que tinham as minhas intervenções.

Há quem prefira dizer que o senhor tem um discurso fácil.

Se é fácil, porque é que ninguém o tem?

Algum partido quererá juntar-se a uma voz dissonante?

Fui convidado por alguns partidos grandes e pequenos. Eu escolhi o partido. As pessoas criticam-me, chamam-me populista. Populista, eu? Uma pessoa que defende a moeda única, que defende os presos, a dignidade dos imigrantes em Portugal, que faz a defesa dos direitos humanos. Isso é populismo? Eu combati o populismo! Eles confundem e têm raiva que um discurso democrata, de esquerda, um discurso que defende a dignidade e os direitos fundamentais da pessoa humana se tenha tornado popular em Portugal.

Ainda quer ter muitos anos de intervenção política?

Não, não. Nós temos um prazo de validade e começo a ver que o meu está próximo. Mas gostava que continuasse um projecto político na sociedade portuguesa em cuja criação eu queria participar. Queria que se reconduzisse a política aos ideais verdadeiramente republicanos.

É esse o grande objectivo na política?

São três valores fundamentais: liberdade, justiça e solidariedade. Lutei como poucos em Portugal pela liberdade, sobretudo a liberdade de expressão. A liberdade de expressão é para debater ideias, não é para insultar pessoas.

Porque é que não se pode estar no parlamento e ser também advogado?

Há clientes, grandes clientes, que procuram certos advogados, não pela qualidade do serviço jurídico que podem prestar, mas pelo acesso mais ou menos fácil que ele tem aos centros de decisão. E um deputado tem esse acesso.

A escolha das listas à Assembleia pelos partidos tem esse propósito de raiz?

Não digo que não, nem que sim. Quem está no parlamento não deveria estar nos tribunais a aplicar essas leis ou não deveria ter clientes privados interessados nessas leis. Nas quatro ou cinco leis de amnistia aprovadas durante os anos 90, havia deputados que quase se agrediam para meter na amnistia crimes especiais de que os seus clientes estavam acusados ou quase em julgamento.

Há alguma figura na política activa que admire?

Há, mas não lhe vou dizer quais. Há pessoas sérias que admiro, na direita, na esquerda, ao centro. Posso dizer-lhe algumas que aparentemente terminaram, ainda que nunca se termine a actividade política. O general Eanes e o dr. Jorge Sampaio. Admiro essas pessoas, apesar de discordar pontualmente de algumas das suas intervenções. Admiro o professor Adriano Moreira, que foi ministro do Salazar. Admiro o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, um monárquico, uma das grandes referências morais da República Portuguesa.

Figuras que não têm continuidade nas gerações mais novas?

Há um slogan conservador dos anos 80, criado em torno de Margaret Thatcher que dizia: back to basics . Eu digo: back to basic republican values , de volta à pureza dos valores originários da República. Não me falem em socialismo, em comunismo, em social-democracia, em democracia-cristã.

E não vê a defesa dos princípios de que falava em nenhum dos partidos existentes na Assembleia?

De forma incompleta, vejo-os em todos, nuns mais que noutros.

Isso permite imaginar uma aproximação mais fácil a algum deles?

Não lhe posso dizer isso à partida, porque há questões políticas em relação às quais estou mais de acordo com o PSD do que com o PS. Ideologicamente, sou mais próximo do PS. Toda a minha evolução ideológica é da extrema-esquerda até ao PS.

Tem ouvido o Presidente falar na necessidade de consenso?

Eu escrevi há três anos um artigo a defender um governo de salvação nacional.

Cavaco continua a lançar esse apelo.

Toda a acção principal do Presidente tem sido de suporte do governo e de branqueamento dos aspectos mais negativos do governo. O Presidente teve hipótese de influenciar um governo de salvação nacional, em 2011, ou ainda com o próprio engenheiro José Sócrates.

Não o fez porque não quis?

Ele estava profundamente empenhado na solução de direita, apesar de nem ter muita simpatia pelos protagonistas do PSD que encarnaram esse projecto. Devia ter um distanciamento como o rei de Espanha teve, muitas vezes.

E continua ou não a ser preciso esse consenso alargado?

Não há possibilidades de consenso, hoje. A radicalização da vida política que o Presidente fomentou e permitiu com as suas opções políticas tornam inviável qualquer consenso. Não há consenso antes de eleições. Sou contra, essa é uma forma de esconder programas.

O seu companheiro de partido, José Inácio Faria, disse reconhecer em si um possível primeiro-ministro ou mesmo Presidente da República.

Nunca me fiz esse exercício.

Já fez mais amigos ou inimigos na sua carreira?

Não contabilizo. Quem é sério, honesto e age de acordo com a verdade e com as suas convicções gera muitos inimigos, mas também muitos amigos.

Ainda há pessoas sérias?

Há pessoas muito sérias na sociedade portuguesa, do mais alto ao mais baixo. Mas há pessoas que me odeiam porque meti o dedo nas feridas que eles queriam ocultar.

Onde quer chegar na política?

Não estou a construir uma carreira política. Sou contra o carreirismo, justamente porque isso gera um sistema político. Gostava de criar condições para que a democracia fosse fortalecida. Mais prestigiada, mais fortalecida. Gostava de dar um contributo para a diminuição da abstenção, e acho que dei.

Foi uma abstenção recorde, em Maio.

Acho que teria sido muito maior se eu não tivesse concorrido. Isto não é democracia. Eu sei que custa ouvir isto, e até custa dizer, mas há pessoas que entraram na política sem um tostão no bolso e saíram com fortunas fabulosas porque traficaram os interesses do Estado em benefício pessoal.

Quando tece essas considerações cria-se a imagem de que toda a política se faz com esses propósitos.

Não digo que são todas.

A maior parte?

Basta haver uma para que se descredibilize todo o sistema. Não são todos, mas não são uma nem duas. Vamos discutir os problemas e não acusar pessoas. Não digo nomes, mas há ministros que, ainda no cargo, negociaram os empregos que vão ter depois. Isto é a traição da República.

E quando for candidato às próximas legislativas, é esse o seu programa?

Esta é uma parte do programa. O programa político não se resume a isto.

Acredita mesmo que quando chegar à Assembleia vai mudar alguma coisa?


Sei que é difícil porque conheço muitas pessoas que pensavam como eu e não tiveram força dentro do parlamento. Um dos benefícios da oposição é ter muito mais liberdade de expressão do que quem está no governo.

Sem comentários: