Venice bans new hotels as tourist crackdown
continues
No more tourist accommodation for the
city
JULIA BUCKLEY
Friday 9 June 2017 09:55 BST
Another week, another crackdown on tourism from the powers
that be in Venice. After banning kebab shops and introducing plans to restrict
entry to Piazza San Marco, city authorities have approved plans to ban new
hotels from opening in La Serenissima.
The ban – expected to be confirmed this week – will prevent
developers from converting buildings into tourist accommodation (whether hotels
or B&Bs), or making extensions to those already in existence. Instead,
applications will have to be made on a case-by-case basis.
“The situation is
fairly weighty,” Massimiliano De Martin, the assessor, told local paper
Corriere del Veneto. “It is a key resolution for our mandate, and puts us in
line with Unesco policy.” In the historic centre, he added, there are already
25,400 rooms for rent.
It’s a bold move for the city, which in recent years has
seen major conversion projects bringing global brands to the city. 2015 saw the
opening of the JW Marriott, based in a former hospital on its own private
island. Before that, Aman took up residence in a (formerly residential)
renaissance palazzo on the Grand Canal, and Hilton converted the former Stucky
flour mill into the city’s largest hotel. Even local brand the Bauer has
converted a Palladio-designed convent into a hotel, Bauer Il Palladio.
However, the plans are not expected to cover the islands
beyond the city centre – meaning that places such as Giudecca, the Lido and
as-yet-unconverted private islands will be the only way forward for new hotels
to open.
The ruling does not include private rentals such as Airbnb,
which are increasingly controversial in a city which is haemorrhaging locals.
It is thought that a separate ruling may be devised for them.
One Venetian resident told The Independent: “I think we need
to find different solutions and not keep on building hotels. We need proper
discussions about how to accommodate tourists year-round, and more real
information about the city in the world at large.”
Unesco is expected to call a moratorium next month over
adding Venice to its “at risk” list, where it would join the likes of Aleppo
and Damascus. The city’s fate will be discussed in July by the World Heritage
Committee.
Roma, cidade abandonada
António Freitas de Sousa
Um conjunto de cidadãos, associações e comités subscreveu um
manifesto em que acusam a presidente da autarquia, Virginia Raggi (do Movimento
5 Estrelas), de total incompetência. O partido pode pagar caro a prestação de
uma das suas estrelas.
Um ano após o triunfo histórico de Virginia Raggi, do
Movimento 5 Estrelas (M5S), como presidente da câmara da capital da Itália,
Roma, a 19 de junho de 2016, um alargado conjunto de associações e comités
decidiu subscrever um documento a que chamaram ‘Manifesto pela Dignidade”, onde
acusam a autarca de ter abandonado a cidade.
Raggi foi eleita com 68% dos votos expressos, praticamente a
mesma percentagem de romanos que atualmente criticam a sua gestão. O jornal
‘República’ publicou uma sondagem que refere que 70% dos habitantes de Roma
consideram a prestação de Raggi um verdadeiro desastre e que apenas 16,7% dos
romanos voltaria hoje a votar nela.
Os assinantes do manifesto queixam de que Roma se
transformou num verdadeiro caos, com uma trânsito impossível, os transportes
públicos sem qualquer eficácia, um nível de serviços do terceiro mundo e
toneladas de lixo ao abandono pelas ruas. Segundo o jornal, Virginia Raggi
desperdiçou o seu enorme capital político inicial depois de cometer uma série
interminável de erros e gafes “inacreditáveis”.
Como dificilmente podia deixar de ser em Itália, a corrupção
também ajudou ao caos: um vice do seu gabinete foi preso por alegadamente
participar num esquema ilegal e Raggi rapidamente sucumbiu à forte luta interna
no M5S que a partir daí foi despoletada.
Segundo relatos da imprensa, quase 40% dos autocarros
públicos e das carriagens do metro, permanecem avariados todos os dias; ao
mesmo tempo, há bairros residenciais que chegam a estar mais de 20 dias sem
recolha dos detritos domésticos – de que resultou a extraordinária proliferação
de ratos, mosquitos, gaivotas e insetos de toda a ordem. Raposas e javalis,
segundo esses relatos, também já foram vistos no interior do perímetro urbano.
As más condições das ruas parecem ser as principais responsáveis por uma média
de 12 acidentes por dia. Finalmente, a segurança deixa muito a desejar. É por
tudo isto, queixam-se os subscritores do manifesto que se percebe porque é que
a candidatura de Roma à organização dos Jogos Olímpicos de 2024 foi
liminarmente rejeitada.
No meio disto tudo, a prestação de Virginia Raggi pode ser
um forte entrave político ao crescimento do partido lançado em 2009 pelo
comediante Beppe Grillo – que desde essa altura tem vindo a apresentar fortes
crescimentos em todas as frentes eleitorais. A oposição a Raggi não se cansa de
aproveitar o descalabro para lembrar que o populismo do M5S nunca será uma
alternativa: uma coisa é brincar, outra é a realidade.
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