terça-feira, 18 de março de 2014

China vai ter novo plano de urbanização para 100 milhões de pessoas. China announces massive plans to expand cities by 90m people.



 China vai ter novo plano de urbanização para 100 milhões de pessoas
Por Francisco Castelo Branco
publicado em 18 Mar 2014 in (jornal) i online

O novo plano urbanístico prevê fazer face à poluição e ao aumento da população e criar um melhor sistema de serviços públicos
O Comité Central do Partido Comunista chinês aprovou no último domingo um plano nacional de urbanização que será aplicado a mais de 100 milhões de cidadãos e está previsto para durar até 2020. A medida do governo cria um novo modelo de urbanização e tem como principais objectivos melhorar os benefícios sociais, combater a poluição e proporcionar aos cidadãos um melhor sistema de transportes públicos.

Os chineses abrangidos pelo plano terão um novo documento, o hukou, no qual terá de ser feito o registo urbanístico. Este documento confere alguns direitos no acesso à educação, bem como a cuidados de saúde.

As autoridades chinesas pretendem com este novo modelo de desenvolvimento urbano que 60% da população total resida nas cidades até 2020, enquanto 45% já estarão incluídos no plano. No entanto, o executivo chinês entende que a nova política urbanística pode atingir cerca de 100 milhões de trabalhadores rurais e ajudar outros cidadãos que frequentemente vivem na cidade a obter o hukou.

Alguns analistas aplaudem esta iniciativa do governo e sublinham a necessidade de melhorar as condições de vida dos imigrantes que habitam nos arredores das grandes cidades, mas também dos cidadãos que recentemente decidiram mudar para a cidade.

O chefe do departamento de informação do Centro Económico Internacional chinês, Xu Hongcai, entende que esta medida vai servir como guia para a política de urbanização chinesa e considera que o plano não favorece apenas os interesses mobiliários, uma vez que "coloca as pessoas no centro da urbanização". Xu Hongcai acrescenta que é "necessário responder ao aumento da população e ajudar as pessoas que vivem nos meios rurais a tornarem-se cidadãos do mundo urbano". O director económico concluiu dizendo que é preciso uma nova política de serviços públicos que responda às pretensões de todos os cidadãos.

Embora o plano proponha medidas tendo em vista o futuro das cidades chinesas, não deixa de haver referências ao que correu mal no passado. De acordo com o texto, foram cometidos erros na construção das urbanizações chinesas desde 1978, em particular com a urbanização de terrenos que ultrapassou as necessidades da própria população. Existiram outros factores como o congestionamento, a falta de capacidade para lidar com os esgotos e o lixo e a poluição do ar, que estiveram na origem das modificações anunciadas.

Numa altura em que a China está a ser atingida pela poluição e alertada pelas instâncias internacionais para reduzir a emissão de carbono, as autoridades chinesas incluíram projectos ambientais na nova estratégia de alteração de planeamento urbanístico. O plano diz que é necessário fomentar a construção de cidades ecológicas através da utilização de materiais amigos do ambiente, de forma a criar um estilo de vida mais saudável.
 
Shanghai has been transformed by a demographic shift that’s sent waves of rural migrants into Chinese cities to work urban jobs like in manufacturing. China is now courting another 90 million by announcing sweeping housing development plans for major cities.
Getty Images



China announces massive plans to expand cities by 90m people


BEIJINGChina has announced plans to expand its cities and improve public services to support economic growth by allowing millions more rural residents to migrate to urban jobs.

The Cabinet plan issued Sunday calls for raising the share of China’s population of almost 1.4 billion people living in cities to 60 per cent from 53.7 per cent now, a shift of about 90 million people.

The ruling Communist Party sees allowing people to migrate into cities for higher-paid jobs as a pillar of more sustainable growth based on domestic consumption instead of trade and investment.

China’s evolution from a mostly rural society began with market-oriented economic reform in the 1980s.

Cities such as Beijing and Shanghai have grown to become among the world’s largest but migrants are hampered by a household registration system that binds them to their hometowns. That limits access to schools, health care and pensions even for those who live in cities for years.
Sunday’s announcement of the “National New Type Urbanization Plan” for 2014-2020 gave no financial or other details. But plans announced earlier call for improving housing for 100 million people who live in dilapidated shantytowns.

“Domestic demand is the fundamental impetus for China’s development, and the greatest potential for expanding domestic demand lies in urbanization,” the report said, according to the official Xinhua News Agency.

The ruling party has promised in its latest five-year development blueprint to make the economy more productive by giving entrepreneurs and market forces a bigger role and overhauling banking and other industries.

The urbanization plan says railways will reach cities with more than 200,000 residents by 2020 and those with more than 500,000 people will be linked by high-speed rail, according to Xinhua.

It promises to pursue a “human-centred and environmentally friendly path,” according to Xinhua.

“A scientific and reasonable urban development model should be adopted, with green production and consumption becoming the mainstream in urban economic activities,” it said. “China should strive to push for harmonious and pleasant living conditions.”

Longer-term, authorities expect 300 million people from the countryside to become city dwellers by 2030, the equivalent of migration by the entire U.S. population.

The latest plan promises to give permanent urban status to 100 million rural migrants, according to Xinhua.

A study by Tsinghua University in Beijing found only 27.6 per cent of China’s people have urban status with full claims to education, health and other public services, while hundreds of millions of city dwellers with rural status have limited benefits.

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