terça-feira, 28 de maio de 2013

Antigo Hospital do Desterro vai ser transformado num espaço cultural até ao fim do ano.


Antigo Hospital do Desterro vai ser transformado num espaço cultural até ao fim do ano.

Por Marisa Soares in Público
28/05/2013

Promotores da LX Factory, em Alcântara, querem fazer do antigo hospital um espaço inovador para actividades culturais
O edifício do antigo Hospital do Desterro, em Lisboa, vai transformar-se num "território experimental aberto ao mundo". Esse é, pelo menos, o destino que a empresa Mainside quer dar ao local, que será inaugurado no final do ano.
Esta empresa, promotora do espaço LX Factory, em Alcântara, assina hoje com a Estamo, imobiliária de capitais públicos proprietária do edifício, e a Câmara de Lisboa um protocolo com vista à reabilitação do antigo convento e hospital. O objectivo reside na sua utilização para eventos culturais.
Apesar dos protestos de utentes e sindicatos, o hospital foi desactivado em 2006 e, desde então, o edifício tem-se vindo a degradar. A Mainside, que ficará responsável pela gestão das instalações, promete abrir o espaço no final do ano. "Nesta fase inicial vamos abrir os primeiros pisos e só depois os pisos superiores", afirma uma responsável da empresa, Joana Gomes. O local será um "território experimental aberto ao mundo", lê-se num comunicado emitido pela autarquia.
Segundo essa nota, vai ser possível "habitar e trabalhar numa cela" do antigo Convento do Desterro, que deu o nome ao hospital. O conceito de "cela" é apenas figurativo, explica Joana Gomes, uma vez que as celas do antigo convento deram lugar a quartos quando este foi convertido em hospital. "Queremos ter um espaço em que as pessoas possam pernoitar e trabalhar", afirma.
Os visitantes poderão também cultivar uma horta urbana, frequentar um clube de discussão, almoçar num refeitório comunitário ou assistir a aulas ou workshops, "entre muitas outras experiências desenvolvidas por várias empresas e organizações", refere a nota da câmara. O objectivo da Mainside é transformar o local numa "grande escola, um campus de conhecimento", virado para os lisboetas e para quem visita a capital.
Este iniciativa terá, garante a empresa, "dimensão internacional" e, embora diferente da LX Factory, "beneficia em muito da experiência [aí] acumulada".
O projecto é visto pela Câmara de Lisboa como "estratégico" no eixo de intervenção Martim Moniz-Praça do Chile, onde fica situado o antigo hospital. Vai juntar-se às várias intervenções que a autarquia tem levado a cabo naquela zona, nomeadamente na Mouraria e no Largo do Intendente.
"Pela dimensão, localização e relevância do equipamento, este poderá ser uma âncora fundamental para a regeneração e revitalização de toda a área, razão pela qual a Câmara de Lisboa se comprometeu a apoiar o projecto em diversas vertentes", afirma a vereadora da Economia e Inovação, Graça Fonseca.





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