Município de Lisboa estuda novo
modelo para revestimento dos passeios da cidade
Entre as características deste
novo modelo de passeios está a largura mínima de 1,5 metros e o pavimento com
“uma boa aderência, seguro e contínuo
Por jornal i com
agência lusa
publicado em 23
Mar 2015
A Câmara de
Lisboa está a estudar um novo modelo de revestimento para os passeios da
cidade, que visa “garantir a máxima segurança e funcionalidade para todos os
peões”, segundo a informação divulgada hoje pelo município.
Entre as
características deste novo modelo de passeios está a largura mínima de 1,5
metros e o pavimento com “uma boa aderência, seguro e contínuo [sem ser
interrompido por acessos a garagens]”, afirmou à agência Lusa o vereador dos
Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, João Afonso.
“É um modelo para
todos poderem aplicar quando tiverem que resolver situações, sejam elas
intervenções [pequenas] ou reparações de fundo”, salientou o autarca.
De acordo com o
modelo, “o percurso pedonal deverá ser contínuo, apenas com as interrupções
devidas ao atravessamento da faixa de rodagem” e “assegurar as ligações de
forma segura a passagens de peões, paragens de autocarros, lugares de
estacionamento reservados para pessoas com deficiência, entradas pedonais de
equipamentos colectivos e lotes construídos”, explicou a Câmara de Lisboa,
através de uma informação escrita enviada hoje à Lusa.
No caso dos
passeios já existentes, “o modelo preconiza a protecção da calçada artística de
forma a manter as suas qualidades para a circulação pedonal, evitando o
arranque e mantendo a qualidade do piso e dos seus desenhos quando é feita uma
reconstrução”, garantiu o município na mesma resposta.
Questionado se a
Câmara tenciona substituir alguns destes passeios, o vereador João Afonso disse
apenas que “quando houver oportunidade de fazer bem, é para fazer bem”.
Este modelo
insere-se no Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que define a estratégia
da Câmara para promover a acessibilidade na cidade até ao final de 2017, numa
tentativa de cumprir as obrigações legais nas questões de inclusão de pessoas
com deficiência.
O modelo está
actualmente a ser apreciado por serviços municipais, Juntas de Freguesia,
entidades ligadas ao sector, associações de cidadãos portadores de deficiência
e especialistas, para recolha de contributos.
Outra das
recomendações incluídas no modelo é que o percurso pedonal não esteja demasiado
próximo da faixa de rodagem nem dos imóveis (tendo, neste último caso, uma
distância de meio metro). São ainda apontados, como forma de delimitação dos
passeios, muros ou muretes, lancis, fiadas de blocos ou elementos metálicos.
No final de
Janeiro, a Câmara de Lisboa apresentou um modelo de paragem de autocarro do
futuro, também inserido no Plano de Acessibilidade Pedonal, que poderá ser
aplicado às mais de 2.000 paragens existentes na cidade.
Entre as
características apontadas na altura pelo vereador João Afonso estão, por
exemplo, “sinalizações no pavimento em direcção ao ponto de encontro do
autocarro, sítios de permanência e apoio adaptados e elementos de leitura para
quem é invisual saber quais os autocarros que passam naquela paragem”
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