segunda-feira, 25 de junho de 2018

Primeiro-ministro recusa que turismo transforme cidades em “parques de diversão”



Este grau de Demagogia Pura já deixou há muito tempo -- e, perante as consequências vísiveis e omnipresentes do Turismo, Vistos Gold, vantagens fiscais dos Residentes não habituais, do Alojamento Local à rédea solta na vida quotidiana dos Portugueses nas cidades -- de ser meramente irresponsável mas é, sem dúvida, insultuoso e mentiroso.
Enquanto os “martelinhos” forem de “plástico” …
OVOODOCORVO

Primeiro-ministro recusa que turismo transforme cidades em “parques de diversão”

Primeiro-ministro brindou "ao São João, ao Porto, a Gaia e a Portugal" na habitual sessão de cumprimentos entre os presidentes das câmaras dos dois concelhos

LUSA 23 de Junho de 2018, 21:10

O primeiro-ministro afirmou neste sábado que "o crescimento do turismo não pode transformar as cidades num parque de diversão para adultos", destacando dois programas de reabilitação que totalizam 2400 milhões de euros para fomentar o arrendamento "acessível".

António Costa falava em Vila Nova de Gaia no discurso de inauguração de uma nova praça, lembrando que a Assembleia da República está a preparar "incentivos fiscais" para os privados praticarem "rendas mais acessíveis e contratos duradouros".

A este propósito, António Costa lembrou dois programas de reabilitação urbana que têm o mesmo fim, a "linha com o Banco Europeu Investimento, de mil milhões de euros, e o novo instrumento financeiro de 1400 milhões, dirigido exclusivamente a património devoluto ou público dos municípios ou do Estado".

"O que é essencial não é restringir o turismo, é aumentar a oferta de habitação para quem não é turista, caso contrário os turistas deixam de vir. Eles vêm enquanto as cidades têm vida. Isso só acontece enquanto têm autenticidade, que é dada por quem lá vive, não por quem vem de fora", justificou, em declarações aos jornalistas.

Também neste sábado o primeiro-ministro brindou "ao São João, ao Porto, a Gaia e a Portugal" na habitual sessão de cumprimentos entre os presidentes das câmaras dos dois concelhos, no tabuleiro inferior da ponte Luiz I.

Esta foi a primeira vez que António Costa participou na cerimónia que se realiza a meio da travessia sobre o rio Douro, que divide as duas cidades, uma tradição iniciada em 2014, no primeiro São João do independente Rui Moreira à frente da autarquia portuense e do socialista Eduardo Vítor Rodrigues em Gaia.

No meio da multidão barulhenta que cruzava o tabuleiro da ponte, o primeiro-ministro foi abordado por populares e levou algumas "marteladas", típicas dos festejos de São João, deslocando-se depois a pé pela marginal até ao cais de Gaia onde vai jantar. Depois, António Costa seguirá para o Porto, para assistir aos cerca de 20 minutos de fogo-de-artifício que começa às 0h01.

No caminho entre a ponte e o restaurante, onde soavam alto os apitos dos "martelos" e se sentia um cheiro intenso a sardinhas assadas, António Costa, acompanhado da mulher e do autarca de Gaia, foi constantemente interpelado pela multidão que ocupava a rua e as esplanadas à beira-rio.

Também desde 2014 que António Costa tem alternado a presença nas celebrações do São João entre os dois concelhos, totalizando este ano a quarta participação na festa (a segunda como primeiro-ministro), embora no exercício de cargos diferentes.

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