sábado, 18 de maio de 2013

BES. Reforçada segurança pessoal de Ricardo Salgado e Morais Pires.



BES. Reforçada segurança pessoal de Ricardo Salgado e Morais Pires

O custo deste reforço de segurança pessoal também não foi confirmado oficialmente, mas pode ascender a cerca de um milhão de euros.

BES. Reforçada segurança pessoal de Ricardo Salgado e Morais Pires
Por Carlos Diogo Santos

publicado em 18 Maio 2013 in (jornal) i online

Novo dispositivo de segurança contará com elementos que já colaboraram com os serviços secretos israelitas – a Mossad

O presidente-executivo do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, e o administrador e chief financial officer (CFO) do BES, Amílcar Morais Pires, terão reforçado a sua segurança pessoal. Fontes contactadas pelo i adiantaram mesmo que o novo dispositivo conta inclusivamente com elementos que colaboraram com os serviços secretos israelitas (Mossad).
A medida terá sido tomada depois de a Esegur, empresa do Grupo Espírito Santo para a área da segurança, ter concluído que seria melhor reforçar a segurança pessoal do CEO do BES e do seu braço-direito. Ainda assim, confrontada ontem pelo i com estas informações, a empresa não confirmou: “O tema que suscita é muito delicado, posto que envolve questões relacionadas com a segurança do banco e das pessoas que nele têm responsabilidades.” No mesmo email, o gabinete de comunicação e marketing adianta ainda que as informações recolhidas “são especulativas e não são exactas”.
O custo deste reforço de segurança pessoal também não foi confirmado oficialmente, mas pode ascender a cerca de um milhão de euros.
A concluir, a Esegur refere ainda que “qualquer esclarecimento adicional será prestado apenas às autoridades competentes, vinculadas por dever de sigilo, não à comunicação social.” O i também contactou o gabinete de comunicação do Banco Espírito Santo remeteu qualquer esclarecimento para a empresa de segurança do grupo.
Níveis de ameaça Em Portugal, os serviços de informações (Serviço de Informações de Segurança e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) têm definidos cinco graus de ameaça que são atribuídos a personalidades ligadas à política e que obrigam a um acompanhamento mais pormenorizado. O primeiro nível é o que significa um perigo de ameaça menor, sendo o quinto grau o mais elevado da escala.
Por exemplo, na última visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal, as autoridades nacionais atribuíram-lhe o grau 3, que representa um nível de ameaça significativa. É esse, aliás, o grau que está atribuído a Pedro Passos Coelho e a outros membros do actual executivo. Quando atribui este nível – “significativo” –, os serviços de segurança entendem que estão reunidas condições para que possa ocorrer um atentado contra uma entidade.

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