Também, não
se brinca com os Portugueses?
OVOODOCORVO
“Não se brinca com empresas cotadas”,
diz Eduardo Catroga
O representante dos accionistas da
EDP diz que estão a ser ponderados processos contra os autores da denúncia
anónima que motivou as investigações do Ministério Público.
ANA BRITO 6 de Junho de 2017, 12:10
O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP,
Eduardo Catroga, afirmou esta terça-feira que alguns dos accionistas da
empresa, que é controlada pela China Tree Gorges, admitem avançar com acções
judiciais sobre os autores da denúncia anónima que lançou a investigação aos
contratos da EDP, em 2012.
“Não se brinca com empresas cotadas, lançando denúncias
anónimas”, afirmou Eduardo Catroga, sentado ao lado de António Mexia, que na
sexta-feira passada foi constituído arguido numa investigação por corrupção.
A par da queixa anónima ao Ministério Público, também estava
a ser analisada pela Comissão Europeia uma queixa de um grupo de cidadãos sobre
os CMEC e a extensão do prazo de exploração das barragens que foi arquivada em
meados deste mês. Um aspecto aliás amplamente mencionado por António Mexia ao longo
da conferência desta terça-feira.
Ao longo da sua intervenção, o presidente da EDP foi fazendo
referências genéricas àqueles que, “com ligeireza", atacam o bom nome da
EDP. Questionado sobre quem está a agir com ligeireza, se o Ministério Público,
se os autores das queixas anónimas, o presidente da eléctrica respondeu que “em
Bruxelas as queixas têm de ter nomes e em Portugal podem ser anónimas”. E que o
anónimo “até tem dias e sítios”.
Depois, novamente interpelado sobre se atribui aos autores
da queixa à Comissão Europeia sobre o alargamento do prazo das barragens também
a autoria da queixa ao Ministério Público, o presidente da EDP foi mais contido
e optou por dizer que é hora de trabalhar, inclusive com a justiça, “de maneira
a que não restem dúvidas nenhumas” sobre este tema.
E acerca das alterações aos CMEC pressionadas pelos partidos
da esquerda no Parlamento, Catroga deixou o aviso à navegação: os accionistas
têm dito aos governos que “aquilo que compraram não deve ser espoliado”.
O presidente do CGS da EDP afirmou ainda que os accionistas,
“todos por unanimidade”, prestaram “a sua solidariedade” a Mexia e à actual
gestão da empresa.
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