“OVOODOCORVO” interrompe a sua “pausa” de férias, para
ilustrar o estado em que se encontra o centro histórico, passados já dias
depois da “limpeza” / extra de Santo António …
VER A SEQUÊNCIA DE IMAGENS ILUSTRATIVAS QUE SE SEGUEM ...( obtidas ontem dia 16-6-2014.)
“OVOODOCORVO”, estará de volta depois do dia 22.
Enquanto o País continua a assistir ao espectáculo
degradante, e fortemente desprestígiante para a classe política, das lutas internas
pelo poder no PS, processo planeado de forma calculista e premeditado ao mílimetro por António Costa, num
processo que trouxe surpresas inesperadas e erosivas para a sua imagem … afinal ...
a “solução” encontrada por António Costa para o lixo na noite de Santo António
( 2,25 milhões de custo anual através da contratação imediata de 150 funcionários
) não resultou …
Numa Lisboa cada vez mais suja, com passeios pegajosos e
asquerosos , sujidade esta que já ameaça directamente a saúde pública com
pragas de baratas ( de espécies diferenciadas ) e com os seus espaços públicos
sujeitos a uma utilização intensa de eventos e “animação” sucessivos e
permanentes, assiste-se portanto de forma vísivel a uma ausência permanente do
seu Presidente da Câmara, agora obcecado pelo “Caminho Aberto” que anunciou,
confirmando assim a sua utilização do cargo como “trampolim” …
O que eu gostaria de ter visto era uma atitude de Costa que
confirmasse a posição de : O MEU PARTIDO É LISBOA ( ! ).
Tudo isto foi já previsto e descrito por mim já em 2012 num
artigo de opinião no Público “Corpo Presente, Mente Ausente”. VER em BAIXO
António Sérgio Rosa de Carvalho
LARGO DE SANTO ANTÓNIO
ESTADO EM QUE SE ENCONTRA O HISTÓRICO E EMBLEMÁTICO LARGO E CHAFARIZ NA RUA DE S. MAMEDE.
CAIS DO SODRÉ , VISLUBRANDO-SE A FAMOSA 'RUA COR DE ROSA', AO FUNDO.
Opinião
Corpo presente, mente ausente
Por António Sérgio
Rosa de Carvalho
26/08/2012. PÚBLICO
António Costa escolheu o quinto aniversário da sua vitória
autárquica para anunciar que, embora mantenha a sua candidatura nas autárquicas
de Lisboa para um novo mandato, está interessado num cargo de chefia no seu
partido, e, assim, na continuação da sua carreira política de plataforma em
plataforma, utilizando trampolins e acrobacias.
Será portanto difícil encontrar uma melhor ilustração de que
a sua mente "voa" para outros objectivos e não está concentrada e
dedicada exclusivamente a Lisboa. Num momento em que os cidadãos sentem uma
verdadeira repulsa e demonstram um profundo cepticismo pelas manobras do jogo
político, pelas teias insondáveis de influências e nomeações, determinadas já
não apenas pelos clubes políticos, mas por organizações secretas ou não,
omnipresentes e transversais à política, nunca a autenticidade e a genuína
motivação e dedicação foram tão fortemente e ansiosamente desejadas. Assim, é
isso que se deseja de um autarca: uma total e exclusiva dedicação e paixão pela
cidade que representa.
Todos aqueles que participam activamente no processo de
cidadania têm razões para este cepticismo. Analisando o processo de eleição de
José Sá Fernandes e de Helena Roseta, vindos de uma originalmente prometida
independência e representação da causa da cidadania, teremos de concluir que a
única forma de voltarem a participar nas eleições será através da
"fórmula" de perfilamento e definição política inspirada por Prince,
o famoso artista da música pop.
Assim, a "fórmula" de Prince, "O artista
conhecido anteriormente como Prince", será a única possível de
perfilamento e apresentação para estes dois "artistas" politiqueiros,
José Sá Fernandes e Helena Roseta. Ambos conhecidos formalmente como paladinos
da independência e cidadania, mas agora "transformados" por sua opção
consciente e neutralizados por António Costa.
Também, as graves, destruidoras e alienantes consequências
para o património arquitectónico do trabalho desenvolvido por Manuel Salgado,
na sua pseudo-reabilitação urbana, são visíveis na Baixa pombalina e nas
avenidas. Mas o vereador do Urbanismo tem sido exímio na sistemática
perseverança de como tem "minado" o terreno legislativo.
Utilizando-se do argumento de uma indiscutível necessidade de reforma,
desburocratização e aceleração dos processos de licenciamento, conseguiu uma
sintonia e ponte permanentes, uma espécie de "via verde" para acordo
dos "pareceres" na área do património, com equipa permanente à sua
disposição dentro do próprio corpo institucional do património.
Isto, juntamente com uma sintonia perfeita com o nebuloso e
indefinido projecto subjectivo e pessoal da nova Direcção-Geral do Património,
representado por Elísio Summavielle, garante-lhe "carta branca" para
a destruição sistemática do património arquitectónico lisboeta, na Baixa e nas
avenidas.
Perante as críticas e solicitações exteriores, António Costa
tem-se fechado no seu "castelo", inexpugável e insensível aos
frequentes pedidos de esclarecimento, tanto dos cidadãos activos como da
comunicação social, interpretando o espaço adquirido pela sua vitória eleitoral
como exclusivamente "seu". Brevemente, o "Lord-Mayor" terá
de se aventurar no exterior, nas "feiras e aldeias" exteriores ao
castelo, a fim de garantir de novo, os votos, indispensáveis para manter o seu
"domínio".
Historiador de Arquitectura
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