terça-feira, 21 de maio de 2013

Projecto para a requalificação do espaço público do Cais do Sodré/Corpo Santo.


Propostas para o Jardim Roque Gameiro e Largo do Corpo Santo.

No novo Cais do Sodré há mais árvores e os peões conquistam espaço aos automóveis.

Por Inês Boaventura in Público.
21/05/2013

O projecto de requalificação do espaço público nesta zona de Lisboa está em discussão pública até dia 27 de Maio

O projecto para a requalificação do espaço público do Cais do Sodré/Corpo Santo, na frente ribeirinha de Lisboa, está em discussão pública até ao dia 27 de Maio. A proposta, da autoria do arquitecto Bruno Soares, responsável pela polémica intervenção no Terreiro do Paço, prevê uma diminuição substancial do espaço consagrado aos automóveis, a favor dos peões.
Segundo dados revelados por Bruno Soares numa apresentação pública do projecto, actualmente as vias de circulação ocupam 72% da área de intervenção e os espaços pedonais 28%. Quando estiver concluída a requalificação da zona, as vias de circulação representarão apenas 40%, e os espaços pedonais 60%.
Quanto ao futuro das árvores existentes no local, questão que tanta controvérsia tem gerado na vizinha Ribeira das Naus, o autor do projecto de requalificação do Cais do Sodré/Corpo Santo adianta que 16 delas serão mantidas, incluindo jacarandás, tipuanas e uma magnólia, e que três plátanos serão "eliminados/transplantados". Está ainda prevista a plantação de 51 novas árvores, que serão salgueiros e choupos.
A ideia é que o Cais do Sodré se transforme numa zona preferencialmente dedicada aos transportes públicos, criando-se um interface ajardinado que fará a ligação entre os autocarros, o metro, o comboio, os barcos e os táxis, e aos peões.
Segundo a proposta já aprovada em reunião camarária, está em causa um investimento de três milhões de euros, valor que não inclui a reposição do eléctrico 24. Uma hipótese consagrada no projecto da autoria de Bruno Soares mas que o secretário-geral da Carris, Luís Vale, já admitiu, em declarações ao Diário de Notícias, que "não é uma prioridade".
"A eventual reposição da circulação de eléctricos efectuando a carreira 24 não é uma prioridade, dado que, naquele percurso, existe já um serviço de transporte em autocarro", disse Luís Vale, acrescentando que além disso verifica-se a "inexistência de veículos disponíveis" para realizar esse serviço.
O Fórum Cidadania Lisboa encontra na proposta de requalificação do espaço público vários motivos de congratulação, mas também algumas "más notícias". No seu contributo para a discussão pública em curso, o movimento de cidadãos aplaude o anunciado aumento do número de árvores e da área pedonal, a manutenção de grande parte das árvores existentes, dos dois quiosques do Jardim Roque Gameiro e "dos candeeiros dos anos 20 com luminárias dos anos 40" e "dos materiais consentâneos com a área histórica em apreço".
Como más notícias, o Fórum Cidadania aponta a "não arborização do Largo do Corpo Santo", que sem a plantação de árvores continuará em sua opinião a ser "um deserto", e "a aposta em candeeiros de design contemporâneo ("candeeiros-palito") no Jardim Roque Gameiro". "A CML [Câmara Municipal de Lisboa] perde assim uma oportunidade de recuperar na devida dimensão um jardim histórico, recolocando-lhe mobiliário de época", diz o movimento de cidadãos, que além disso manifesta dúvidas sobre aspectos como o transplante dos três plátanos de grande porte existentes junto à Travessa do Corpo Santo.
Quem estiver interessado em consultar este processo e participar na discussão pública, apresentando sugestões ou informações, poderá fazê-lo através da Internet, no edifício da autarquia no Campo Grande ou na Junta de Freguesia de São Paulo, na Rua dos Cordoeiros.
Na última reunião pública da autarquia, em Abril, o projecto de Bruno Soares foi aprovado, com o voto contra do CDS e a abstenção do PSD. O centrista António Carlos Monteiro levantou dúvidas quanto ao funcionamento do terminal de transportes públicos e o social-democrata Victor Gonçalves criticou o plano por considerar que é "muito parecido com Armação de Pêra", no Algarve.



1 comentário:

Unknown disse...

As políticas erradas da carris quando nos últimos anos foi banindo case todas as carreiras que existiam de electricos como 20 23 3 16 17 27 etc com fim estacao recolha arco do cego deu asas nada ou pior ficase amarelos linhas podiam ter continuado..Maior erro foi destruir electricos clássicos certo velho vendelos desbarato etc..Praticamente impressa com estes electricos classicos tem na estacao santo amaro forma carente nem chegam 28 12 18 15 e 25 sendo 18 e 25 fotopias si próprias ou mesmo articulados 15 muitas veses pesimo estado sem manutenção etc porcausa justamente dessas políticas erradas anos destruir electricos deliberadamente assentou fim arco cego..Simpaticos amarelos vaiculos movidos energia nos somos alto soficientes produção super amigos ambiete notras cidades tao voltar em forca..Carris e seus erros ditaram assim e facto porque em termos petróleo ai e uma desgraca somos dependentes totalmente e crises mais caro fica e pena electricos eram alto sustentáveis nos..E pouco provável carris volte restabelecer 24 ou tentará faser e terminar 18 com justicasao esses amarelos vao 24 e troca troca nao electricos impressa nao tem Vaiculos chegem algus tem ficar seguranca averias...Futuro quando pais melhorasse so electricos novos ou impressa tentar recuperar electricos vendeu algus tao ai Portugal vi.Canto resto plano cais do Sodré acho ecantador...Um abraco...